Uma noite fora da realidade

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Richard se levantou e disse que ia ao banheiro antes de ter um ataque e não parava de se mecher. Poderia jurar que algo o espetava.
Foi só ele virar as coisas para Lucas pular pra frente e se sentar ao seu lado.
-Tive uma ideia melhor, volte pra casa com o sem graça do seu acompanhante , e depois de 20 minutos passo na sua casa. - disse sorrindo, aquele sorriso ela conhecia bem, sempre que estava aprontando ele sorria assim.
-Melhor assim, me da tempo de trocar de roupa. - cochichou pra ele.
Ficaram ali sentados alguns minutos assistindo ao filme, que realmente era horrível, quem foi o cara que inventou aquela história? Totalmente sem sentido.
-Esse filme é uma bosta, jamais viria se soubesse que era ruim. - declarou.
-Por isso eu quis assistir sem você, queria saber se era bom antes de te trazer aqui e te fazer perder tempo com essa porcaria. - disse, e os dois riram.
Any avistou Richard voltando, seu semblante estava diferente, tinha algo errado com ele, parecia tenso e nervoso. Quando viu Lucas sentado em seu lugar teve um excesso de raiva, começou a gritar mandando lugar sair e dizendo que ela era sua garota.
Sua garota? Não tinham nem conversado direito ainda. Certamente aquele cara era louco. Precisava sair dali, não ia ficar mais nenhum segundo naquela farsa.
-Hey me espera por favor. - ele dizia indo atrás dela pelo shopping. Quando finalmente a alcançou pegou em seu braço com força fazendo-a parar.
-Me solta. Quero ir pra casa. - respondeu com raiva. Quem ele achava que era pra tocar nela desse jeito? Sabia que tinha que escutar mais os conselhos de Lucas, aquele cara era estranho. Ele a olhava com carinho, nem parecia que tinha acabado de gritar com ela. Seus olhos imploravam calma.
-Por favor me desculpa, me deixa te levar pra casa e te mostrar que não sou nenhum monstro. - disse acariciando seu rosto.
Recuou no mesmo instante.
-Ok. Vamos então. - respondeu indo a caminho do carro.
Entrou, ele parecia estar agradecido. Ela sentia repulsa, só queria ir pra casa e ver Lucas logo. Pegou o celular.
"To indo pra casa com o maluco. Venha rápido por favor, e traga bebida pra aquecer. To te esperando."
Richard não correu, parecia mais calmo, e as vezes a olhava de canto de olho. Ele a levou pra casa, sem perguntar o endereço, sem nem querer explicação de onde era. Se ele era novo na cidade como sabia aonde ficava sua casa?
-Como sabe aonde eu moro? - perguntou, não podia perder a oportunidade.
-Perguntei pra algumas pessoas na escola, foi fácil de achar. Eu mesmo trouxe as flores aquele dia. - disse forçando um sorriso.
Ele colocou a mão em cima da dela, a mão dele estava gelada, úmida e gelada, e tremia um pouco. Ela recuou.
-Me desculpa por hoje, o filme estava tão bom, me desculpa por ter estragado tudo. - disse querendo parecer sincero.
Ele nem tinha prestado atenção no filme, aquilo era uma bosta, como podia dizer que era bom?
-O filme era horrível, e não tem problema, acontece. Agora tenho que ir, minha mãe fica preocupada. - disse apressando-se pra abrir a porta, quando foi sair ele pegou em seu pulso.
-Nem um beijo de despedida? - perguntou com um sorriso constante nos labios. Sentiu seu coração esmagar, não queria beijar ele. Ele se aproximou, conseguiu sentir sua respiração, sentiu a respiração dos dois se misturando, então virou o rosto e lhe deu um beijo na bochecha.
-Te vejo amanhã na escola. - disse saindo do carro.
Finalmente livre. Não podia negar que ele era atraente, mas ao mesmo tempo terrivelmente misterioso.
Entrou no quarto e jogou a bolsa na cama, o que fez um barulho estranho.
-Ai Any, quanta agressividade. - reclamou Lucas levantando. Ele já havia chegado, devia ter subido pela árvore da janela.
Ele a olhou dos pés a cabeça e levantou uma garrafa de vodka.
-Você chegou rápido. - disse se sentando ao seu lado e pegando os copos de plástico que estavam no chão.
-Você disse pra vir rápido, passei em casa peguei a bebida e vim. Você que demorou na verdade. - disse olhando a nos olhos tentando decifrar algo.
Estava vestindo uma camiseta branca e uma jaqueta de couro, havia trocado de calça, essa era mais escuro e seu cabelo estava bagunçado. Estava com um sorriso incrível e um olhar que aquecia todo o ambiente.
-Richard veio muito devagar e me segurou um pouco no carro. - respondeu.
-Não me diga que você beijou ele. - disse fazendo careta de nojo.
Ela sorrio. Era sempre confortante estar ali.
-Claro que não, ele tentou mas virei o rosto. Agora sou difícil. - disse brincando.
Beberam dois copinhos de plástico e ela se levantou indo em direção ao banheiro.
-Aonde você vai? - perguntou curioso.
-Tomar um banho, temos um pub pra causar. - disse com sorriso malicioso.
Pegou sua toalha e entrou no banheiro fechando a porta atrás de si.

