-Lilly.-falou a voz dele Eu só consigo imaginar um motivo para ele me chamar de "Lilly" novamente, ele vai fazer alguma coisa ruim.-Como vai?-
- Muito mal, graças a você!-falei irritada. Ele riu. Dessa vez estava sentado numa pedra e segurando um chicote. É tudo um grande nada em volta, isso...isso é tão deprimente.
-Ora, não seja tão rude, vai me dizer que não foi divertido.-Ele falou como se tivesse feito algo errado.
-Espera... O que você fez?-perguntei tentando ir até ele mas aquelas correntes idiotas continuavam a me segurar. Ele riu e se levantou. Não havia nada em volta, não havia ninguém para me ajudar, como sempre.-Você não machucou o Darius, machucou?-
-Não, ainda não. Só acho que deveria se manter mais próxima desse tal Marxus, e isso é uma ordem. Você sabe o que acontece se você me desobedecer, certo?-Ele sorriu divertido e pareceu estar muito ansioso para algo.
-Você faz de qualquer jeito.-falei cruzando os braços. Duas correntes apareceram e seguraram os meus braços, descruzando-os. Ele começou a se irritar.-E por que eu obedeceria você?-
-Não seja mal-educada comigo! Você sabe as consequências!- Ele segurou o meu pescoço e apertou.-Eu te controlo, você querendo ou não. Uma ordem minha e seu corpo não resiste obedecer, sua mente pode ser bem rebelde mas seu corpo já aprendeu a lição.-
-Me...larga...-murmurei com a voz fraca por causa do pescoço sendo apertado.
-Seja educada!- Disse sorrindo irônico.
-Por...favor...-
-Muito bem.-Ele me soltou.-Adoraria ficar para brincar com você hoje mas tenho que brincar com o seu amiguinho agora. Tchauzinho.-Ele desapareceu.
-Com o Darius?! Fique longe dele!-As correntes me soltaram mas as minhas pernas ainda tremiam com o medo que ele passava.-Ei! Não o machuque! Eu te obedeci esse tempo todo! Não faça isso!-
Ele foi embora. Mas, por que eu não estou acordando?
-Não vou deixa-la sozinha dessa vez, Fique com a minha irmãzinha, ela adora brincar, talvez até mais que eu.-disse a voz dele.
-Olá, você deve ser o brinquedinho do Drakar. Você é sortuda, ele não para de falar em como é incrível a forma na qual você o obedece.-disse a voz da garota. Ela estava usando uma mascara e segurava o mesmo chicote que o Drakar.-Qual é o seu nome mesmo?-
-Não preciso lhe contar nada.-murmurei desviando o rosto.
-Como você é fofa, acredita mesmo que eu não vou tirar isso à força?-perguntou rindo. Eu continuei a olhar para o outro lado e ela segurou o meu queixo me forçando a olhar para ela.
-Vamos passar um tempo maravilhoso aqui.- Ela sorriu.-Líria...-
Ela levantou o chicote e... De novo...
"Às vezes, as pessoas que mais deveriam ser felizes são as que tem menos capacidade para tal." As palavras que eu consegui me lembrar para esquecer a dor foi essa.
Depois de tudo o que ele fez comigo a tortura dela não foi nada.
-Bem, foi divertido, se bem que eu prefiro homens.-disse ela. Aquela mascara agora estava manchada de sangue, do meu sangue.-Deveria vir mais vezes, soube que o Drakar faz isso todos os dias com você. Ah, que sonho.-
Ela levantou um pouco a mascara e lambeu o chicote manchado de sangue.
-Sangue venenoso, eu adoro.-Ela sorriu e colocou a mascara de volta.- Olha só como você está desfigurada agora. Isso é lindo.-
Eles domesticaram meu corpo mas a minha mente continua intacta então eu acho que posso resistir mais um pouco.
-Cala a boca, vaca!-murmurei.-Eu... não estou nem aí pro que você pensa, então...Cala a boca!-Ela ficou estranhamente calada depois disso e então riu.
-Realmente, você não se enxerga, né?-Ela tirou a mascara mas ainda não consiguia ver o seu rosto, estava tudo embaçado.-Pois bem, vou ter que te ensinar a ser educada.-
Ela se aproximou estranhamente e eu consegui ver... era como o Darius havia descrito... Olhos roxos... assustadoramente roxos e sedentos.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Absolute soul: Os escolhidos
FantasyEm um mundo diferente, a luta entre o bem e o mal acontecia. Nesse mundo, pesadelos e sonhos eram realizados por deuses e demônios. Tudo era equilibrado. Mas o mal ansiando o controle de todo o mundo, destruiu esse equilíbrio. O mundo que antes era...