O passado: Líria.

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(Autora P.O.V):

Parecia que a qualquer momento correr seria inútil. Para uma criança tão nova quanto aquela...correr tanto...fugir tanto...

- Eu...eu não queria...!-murmurava enquanto corria de um grupo de pessoas com forcados e tochas.

As pessoas pareciam não conhecer os confortos de uma vida moderna. Roupas camponesas e armas tão antigas quanto.

Aquela cidade...a cidade de Dio,era muito antiquada. Muito supersticiosa e muito religiosa.

Líria fora abandonada lá.

Para aquela cidade, encontrar uma criança como Líria que sempre teve um dom para truques e ilusões era como ver um monstro em crescimento. Ela tinha sorte por estar viva até os seis anos.

Mas não era só por isso que estavam tentando matá-la.

-Essa pestinha! Como você pôde...?!-gritou uma mulher que tinha o vestido manchado de sangue e o pulso cheio de cortes.-Como pôde matar o meu filho?! Ele era só uma criança!-

"Não fui eu!"repetia Líria em sua cabeça.

Em poucos minutos, ela foi cercada. Não havia escapatória. Era o fim.

-Mas, senhora, uma criança como esta não conseguiria matar um garoto de 16 anos.-disse um dos homens inseguro.

-Foi ela! Eu vi!-gritou a mulher chorando desesperada.-Ela fez um pacto com o demônio, com certeza! E matou o meu pobre e inocente Ashton.-

Na verdade, o filho dessa moça não era tão inocente assim. Ele dava comida para Líria, bem, só para depois abusar dela. Fisicamente e mentalmente.

-Ele...ele tentou!-gritou ela tremendo.-Ele mandou que eu tirasse a roupa e ficou me ameaçando. Eu desmaiei e quando acordei...quando acordei ele estava no chão! Eu juro!-

Ela se ajoelhou no chão e começou a chorar descontroladamente, quase tanro quanto a mãe do garoto.

-Talvez tenha sido o truque de alguém, senhora.-disse o mesmo homem de antes.

-Não!!! Eu vi!!! Eu vi os olhos dela tão vermelhos quanto as chamas do inferno, ela sorria como o próprio capeta e sua voz parecia o canto repleto de maldade.-gritou a mulher puxando o homem pela gola da camisa.-Ela fez o pacto! Eu tenho certeza!-

-Mas não podemos matar uma criança sem provas.-disse uma mulher que observava tudo chorando.

-Então eu mato!-ela puxou a espada de um dos homens e correu para Líria. Mas... aquela já não era a "Líria".

Ela enfiou a mão no peito da mulher e tirou o coração, ainda batendo só para esmagá-lo na frente de todos.

Boa garota!

Agora a vila estava encurralada, por apenas uma pessoa. Líria erradicou uma cidade inteira em uma noite somente.

Vamos para a próxima agora! É hora de você ser a minha marionete obediente mais uma vez.

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⏰ Última atualização: Jul 12, 2016 ⏰

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