Capítulo V

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E ainda incrédulo, pego no celular e chamo ambulância. Tiro a camisola visto nela, tão inocente quem será que fez tamanha crueldade, estava inconsciente. Peguei nela e levei-a nos meus braços até à estrada, para ser mais fácil a ambulância chegar até ela. Aguardo uns minutos, vejo já a luz da ambulância, eles aproximam-se eu coloco-a na maca e pergunto se posso acompanha-la, ele assente com um sim.
Vou todo caminho segurando na mão dela, apreciar a face dela, pobrezinha parecia ter sofrido muito, quem será que foram os cretinos que fizeram isso para ela.

Chegamos nos hospital levaram ela logo para o bloco operatório, eu fiquei aguardando na sala quando uma enfermeira se aproxima e pergunta;

Enf. O senhor é algum familiar ou alguém chegado? Necessitamos algumas informações.

Ribeiro. Sim sou seu namorado (menti, pois queria estar mais tempo com ela)

Enf. Por favor acompanhe-me.

Segui a enfermeira até a recepção. Prenchi uns papéis, respondi algumas questões.

Enf. Bom, é um assunto delicado e vai precisar de ser forte.

Fiquei observa-la alguns momentos que poderia ser pior que aquela doce garota poderia estar a passar. Fui interrompido nos meus pensamentos...

Enf. Os pais e a irmã da jovem, deram entrada ontem por acidente de viatura e morreram. Lamento imenso dar estas notícias numa hora destas. Mas penso que o senhor como namorado vai conseguir dar melhor a notícia e a consolar melhor do que qualquer uma de nós.
Os meus sentimentos.

Ela baixou a cabeça com uma pequena lágrima nos olhos e seguio caminho.

Sentei-me nas cadeiras de espera, passei os dedos pelo cabelo. Pensei, pobrezinha perdeu toda sua família, está gravemente ferida apesar de não lhe ser nada, sinto uma dor como se fosse eu a sofrer com ela. Não sei o motivo nem este sentimentos mas sei que quero ficar do seu lado e proteger esta linda garota.

Umas horas depois...

Enf. Sr Ribeiro, a Sra. Ruby já está estável, muito fragilizada pois perdeu muito sangue e ainda se encontra inconsciente mas está tudo bem, agora é esperar pelo recuperamento.

Ribeiro. Obrigada senhorita, vou a casa tomar um banho descansar um pouco e comer algo e depois volto. Se ela acordar por favor contacte-me.

Enf. Concerteza. Uma boa noite.

Dei um sorriso, e fui pegar um táxi.

Cheguei a casa, estava cansado aquilo tudo mexeu comigo, não sei porque, mas tenho uma sensação que já a tinha visto antes. Passo a mão pelos cabelos e penso, Ruby lindo nome, pedra preciosa me lembrei. Ela está agora sozinha não têm ninguém pobrezinha o que será que ela vai fazer e quando souber da notícia, o meu coração quebro só de lembrar de novo a imagem dela e depois os pais dela faleceram.

Queria estar com ela...

Adormeci de cansaço.

Acordo com o amanhecer, faço minhas higienes, como alguma coisa e decido ir no hospital logo de seguida. Peguei meu carro e fui até ao hospital.
Pergunto na recepção se havia alguma notícia sobre Ruby, ela assentiram com um não. Perguntei se poderia ver lá, após a confirmação, entrei peguei um banco alí perto e me sentei à sua beira sussurrei;

Ribeiro. Você é uma garota forte, vai ficar tudo bem.

Pareceu sentir ela mexendo os olhos, mas pareceu imaginação, esfrego meus olhos para confirmar e vejo que não é imaginação!
Ela tava tentando acordar, logo após ter ouvido meu sussurro fiquei feliz.

Mas logo voltou a acalmar, ainda deve estar cansada pensei. Sentei mais perto de uma janela no quarto deixando ela descansar, fiquei pensando de novo onde a tinha visto de onde reconhecia aquele rosto tão doce.

Depois de alguns minutos pensando, aproximo de novo dela, pego na mão dela, observa-la bem até deixo cair o sono e adormeci alí ao lado dela.

~~sonho on~~

Tava na loja de conveniências, comprando vegetais, vejo uma garota com rostinho familiar, estava a olhar para mim, reparei que também estava a comprar vegetais.

~~sonho off~~

Acordei recebendo alguma carícias na minha face, quando abro os olhos espantados, Ruby estava acordada com uma expressão muito fofa, apesar de reparar que estava com medo, deve ser de não saber quem sou.

Ruby. Quem é você? (esforçou um sorriso)

Ribeiro. Sou Ribeiro, prazer. Fui eu que encontrei você na fábrica abandonada

Ela colocou as mãos na cara tentando esconder que estava chorando, não sei bem o que me deu, mas abraçei ela e dexei ela chorar.

Depois de chorar por um longo tempo, adormeceu de novo. Aproveitei para ir buscar algo para eu e ela comer quando acordasse de novo.

Voltei ao quarto ainda estava dormindo, sentei ao lado da janela comendo, lembrando aquele sonho esquisito, depois de pensar um pouco sobre ele e lembrei ele era a garota, a garota que estava na loja que vi faz 2 ou 3 dias atrás. Que coincidência pensei, ela parecia tão bem e feliz que será que aconteceu. Eu gostava de saber e perguntar para ela, mas deve ser doloroso falar sobre isso, melhor é esquecer, se ela falar , falou agora vou é apoiar ela no que puder.

Não sei que aconteceu comigo, suspiro passo a mão pelos cabelo, olho para ela penso, porque a quero tanto proteger? Porque quero tanto ficar do seu lado? Neste pensamentos, sou interrompido pelo sussurrar me chamando. Vou até ela, dou a comida que trouxe para ela, olho e pareceu que aliviou um pouco seu coração.

Ruby. Obrigada.

Sorri para ela fazendo um gesto para ela comer.
Observei ela pelo canto do olho, tentando disfarçar que não estava a ver comer, ela parecia estar a gostar e isso me fez soltar um sorriso.

Ruby. Você sabe se minha família sabe que estou aqui?

Fiquei branco, não esperava que ela perguntasse alguma coisa já, bem que é normal. Assenti com a cabeça negativamente.
Ela continuou comendo, sem dizer uma única palavra.

Como eu iria falar para ela que seus pais morreram! Não era fácil e não queria vê-la chorar de novo, aquilo me faz sentir um fraco não podendo fazer nada para ajudar ela.
Terminou de comer sorriu.

Ruby. Obrigada.

Ribeiro. De nada. Se precisares de alguma coisa diz.

Ruby. Sim, obrigado mais uma vez.

Fiquei na dúvida, mas logo decidi contar para ela, pois eu decidi que estaria alí para apoiar ela e não gosto muito de mentira para ela.

Ribeiro. Sabe... Ruby tenho algo delicado para te contar.

Ruby. Pode falar.

Ribeiro. Bom... Seus pais e sua irmã não estão aqui com você, porque ele sofreram um acidente de viatura faz 2 dias. Lamento imenso.

Olhou para mim ainda incrédula inclinou a cabeça e ficou em silêncio. Tive vontade de a abraçar mas, acho que ela quer ficar um pouco sozinha.
Saio deixando-a sozinha, avisando-a que voltaria mais tarde. Fui a casa para tomar um banho e descansar.

O que será que era acontecer entre estes dois? Como irá ficar Ruby com esta notícia?
Continuem seguindo para descobrir.

Renascer De NovoOnde histórias criam vida. Descubra agora