Capítulo 4- Por trás de máscaras e tintas

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Descobrir o motivo que a faz não gostar daquela casa.

Alicia contava tudo á sua mãe detalhadamente. Certas atitudes, não têm justificativas, mas ao analisar por trás, quase sempre há uma ferida não cicatrizada, que arde, causando dor e revolta.

Talvez, eram esses os motivos, a qual o pai de Luísa tivesse personalidade forte, usar máscaras, e obrigar toda a família a viver de teatro.

Era uma noite de sábado, Melissa a covidara para jantar em um restaurante junto com seu pai, porém sem pensar duas vezes recusou, permanecendo sozinha em casa.

Estava vivendo seus conflitos, era o tipo de ocasião em que odiava toda a humanidade, depressiva não queria ver ninguém. Deitada lendo livros, ou usando seu notebook, era assim que passava o tempo.

Se marcianos atacassem os terráqueos, ela os agradeceria, orava a Deus para que viesse logo, e amenizasse o sofrimento dos inocentes, levando os bons para o céu, e todo resto a qual não praticara os mandamentos, o demônio os levasse para o inferno. Quem julgar, sem que alguém tenha pedido, merece severamente ser julgado e carregado pelo anjo negro. O mal dos humanos é não saber olhar para si, e ser experiente em olhar ao próximo. Existem lobos em peles de cordeiro, e inocentes em pele de serpentes. Cada um é responsável por suas próprias atitudes, as consequências boas ou ruins, serão unicamente delas.

- Angel... Angel... Abra a porta. – Uma vozinha infantil a chamava. Para sua surpresa se tratava de Isabella.

- O que está fazendo aqui? Você veio sozinha?

- Não moro muito longe daqui. – Ela ironizou sorrindo meigamente. – Preciso que você veja alguém. – Ela segurou em suas mãos e levo-a até o jardim de sua casa.

Uma menininha a esperava, pele branquinha, cabelos negros e longos, muito cacheados, lábios carnudos, vestia um lindo vestido azul, olhos meio arredondados e azuis. Alicia quase desmaiou, era ela, a linda garota de seus sonhos.

- Agora preciso ir, já não posso mais te acompanhar. – Isabella despediu-se e entrou na bela mansão.

Sem se apresentar, a menina pegou em suas mãos e a levou para o jardim, pediu que fizesse silêncio.

Um homem saiu de dentro da casa, muito irritado, foi até seu carro, mas desistiu de sair e entrou novamente na propriedade, foi em direção, a uma velha casa, nos fundos do jardim.

- Aquela é você? – Alicia perguntou surpresa, ao ver uma garota saindo da bela mansão acompanhada por um velho.

- Pssiu. – Elas esconderam- se atrás de uma roseira.

O velho apressado e a menina assustada.

- Irei voltar, daqui a pouco irão cantar os parabéns. – Ela dizia desconfiada.

- Você não está com medo de mim, está?

- Não. – Ela disse baixinho. – você viu Neve, ele não apareceu o dia todo, estou preocupada.

Elas acompanhavam atenciosamente toda a conversa entre a criança e o velho. Alicia lembrou-se da história contada por sua amiga, e tremeu de medo.

- Que cheiro estranho é esse? – A menina atraída pelo odor, caminhou até uma roseira, gritou a ver seu gato sangrando, estava morto, pegou o animal desesperada, sujou suas mãos de sangue, limpou em seu vestido, chorou. O velho tomou o gato de suas mãos e o colocou no chão, ficando também pintado de vermelho.

Ao nascer da lua cheia (O Livro de Angel 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora