Eu estou pronta para sentir agora
Já não estou mais com medo de cair
Deve ser hora de seguir em frente agora
Ready To Love Again - Lady Antebellum
Eu estava sonhando! Abri meus olhos, incomodada com o frio e as gotículas de água que caiam em meu rosto. Não me lembrava de adormecido ao relento, pensamentos confusos terminavam em um caminho desconhecido, como se os mesmos tivessem a obrigação de findarem no escuro.
Tentei me levantar, mas mãos fortes interromperam o movimento ao firmar meus ombros. Minha garganta estava seca e meus pulmões pareciam querer explodir, pequenos lapsos preencheram minha memória ou seriam sonhos.
— Como está se sentindo?
Foquei o dono da voz, nem um pouco surpresa ao perceber ser Álvaro, me lembrava dele próximo de mim, como se fossemos.... Beijar-nos. Arfei, esperando que tudo não passasse de um mal intendido e que ainda estivesse no quarto da fazenda; continuava deitada na margem do rio, rodeado por uma mata fechada.
— Maraísa.
— Eu estou bem — respondi, franzindo o cenho por minha voz soar rouca — O que aconteceu? — Olhei-o bem, Álvaro estava completamente vestindo e molhado. Oh! Então, não havia o beijado. Seria possível que meu rosto demonstrasse frustração? O meu Deus! O que estou pensando!
— Você estava se afogando — ele respondeu.
— Tem certeza? Eu estava conversando com você.
— Sim.
Sentei-me, tentando afastá-lo. Eu estava completamente confusa, talvez eu esteja começando a ficar maluca devido ao ar puro, esse verde, natureza, saudades de casa ou a culpa seja desse caipira.
— Consegue ficar de pé? — Assenti, aceitando sua ajuda.
— Obrigada — disse, passando as mãos no cabelo molhado — Eu vou voltar para a fazenda.
— Posso lhe dar uma carona, Maraísa.
Eu o fitei incrédula. Álvaro não tinha a obrigação de ser cavalheiro comigo, na verdade, eu preferia que ele agisse como no nosso primeiro encontro; um insensível. Ergui a cabeça, assumindo uma certeza que não existia, de fato.
— Não será necessário, eu consigo andar alguns metros, nem bati com a cabeça, foi um mero acidente.
Um barulho na mata chamou minha atenção e inevitavelmente dei dois passos para trás. Felizmente era somente o peão da fazenda acompanhado de Gabriel, que suspirou aliviado, vindo me abraçar. Retribui, sentindo segurança, sorri quando beijou minha testa.
— Ficamos preocupados contigo. Não deveria andar em terras desconhecidas, menina — segurou meu rosto entre as mãos — Não quero ser importuno, só tome cuidado, Mara.
— Entendi o recado, eu não posso ficar trancada naquele quarto esperando o tempo passar — respirei fundo, olhando para Álvaro — Obrigada novamente — disse sem realmente lembrar o que havia acontecido.
Gabriel encarou Álvaro esperando alguma resposta plausível por suas roupas molhadas. Será que eu havia fantasiado e afogara? Não, isso era do meu feitio. Abandonei os devaneios, dirigindo-me a caminhonete que nos esperava. Provavelmente eu estava desabituada, era isso, saudades de casa.
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Em Um Click
RomansaA vida é marcada por pequenos momentos muitas vezes registrados com flash. O que se esperar de uma simples viagem de férias, para um lugar afastado de toda tecnologia, sem nenhum atrativo? Essa era a pergunta que Maraísa fazia até encontrar um Cowbo...