Estava ali a alguns minutos quando ouviu a porta da cozinha abrindo, devia ser ela. As coisas pareciam estar voltando ao seu lugar, estava acostumado a entrar pela janela de madrugada pra ficar conversando com Any quando ela tinha problemas. Mas depois daquele verão isso pareceu meio errado.
Celular vibrou.
"Aonde você está? Estamos te esperando."
Gregory, havia se esquecido de informar que ia atrasar um pouco. Digitou.
"Estou na casa da Any, estou só esperando ela, ela vai junto." Enviou.
Ela abriu a porta, linda, pareceu não notar a presença dele, tirou a bolsa e jogou em cima dele o que a fez notar que ele estava ali. Sorriu lindamente ao ver ele.
Beberam uns copos de vodka e ela se levantou dizendo que ia pro banho.
Quando entrou no banheiro ficou imaginando o corpo dela, linda e atraente. A lembrança dos labios dela beijando seu pescoço surgiu em sua mente. E se segurou pra não pensar besteira.
Ouviu o chuveiro desligando.
Ela gritou lá de dentro.
-Lucky? Vira pra trás. Esqueci minha roupa. - disse entre abrindo a porta do banheiro.
-Não tem nada aí que eu já não tenha visto. - respondeu, se estivesse vendo o rosto dela diria que tinha ficado vermelha.
Ela saiu do banheiro, enrolada na toalha, seu corpo parecia ter sido esculpido. Ela o olhou timidamente e sorrio.
-Vestido ou calça? - disse jogando as roupas em sua direção.
-Vestido. - respondeu sem olhar.
Pegou a roupa e voltou para o banheiro, o cheiro do seu perfume ainda estava no ar, aquilo era excitante. Saiu do banheiro e o olhou esperando aprovação.
Vestido preto com brilhos em cima, discreto e casual. Ela estava linda.
-Ta bom assim? - perguntou ela sorrindo.
-Você está linda. -respondeu com sinceridade.

Ele estava sentado a olhando como uma criança olhando para um doce. Ele estava lindo deitado todo desajeitado na sua cama.
Sentou ao seu lado. Pegou seu copo e bebeu mais um pouco. Reparou que ele a estava olhando, gostava do jeito que ele encarava ela, era reconfortante.
-Por que você está sempre comigo? - disse, se lembrando de todas as vezes que ele a ajudou a esquecer os problemas, todas as vezes que levou ela pra se divertir, ele estava sempre por perto.
-Por que sou seu amigo ué. - respondeu dando de ombros. Sentiu o cheiro do seu perfume amadeirado. Fechou os olhos e teve a sensação de estar de novo no acampamento. Se deitou ao seu lado apoiando a cabeça em seu peito.
-A gente já se conhece a tanto tempo né? - disse olhando nos olhos dele.
-Sim, tempo o suficiente. - respondeu ele acariciando o seu braço. Lhe deu arrepios e ela ficou pensando em como ele mechia com ela.
-Suficiente pra que? - perguntou fechando os olhos.
-Pra saber que você é incrível. - disse beijando sua testa. -Você é tão linda sabia? - disse beijando seu pescoço.
Arrepios e mais arrepios. O que ela estava fazendo deitada ali? Não sabia, e não queria saber, não hoje. Amanhã se preocuparia.

O que ela estava fazendo? Estava ali nos braços dele deitada aceitando seus carinhos. Beijou o pescoço dela, sentiu seu corpo se arrepiando, mas ela continuou no mesmo lugar. A ergueu pra cima beijando seu queicho, ela sorrio aceitando todo tipo de toque. Suas mãos percorriam as costas dela acariciando seu cabelo. Então ela se curvou e beijou sua boca. Ele a virou colocando a embaixo dele, soltou seu peso em cima dela e ela não reclamou, apenas aceitou calada, então ele a beijou, esperava tanto por aquele beijo, ainda não entendia o por que ela tinha aceitado isso assim mas não questionou. Beijou ardentemente e apaixonadamente, ela segurava em sua nuca pedindo mais. As  mãos dela passavam pro suas costas massageando-o, era uma sensação única.
Logo ele já estava sem camisa, pele com pele aquecida. Nunca nada fora tão bom. Sentiu os peitos dela o precionando e queria mais de tudo aquilo. O gosto dela estava em sua boca, um maravilhoso gosto, ele a beijava mais intensamente, a apertando contra ele.
Logo o casal estava gemendo, ele engoliu a respiração dela e ela engoliu a dele. Any o agarrava, já não se contentando em massagea-lo.
Ele deslizou a mão para a cintura tocando no tecido do vestido, ela abriu as pernas envolvendo ele, subindo o vestido mais pra cima.

Ela queria. Mais que tudo. Apenas um dia, depois tudo voltaria ao normal, prometeu pra si mesma.
Ele a beijava, suas mãos vagavam por sua coxa, ela ergueu ainda mais o quadril pedindo por mais. Sentia seu coração bater acelerado.
-Você tem certeza? - perguntou ele em seu ouvido.
-Por favor não para Lucky, preciso disso. - respondeu beijando - o ainda mais.
O plano era ir para o pub, o que ela estava fazendo ali? Sabia que ia se arrepender amanhã, mas no momento só queria sentir mais daquilo.
Ele beijou o pescoço dela, mais arrepios. Foi descendo beijando seu ombro. Pousou uma mão na parte de cima de seu vestido puxando-o pra baixo. Ela sentiu o calor do corpo dele, ele a desejava, e ela mais do que nunca queria aquilo.
Continuou beijando descendo para o peito, depois a barriga, tirou a calça. Ele a olhava como se quisesse gravar cada centímetro do seu corpo.
Foi a melhor noite de todas com certeza. Era mais do que só desejo. Era paixão.
Fizeram amor a noite toda, era 4 da manhã adormeceram.

Lei De MurphyOnde histórias criam vida. Descubra agora