Capítulo 7

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Blaire dorme tão tranquilamente ao meu lado que não tenho vontade de acorda-lá com beijos ou algo do tipo, quero apenas ficar olhando para os olhos fechados, cabelos loiros esparramados no travesseiro e sua mão em cima de mim, a cabeça dela está deitada no meu peito e suas pernas estão enroscadas entre as minhas. A mão leve em meu peito deixa tudo mais perfeito. 

Amo ela, amo seus carinhos, seus toques... Ah, seu toques, como eu amo eles, só de pensar nisso meu pau desperta e começa a latejar dentro da calça de moletom.

Com toda delicadeza passo a ponta dos dedos sobre sua pele macia, ao sentir meu carinho, ela se espreguiça e sorri ao me ver.

–Faz tempo que quero acordar olhando para o homem que eu mais amo... –Seu sorriso se desmancha e continua a falar. – O homem que eu tanto magoei.

–Que tal esquecermos um pouco o passado? Eu quero ir bem com você daqui até Nova York, mas depois eu realmente quero conversar. – Tento me mostrar o mais forte possível, só que por dentro eu ainda continuo todo quebrado. Afinal foram dois anos e meio sofrendo, não dois dias.

–Tudo bem. – Em poucos segundos ela se deita em cima de mim e sentindo a minha ereção latejante. – Posso te beijar pelo menos? Não consigo matar a saudade...

Blaire nem espera eu responder e parte logo para minha boca. Ela morde meu lábio inferior, - o que me deixa mais duro. - suga meu lábio e me desmonta com a sua língua dentro da minha. Como eu amo o beijo dela. Agarro seu cabelo e puxo do jeitinho que ela gosta, logo solta um gemido esplendido. Minha língua dança com a dela, nós sempre no mesmo ritmo, sempre com o desejo aflorado.

–Me come, por favor. – Sussurra a poucos centímetros da minha boca. Seus olhos me encaram de certa forma que meu deus, seria quase impossível negar algo para ela.

–Blaire, daqui a pouco a Melody acorda e vem procurar por nós. – Tento distrai-lá, porém é impossível.

–Eu tranco a porta, é rapidinho, preciso tanto de você dentro de mim. – Sua boca beija cada centímetro do meu pescoço. Se continuar desse jeito vai ser impossível não fazer amor com ela. Meu pau chega a doer de tão duro.

–Blaire, por favor. É melhor não. Eu preciso... – Ela agarra meu pau por cima do moletom e me masturba. – Para, eu primeiro preciso falar com você, não vou agir como se nada tivesse acontecido.

–Tudo bem, você venceu. – Se joga ao meu lado de bruço. –Poderia por favor acordar a Melody, preciso leva-lá pra escola.

–Pensei que fossem comigo para Nova York. – Um ponto de interrogação surge dentro de mim.

Ela se senta e cruza as pernas.

–Eu também, mas você vai me recusar até quando? Não sei se aguento muito tempo ser desprezada dessa forma.

–Não quero jogar nada na sua cara, mas já que tocou no assunto... – Me sento e a encaro da mesma forma que faz comigo. – Eu tive que ficar atrás de você para que me desse um pouquinho de atenção. Blaire, eu te amo, porra. Será que não percebe isso? Se eu não te amasse, não estaria dormindo com você na mesma cama, beijando sua boca e vendo você dormir no meu peito. Eu te amei desde o primeiro dia que te vi, há vinte anos atrás, desde então eu faço de tudo para ser o homem que um pai gostaria para a filha dele, o homem que ele sentiria orgulho de chamar de genro e principalmente, para filha dele ser tratada como rainha e ser muito amada. Eu sei que você não liga tanto, mas eu ganho todo esse dinheiro para poder gastar com a nossa família, a família que eu sempre quis ter com você.

–Derick... – Ela tenta me interromper.

–Deixa eu terminar de falar, por favor. Nesses últimos quinze anos eu fiquei atrás de você e você nem me notava, até eu me cansar de esperar e pedir para o barman te dar uma bebida por minha conta. Então nunca, nunca mesmo pense que eu não te amo, não pense que eu não quero seu amor, só quero deixar a ferida dentro de mim cicatrizar. Não suportaria perder de novo a mulher que eu tanto amo.

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