Capítulo 7- Bons e...estranhos amigos...

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-Onde estou?(ela não acredita que está se perguntando isso novamente. Ela olha em volta, um espaço arredondado de cerca de metros de diâmetro, mas com paredes arredondadas de pedra cinzenta. E, pela janela, via apenas o céu).

-Estou numa torre... (levantou-se então da cama de solteiro onde estava e foi para a estreita janela, para ver sua cidade pequenina lá em baixo. Viu nas ruas com mais facilidade a destruição. Soldados negros guiando montes de pessoas acorrentadas pelas ruas, fileiras de soldados andando por todos os lados, revistando os imóveis que sobraram e as grandes crateras. Algumas de 2 até 3 metros de diâmetro.)

-Gostaria de saber por que as crateras são apenas nas ruas. As casas estão pegando fogo, mas foram os soldados. O que pode ter causado isso com tanta precisão? (no meio dessa pergunta feita a si mesma ela se assusta com a passagem bem na sua frente de uma formação de 3 dracos vermelhos, todos arreados e com humanos de vestimenta negra controlando-os).

-Não pode ser!!! (ela se viu presa na torre mais alta de Luxor e passou por ela o ser tido como mais indomável e violento de todo o mundo, montado por soldados negros; os dracos vermelhos.)

-Pai, mãe e filho, o que está acontecendo? Isso só pode ser um pesadelo! (ela senta na cama, coloca as mãos no rosto e chora por horas, sussurrando para si mesma:

-Queria tanto que ele estivesse aqui......)

-Ele quem, princesa? (ela conhece esta voz......enxuga suas lágrimas rapidamente e olha raivosa para o comandante Dalton, desafiando-o)

-Não é da sua conta, seu porco!!!!! (as feições de Dalton mudam do impassível para o diabólico, com um sorriso sarcástico no rosto)

-Soldados, levem-na para a sala de banhos. Chamem duas escravas para ajudá-la. Quero um banho completo, vistam-na com as mais belas e finas sedas de Tahariya. Quero ela no auge de seu esplendor! E, soldados, retirem-se da sala de banhos.....respeitem minha futura esposa!! (aquilo caiu na cabeça de Maia como uma explosão!)

-O que?! Nunca! Ouviu!? Nunca me casaria com um porco imundo como você! Prefiro a morte!!!! (ela sorri desafiadoramente para Dalton. Este sorri de volta, raivoso, e pega uma das recém chegadas escravas pelo cabelo, retira uma faca de caça da bainha e começa a cortar seu pescoço, lentamente. Maya entende o recado.)

-Pare! Por favor, pare!!!! (Maya se desespera e se ajoelha. Dalton para de cortar o pescoço da escrava)

-Você vai se casar comigo! Eu terei legitimidade no trono de Tahariya! Se não o fizer, farei seu povo sofrer um inferno negro insuportável. Ouviu bem!!?? (Dalton estava insano, passando a língua na faca ensanguentada e rindo, até os soldados estavam assustados olhando-o) Levem-na daqui! Quero vê-la à tardinha, mais linda e dócil do que nunca!! Huaaaaaaahgahahahahaaaa!!!!

-Seu porco, desgraçado! ( Maya diz olhando para baixo, sendo arrastada pelos soldados, sem saber o que fazer)

Maya estava na sala de banho, deitada de olhos fechados, numa água quentíssima, que mal as escravas conseguiam botar a mão para banhá-la. Nem sonhavam em entrar naquela água, pois, morreriam com certeza. Elas colocaram sais e óleos de banho perfumados e revezavam para esfregá-la porque sentiam muita dor. Quando abriu os olhos e se virou para as escravas elas estavam com sofrimento no rosto, sentindo muita dor, tentando limpá-la. Ela olhou para a água, borbulhava vapor à sua volta. Ela saltou para o meio da piscina de azulejos, pesarosa de não ter percebido o sofrimento das serviçais.

-Afastem-se!! Como não vi que vocês estão sofrendo? Suas mãos estão queimadas!!! Perdão, perdão, eu sou um monstro....(ela começou a chorar)

AS CRÔNICAS DOS TRÊS CAMINHOS:                O NASCIMENTO DOS HERÓIS.Onde histórias criam vida. Descubra agora