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Em uma bela mansão, cercada de jardins, morava um casal, seus filhos eram gêmeos, um menino e uma menina, ambos estavam animados, porque ha dois dias teriam uma grande festa, pois fariam sete anos.

A garotinha tinha um gato, a qual o chamou de Neve, pois era macio, e muito branco. Ganhara de presente de uma amiga muito próxima da família, quase membro, ela a chamava de tia.

- Tia Ana, que bom que você veio, olha como Neve está grande e bonito, e muito obediente. – A menina pulou nos braços da mulher, que a carregou no colo, por toda a casa, estavam felizes, por reverem uma a outra.

O menino ao contrário da irmã, era muito tímido, gostava de desenhar, e era muito bom nisso, amava seus brinquedos dos super-heróis.

Ela adorava passear pelo jardim, colhia rosas todas as manhãs para sua mãe. Porém não gostava do velho jardineiro, pois era ranzinza, não a deixava colher, por isso sempre acordava antes dele para colhê-las.

Um dia estava brincando com Neve, então o gato muito peralta correu, passou por cima das pequenas mudas e as estragou, o velho viu, e lhe passou um grande sermão, ameaçando Neve de morte. Ele era muito misterioso, tinha um olhar cruel, e isso a deixava com medo, não sorria, não trocava uma só palavra com ninguém, mas cuidava do jardim com perfeição.

Finalmente o dia da tão esperada festa chegou, Tia Ana amável como sempre lhes trouxe os melhores presentes. A garotada corria de um lado para outro, doces de todos os tipos, comidas diversas.

- Tio Jorge que bom que você veio. – O menino recebeu o tio, que parecia não está muito de bom humor.

- Tio o que trouxe para mim? – A menina lhe cobrou o presente.

- Você é muito interesseira menina... Onde está seu pai? – Ele ignorou as crianças, que ficaram muito desapontadas. Então foi a procura de seu irmão.

Ele culpava seu irmão, pela morte da esposa e de seu filho, na hora do parto. A gravidez era de risco, e desde o início que estava certo que seu irmão, respeitado e melhor médico, iria fazer o parto, porém nesse dia, a filhinha adoeceu e ele não conseguiu chegar a tempo, outro o substituiu, e infelizmente a mulher e o bebê não resistiram. Ele não entendia que quando as coisas têm que acontecerem, não há nada que impeça, para tudo há um tempo certo.

Discutiram feio como outras vezes, e saiu irado. Alguns minutos depois o velho jardineiro surpreendeu ao aparecer na festa, acompanhado por sua netinha, tinham aproximadamente a mesma idade, a menina chegou timidamente, mas logo fez amigos, inclusive com os aniversariantes, que nem sabiam que o velho tinha uma neta.

- Tenho um presente para você menina. – O velho a chamou discretamente, ela o acompanhou um pouco assustada.

Caminharam pelo jardim iluminado e ornamentado.

- Irei voltar, daqui a pouco irão cantar os parabéns. – Ela dizia desconfiada.

- Você não está com medo de mim, está?

- Não. – Ela disse baixinho. – você viu Neve, ele não apareceu o dia todo, estou preocupada.

A menina sentiu o odor diferente, algo estava cheirando mal, vinha por trás de uma roseira, ela afastou os galhos, e gritou, Neve estava lá, ensanguentado, ela o tocou e sujou toda a mão de sangue, e acabou sujando seu lindo vestido azul.

Estava na hora de cantar os parabéns, faltava apenas á menina, o jardineiro entrou na festa, com o olhar assustado e depressa pegou a neta pelo braço para irem embora.

- Você viu minha filha? – A mãe o impediu de sair.

- Não senhora, eu não a vi... Agora tenho que ir, pois minha neta não está se sentindo bem. – Ele disse espantado e ao mesmo tempo frio.

- Você se machucou? Sua roupa, e suas mãos estão sujas de sangue.

- Não foi nada senhora... Não se preocupe, foi um pequeno incidente no jardim. – Saiu apressado, levando a neta que nada estava entendendo.

Ela se despediu deles, e junto com os demais, foi procurar a filha. Até que o mau cheiro do gato os levou até o determinado canto do jardim, na qual ele estava. A mulher gritou ao ver o gato morto, e desmaiou ao ver muito sangue sobre a grama, os sapatinhos da filha, estavam lá esquecidos, mergulhados naquela poça vermelha, a garotinha havia sido cruelmente assassinada.

Muita polícia no local do crime, e um único suspeito, a mulher lembrou-se do sangue no jardineiro, só podia ter sido ele, mas qual motivo teria para tal crueldade?

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Ao nascer da lua cheia (O Livro de Angel 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora