Passei o sábado pensando em como o que aconteceu após a entrevista afetaria no processo de aceitação do meu currículo, das minhas ideias, etc. Ter conversado com Brandon e desenvolvido uma "amizade" ali, foi interessante pois me deixou a par de como as coisas seriam/serão. Está estampado na cara de qualquer pessoa que trabalha lá, que o ambiente é bem descontraído. Nada de formalidade cuspida aos quatro ventos. Tirando Linda, a recepcionista. Ela gosta da anarquia.
E enquanto eu pensava sobre Brandon e a entrevista, Brenda me tirava do sério com especulações sobre o que eu estava sentindo e inventando coisas, infiltrando pensamentos absurdos em minha cabeça.
— O quanto ele é bonito? — Perguntou ela, na sexta-feira à noite. — Bonito tipo James McAvoy ou.... Joseph Gordon-Levitt? — Ela fez uma careta ao falar do Joseph.
— Ei, eu acho o Joseph bonito.
— Mas a beleza dele não é óbvia.
— Ah. Entendi. Mas ele está mais para... aquele garoto do filme "On The Road".
— O Sal? — Perguntou Brenda, engasgando-se com o café.
— Não. O Dean. Aquele... Garrett alguma coisa.
E então ela surtava sobre como o Garrett é maravilhosamente gostoso e eu revirava os olhos, cansada daquele joguinho "você está atraída por seu chefe em potencial" e fingia me matar com a faca da cozinha.
Agora estou no Central Park, às duas da tarde de um domingo.
Crianças estão correndo desesperadas, como se um enxame de abelhas estivesse correndo atrás delas, e eu estou sentada na grama, com um vestido cor de nada e uns óculos escuros, parecendo uma menininha. Quase ouço uma música qualquer do James Blunt tocando ao fundo, enquanto observo a juventude enlouquecendo. Não é mágico o que a música faz conosco? Transforma momentos aleatórios em videoclipes inspiradores e memoráveis. Mais ou menos no final, quando estou bolando o desfecho do pequeno filme em que estou participando, Brenda chega ao meu lado.
Só enxergo suas canelas cobertas pela calça jeans escura, então levanto o olhar. E não sei se estou enxergando coisas dentro do videoclipe ou se existe mesmo um filhote de cachorrinho ali.
— Andy ganhou o cachorro de Nathan e pediu que eu ficasse com ele por hoje, pois ele vai sair e não sabe onde deixar o filhote.
— Ah, ótimo. — Eu disse, tirando o cachorro do colo de Brenda e amarrando a corrente de sua coleira no tronco da árvore. — Não é possível que ele leva a árvore embora.
— É. — Brenda sorri. — Ele parece ser bonzinho. E Andy disse que hoje irá passar lá em casa.
— Onde? — Esqueço por um minuto que agora moramos eu e Brenda, e minha casa é "nossa casa".
— Não precisa jogar sinais de que não me quer em casa, assim, na minha cara. Eu vou assim que arrumar algo melhor.
— Algo melhor? Então o apartamento enorme que meu Ex me deixou quase como de herança, com dois quartos, uma sala gigante, cozinha montada e uma varanda com a vista para a bela cidade de NY, de repente não é o suficiente para você? — Finjo estar magoada.
Brenda revira os olhos, recostando-se no tronco da árvore, ao lado do cachorro.
— Qual o nome dele, aliás?
— Nandy.
— O quê? Que merda de nome é esse? — Pergunto, e só depois percebo. — Nathan + Andy? Não acredito nisso.
— Acredite. Eu achei fofo. Vou colocar o nome do meu filho de Brenkus. Se for menino. Se for menina, Marda.
— Uau. Só... Uau. Estou sem palavras.
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As Listas de Ellen [versão wattpad]
ChickLitLivro 2 também completo no wattpad! (As Listas de Ex-Namorados de Ellen) VERSÃO WATTPAD, LIVRO NÃO REVISADO. °°°°° Ellen Farley é jornalista de fofoca de uma revista não muito famosa, em Nova York. Nesse mundo onde tudo vira notícia, Ellen fica sab...