Quando o filme acaba um silêncio constrangedor se instala entre nós.
-Bem, disseste que me contaria o que aconteceu na casa de Alex para a festa ser um desastre ou coisa do tipo -lembra-me Piter.
-Oh sim... -dou umas gargalhadas bem extravagantes ao lembrar da cena, que só agora me parece bem engraçada.
-Pretende começar agora ou amanhã?! -brinca.
-Idiota -digo enquanto me levanto- Conto-lhe amanhã neste caso!
-Não, não -puxa-me pela cintura, fazendo com que sente novamente- Conta-me agora!
Rebolo os olhos e aconchego-me a ele.
-Os pais dele estão viajando, e ele decidiu dar está festinha -conto- Mas quando a festa estava começando eles lhe ligaram avisando que sua tia estava indo lá. Foi a maior loucura, tivermos de arrumar e limpar tudo em, sei lá 20 minutos. Se não fosse pelo meu senso de comando ele estaria numa fria!
-Seu senso de comando?
-Sim, por que não? -irrito-me com seu comentário um tanto machista.
-Nada contra mas... -começa.
-Tu é um idiota machista! -atiro e sento-me do lado oposto do sofá.
-Ei?! -chama- Eu só estava brincando contigo.
-Urgh... -resmungo.
-Está muito sentimental hoje! -brinca.
-TPM -digo-lhe sorrindo.
-Oh...Treinada para matar?
-IDIOTA!!! -grito e atiro uma almofada em seu rosto.
-Miss TPM! -diz subindo em mim e dando-me muitos beijinhos na cara. Faço-lhe o mesmo.
Piter começa a me fazer cócegas na barriga e eu morro de rir. Nem pareço a mesma de horas atrás. Como sempre minhas risadas totalmente loucas, fazem-me rir mais ainda, mesmo quando Piter para e fica apenas a me observar. Rolo no chão de tanto rir, minhas mãos já estão na minha barriga que está doendo de tanto eu rir.
-Você não é normal -conclui.
-Percebeu agora? -digo ainda rindo.
-Não, mas agora tenho certeza -diz ainda me observando, mas sem levantar do sofá.
Acalmo-me e sento a seu lado.
-Bem, não sei você, mas estou morto de fome -admite- Vou esquentar uma pizza para mim, quer?
Sinto meus estômago embrulhar devido ao meu jejum, e só de ouvir falar em comida minha boca se enche de água... Eu não resisto a pizza!
-Serei forçada a aceitar! -digo.
Ele levanta-se e põe a pizza no forno. Sento-me a mesa e ele faz o mesmo logo em seguida.
-Sente falta de algo da Argentina? -começo.
-Não de muita coisa -responde seriamente.
-Mas tem algo! -deduzo.
-Meus pais e... e meus amigos... e tem a academia de luta também -admite Piter, fixando seu olhar nas suas mãos- Pensando melhor, nem tantas saudades dos meus pais...
-Como assim?
-Eles só trabalham! -diz- Desde que fomos para lá por conta da promoção do meu pai, ele e mamãe não me deram muita atenção, eles só trabalhavam. Na maior parte do tempo eu estava sozinho ou na rua.
-Deve ter sido bem difícil para você -admito, mas não sei exatamente o que dizer.
-Mas, eu voltei por você! E aqui estamos nós -brinca.
-Pois é -sorrio.
O forno faz um tipo de "tlimm" avisando que o nossa jantar já está pronto.
Piter pega a pizza e eu ponho a mesa. Sentamos um do lado do outro. Pego numa fatia e a enfio na boca de Piter sem lhe dar tempo para reagir, ele a pega e come lentamente. Pego outra, agora para mim, e a mordo de forma lenta, assim paço mais tempo com Piter. Sou mesmo uma boba apaixonada.
Depois de comer eu e Piter discutimos, pois ele não queria me deixar lavar a louça, mas eu sabia que devia faze-lo, pois já estava incomodando muito.
-Não está incomodando em nada! -reclama.
-Qual o problema de me deixar fazer apenas isso? -questiono e ele acabar por ceder.
Ele senta novamente e me observa.
-O que faria para se vingar se alguém tivesse posto mostarda na sua mochila? -pergunto, lembrado-me que tenho de dar o troco a meu irmão.
-Não sei, nunca me fizeram isso! -admite.
-Mas o que você faria? -insisto.
-Hum... Acho que... -e conta-me o que ele faria, mas mal sabe ele que usarei sua ideia com meu irmão.
(...)
Piter leva-me a porta de casa e nos despedimos com um abraço e um beijo na testa dado-me por ele.
Vocês não sabe o quão acolhedor e tipo "não quero apenas teu corpo" esse gesto é. Muito fofoooo.
Me sinto bem mais leve depois de ter desabafado e me distraído com Piter, ele me faz tão bem sabe? Me sinto leve e feliz quando estou com ele. O mundo parece parar quando nos beijamos e cada hora que passamos juntos me parecem apenas segundos. Não sei o que está me fazendo a cabeça, mas deixo-o continuar, está se saindo muito bem.
E Alex? Creio que com ele foi apenas um "fogo de palha", logo se apaga. Entre ele e eu, sempre reinará a amizade. Quem sabe um dia poderá ser meu padrinho de casamento ou algo do tipo? Sorrio involuntariamente com meu pensamento.
Amanhã tenho aula e logo pela manhã o verei, não sinto o mesmo entusiasmo de antes, mas não deixa de ser um bom colírio para vista.
Deito-me e adormeço sem antes falar com ninguém mais.
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One Infinity
FanfictionAmanda Grace é uma jovem de 16 anos que vive uma confusão amorosa. Ela conhece esses dois deuses Gregos: Alex Watson e Piter Hutcherson, que por acaso ambos mexem muito com a sua cabeça. Ela ainda conta com a presença de um irmão extremamente irri...