34. Not cool

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POV Justin

Não consegui ter noites de sono tranquilas nos dias que se seguiram à nossa chegada à Itália. Todos os dias eu acordava, pegava um carro e saía com alguns seguranças para vigiar a casa de Santiago de longe. Clary tentava invadir o sistema de segurança, porém estava mais difícil do que pensávamos, e enquanto não tivéssemos aquilo não poderíamos atacar, seria arriscado demais.

O tempo todo flashs de anos atrás se passavam por minha mente. Eu ainda me lembrava perfeitamente de como tinha conseguido vencer Jared. Fácil demais, se eu não estivesse lá em carne em osso não acreditaria. Tão burro, tão tolo, vencido pela própria equipe. Era nisso que dava não ter pessoas cem por cento confiáveis ao lado, o que me fazia agradecer por ter os garotos e Clary. Eu sabia que eles nunca fariam nada contra mim. Até em Daniele eu confiava.

No meio daquela confusão toda de organizar o plano, eu mal estava conseguindo falar com Daniele. Porra, eu estava a fim de transar com ela, mas não podia pensar nisso naquele momento. Tudo bem que seria bom me distrair um pouco, porém não com ela, pelo menos não enquanto ela estava tão nervosa com toda aquela situação. Daniele chegou a chorar nos primeiros dias de treinamento, ela mal conseguia segurar uma arma sem tremer. Se ela estava assim apenas fazendo simulações, imagine como seria no dia. Não, eu tinha que deixá-la se virar sozinha, do contrário Daniele nunca aprenderia como era viver naquela vida. Ela precisava deixar a porra dos sentimentos e dos princípios de lado, senão nunca conseguiria se encaixar. Eu só tinha medo dela fazer besteira, no entanto não tinha outra alternativa, eu precisava de mais alguém da equipe lá dentro. Se Clary não tivesse que ficar comandando tudo de longe, então Daniele não precisaria participar, mas não havia outra opção.

- Onde você estava? Tentei te ligar um milhão de vezes! - Clary disse assim que passei pela porta da mansão, levantando-se do sofá e vindo ao meu encontro.

- Desliguei o celular, precisava relaxar um pouco - bufei, bocejando em seguida. Droga, eu estava exausto. - O que é tão importante?

- Consegui - ela sorriu empolgada. - Eu consegui, porra!

- Conseguiu o quê? - revirei os olhos. Com certeza o sono estava afetando meu raciocínio.

- Você bebeu? - ela franziu a testa, estralando os dedos em frente aos meus olhos. - Porra, você está péssimo - concluiu, chegando mais perto de meu rosto.

- Ah, jura? - abri um sorriso irônico, bufando. - Desembucha, Clary.

- Temos acesso a todo o sistema de segurança da casa de Santiago - ela abriu um sorriso convencido, comigo sentindo meu corpo se recuperar em segundos.

- E o que você está esperando? - abri um sorriso malicioso, começando a andar até o escritório. - Temos trabalho a fazer, CC.

- Justin, não seria melhor você dormir antes? Desse jeito não vai conseguir trabalhar direito - ela disse, vindo atrás de mim.

- Meu sono pode esperar, Clary, mas Davino e Pietro não vão esperar quando souberem que eu estou... - Parei com tudo ao trombar com Daniele no corredor, quase a fazendo cair, mas conseguindo segurá-la a tempo.

- Nossa, você está bem? - ela perguntou, franzindo o cenho e cerrando os olhos como se estivesse tentando ver melhor meu rosto. - Parece péssimo.

- Mas que droga! - esbravejei, chutando o chão. - Por que todo mundo tá dizendo isso?

- Talvez porque seja verdade - Clary disse como se fosse óbvio, recebendo um dedo do meio como resposta.

- Você está dormindo direito? - Daniele perguntou.

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