O passado de Darius

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10 anos:

Não sei porque me sinto assim agora.

-Darius, quer vir jogar uma partida com a gente?-perguntou um garoto que eu nem lembrava do nome.

Será que estou me cansando de viver assim?

-Claro, por que não?-respondi correndo para o campo. Depois isso terá um preço.

-Quer fazer uma aposta? Se eu ganhar você faz uma coisa para mim e se eu perder eu faço alguma coisa para você.-disse ele sorrindo.-Vai ser nós quatro contra você. Justo?-

-Pode ser.-respondi com um sorriso falso no rosto, ele nem deve ter percebido. Eu ganhei bem fácil até.

-Como você conseguiu ganhar?-

-Bem, andei treinando.-falei rindo.- Agora, você está me devendo uma coisa, que tal me ajudar?-

-Eu prometi, né?-Ele pôs a toalha atrás do pescoço e me seguiu até o banheiro.-O que você quer que eu faça?-

-Só fique aí, parado.-falei me virando de costas para ele.

Nome: Jay Breme
Idade: 12
Relação: O pai desafiou a morte.
Instruções: Mate-o rápidamente e sem barulho, leve o corpo até um rio, corte-lhe a cabeça e jogue o resto do corpo no rio, a cabeça coloque numa caixa de presente e mande para o pai dele.

É ele mesmo, a foto é igual e o nome também. Como vou levar o corpo até o rio sem ser visto ?Complicado...

-Algum problema?-perguntou ele. Eu me virei.

-Nenhum, é só que... estou pensando no que você vai fazer.-

-Achei que já tinha decidido.-Dei um riso forçado. Tenho 10 anos, estou em desvantagem. A melbor opção é fazer o clássico.

-Chegue um pouco mais perto, por favor.-Ele pareceu confuso e se aproximou de mim, então eu pus as minhas mão no seu rosto e sorri.

-O que foi?-Ele perguntou mais confuso ainda.

-Nada.-Quebrei seu pescoço girando com força pelo rosto. Ele fez aquele som esquisito de sempre e caiu no chão, não me importei em segura-lo.

Ótimo, sem sangue, sem barulho e sem testemunhas. Vou cortar a cabeça aqui mesmo, assim vou ter como lavar o sangue.

-O que houve aqui?-perguntou a voz do amigo dele na porta.

Um extra. Vou ter que pedir mais dinheiro.

Peguei a porta e fechei nele com força, ele caiu desmaiado e com o sangue manchando o chão.

Uma testemunha, sangue no chão e barulho. Que merda.

Fiz como a mensagem mandava e depois tive que limpar o chão.

12 anos:

Que saco. Por que eu tenho que ser legal com essas pessoas?

-Darius, você é tão bonito.-disse a garota que se esfregava em mim desde que eu cheguei e eu nem ao menos sei seu nome. Ela deve ter uns 16 ou 17 anos. Patético.

-Obrigado, é muito bom que você ache isso.-falei sorrindo e retribuindo aquilo irritante que ela estava fazendo, quem visse ia achar que somos namorados, pensar isso me faz rir.-Preciso ir no banheiro, daqui a pouco eu volto.-

Me levantei e comecei a andar em direção ao banheiro, aquela garota falou alguma coisa antes de eu ir mas eu ignorei. Não tenho saco para essas coisas.

-Ai meu deus! É o Darius!-murmurou uma garota antes de suspirar.

-Como ele pode ser tão lindo e legal ao mesmo tempo?-murmurou outra.

Melhor chegar logo no banheiro, não aguento essas garotas.

Eu entrei no banheiro e olhei o meu celular. Eu sabia que tinha um trabalho.

Nome: Julie Abran
Idade:16
Relação: Ela desafiou a morte.
Descrição: Faça como achar mais produtivo.

-Produtivo?-sussurrei para mim mesmo dando uma risada baixa.-O que pode haver de produtivo numa morte? Ele realmente acha que eu gosto de matar, ele deveria saber que eu não gosto mas eu faço porque eu posso fazer.-

Bem, Julie, espero que esteja se divertindo porque agora eu vou fazer o que eu posso fazer.

Absolute soul: Os escolhidosOnde histórias criam vida. Descubra agora