Capítulo 11c - O Demônio, o Draco e o Morto-vivo.

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Constantino naquele dia se escondeu na torre da solidão que tem a função de uma prisão especial.....sem grades nas janelas, cortinas, tapeçaria de luxo, mas a porta trancada por fora. Na verdade seria um quarto de luxo para prisioneiros nobres. E realmente ha meses não passava uma alma viva por lá. Ele olhava para aquela espada tão bela e brilhante ao mesmo tempo sinistra e pensava como ela o levou para aquele outro mundo estranho e porque os seres fantasmagóricos de lá tratavam-no como se já o conhecessem.......Ele não queria ser visto naquela forma e não sabia oque fazer, até que se lembrou de uma coisa que o rei disse.

-Oque o rei quis dizer com o perigo vir do sul?.........não pode........Aquitânia?......eles são neutros, são ricos, mantêm comercio com todos os países conhecidos inclusive com o império negro.......mas por sua vez seria a rota perfeita para uma invasão....rico em ouro e alimentos.........exército fraco e destreinado..........o grande país agrícola de Aquitânia pode sustentar uma campanha por anos........contra........contra nós é claro!!!! Droga!!!!! Eles venderam a alma para Amra!!!!! Tenho que investigar....se for verdade.....corremos grande risco!!!

Ao escurecer ele abre suas gigantescas asas reptílicas novamente, e salta na noite em direção ao sul. Ele mal sente o vento no rosto, mal sente as brumas daquela noite limpa sem nuvens, mal sente a escuridão daquela noite sem lua, não sente frio, nem calor, sente apenas tristeza por ser tão diferente, tão feio...............será que meus amigos têm medo de mim?............será que vou realizar meu maior sonho de encontrar uma mulher que me ame para casar e ter filhos? Gostaria tanto de ter a chance de criá-los com todo amor que eu não tive...............ele viaja a noite inteira e ao amanhecer ele chega a Galaécia uma pequena e bela cidade celta a poucos quilômetros da divisa, ele sente estranheza, pois, a cidade esta vazia. Ele pensa e diz para si mesmo:

-Onde estão os homens trabalhando, as mulheres circulando pela cidade nos seus afazeres e onde estão as crianças que estariam brincando nas ruas agora? (mesmo envergonhado de si ele anda pela cidade durante o dia procurando algum sinal de vida sem sucesso, ele fica intrigado, mas decide por esperar a noite para averiguar. Ele então se esconde dentro de uma capela no topo de uma elevação arredondada a norte e pouco acima da cidade. Esse morro onde está a capela é tido como um lugar de peregrinação na região chamado Aidwoi, foi lá que Constantino tentou dormir ou pelo menos meditar para esperar a noite chegar.........)

Ao anoitecer ele sai da capela e pousa em seu rustico telhado, feito de telhas de barro rusticas, com uma cruz enferrujada no topo..............a visão que teve foi perturbadora......a escuridão que tanto viu no seu caminho até ali e na noite anterior havia se acabado! Fogo! Fogo por todos os lados! Á frente da capela mais em baixo, na pequena cidade, desde a divisa muitos quilômetros mais a adiante e a esquerda até onde os olhos podiam ver..............

-Pela mãe o que pode ser isso!!!! (e ele levanta vôo em direção á divisa para ver de perto o que está acontecendo......mas o que vê é inimaginável!!!!! É catastrófico!!!! Os exércitos negros, o estandarte do corvo, numa quantidade nunca vista por ele nesses 10 anos de guerra. Milhares e milhares de soldados dispostos em batalhões retangulares atravessando a fronteira da Celtia , mais á frente pelotões de batedores montados a cavalo, grandes seres metálicos inumanos soltando fumaça negra na vanguarda da infantaria, magos negros transformando a cidadela da fronteira em fogo e cinzas, centenas de soldados celtas e civis acorrentados pelo pescoço em fila sendo conduzidos por soldados negros para dentro do território aquitano e no fim da fila dessa formidável força de ataque vinham dezenas de grandes trabucos, torres de cerco e gigantescas catapultas que só podiam ter uma finalidade:

-Armórica está em perig..........(ele sofre o impacto de uma gigantesca bola de fogo e cai arremessado pelo impacto no meio do que restou da pequena floresta a oeste da divisa! Ele se levanta atordoado, com o ouvido zumbindo e com a sua asa direita ainda chamuscada, sente um grande choque ao ver pousar no chão um grande draco vermelho montado por um ser humanoide de quase 2 metros, fortíssimo, de pele grossa escura cinzenta, de armadura pesada completa e montante de aço gritando:

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⏰ Última atualização: Apr 06, 2016 ⏰

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