Entraram no carro, Any parecia assustada a tudo, olhar perdido, o medo parecia sair de dentro dela. Lucas a olhava preocupado, o que será que ela estava pensando?
-Está tudo bem Any? - perguntou entrelaçando seus dedos aos dela.
-Estava me lembrando. Hoje logo depois que Luísa me ligou avisando do acontecido Richard agiu muito estranhamente. - falou, seus olhos pareciam perdidos, como se estivesse lembrando cada palavra.
-O que ele disse querida?
-Disse que eu ficaria feliz pela morte de Beatriz por achar que eu não gostasse dela. Falou de um jeito frio. Você acha que foi ele? - perguntou olhando-o com lágrimas nos olhos.
-Não conhecemos ele Any, só sabemos que o nome dele não é esse. Não sabemos se ele é um assassino. Não fique com tanto medo. Eu estou aqui. - disse depositando um beijo em seus labios.
Ligou o carro e foi em direção a sua casa. Tinha algo estranho com o carro, ele acelerava e só acelerava.
-Lucky não precisa correr, não estou com tanta fome. - disse forçando um sorriso.
-Não estou correndo Any. O carro não para de acelerar. O freio não está funcionando. - falou assustado.
O que estava acontecendo? O carro estava normal, ele foi até a Luísa sem problemas. Apertava o freio e não fazia diferença nenhuma.
-Lucky para o carro. - gritou ela assutada.
As curvas estavam sendo feitas mais perigosamente, não conseguia parar.
-Any o carro não para.
Tinha algo errado. Parecia que alguém tinha cortado os fios.... Não!
Uma árvore estava caída no meio da estrada, não tinha como parar muito menos desviar.
-Lucky pelo amor de Deus para o carro. - gritou ela em desespero.
O coração dele saltou pela boa, os olhos dela estavam tão assustados que o deixava abalado. Só queria protegê-la. Puxou o freio de mão e puxou o carro pro lado do motorista fazendo-o rodopiar, o carro bateu na árvore e capotou.
Tudo doía. A cabeça parecia que ia explodir. Os olhos não conseguiam ficar abertos. Any! Any!
-Any? Está tudo bem? - perguntou com a voz fraca e arrastada.
Nada, nenhuma resposta. Meu Deus não. Não podia estar acontecendo.
Ouviu barulho de um carro, o carro diminuiu a velocidade quase parando. Ouviu uma voz.
-Boa morte desgraçado. - Richard! Era Richard. Ouviu o carro acelerando e os pneus cantando. Sua cabeça doía, os olhos pesavam, tinha que ficar acordado. Any. Apagou.Any acordou no hospital. Se lembrava da árvore, acidente, capotou o carro. Lucky! Aonde estava Lucky? Olhou ao redor, viu uma enfermeira observado e sua mãe em uma ponta.
-Olá querida, como está se sentindo? - perguntou sua mãe sorrindo pra ela.
-Lucas mãe, cade ele? - falou com a voz arrastada. Parecia que estava drogada, sua língua estava amortecida.
-Ssshhhh, calma minha boneca, ele está bem, está no quarto ao lado. - disse um homem. Aquela voz, seu pai. Ele havia voltado por sua causa? Sentiu seu olho encher de água.
-Papai! O senhor voltou?
-Vim ver como está minha pequena. Precisamos conversar assim que você melhorar querida. Tem um cara aí fora, Richard, não fala nada pra ele que seu pai está aqui tudo bem? Te explico depois.
Richard estava lá? Não. Não queria vê-lo. Queria Lucky. Como sera que ele estava? Sua cabeça doía muito. Dormiu novamente.-Cade a Any? Ela está bem? - perguntou vendo Gregory sentado na cadeira ao seu lado.
-Relaxa aí cara, ela ta legal. Está só com alguns arranhões igual você. Fica sussegado. Richard está lá fora, disse que quer falar com você.
-Richard? Não. Não Gregory, não deixa ele ficar sozinho aqui comigo, ele vai me matar. Ele cortou os fios do freio do meu carro. Ele tentou me matar.
-Do que você está falando cara? Ta louco? Acho que esses remédios estão mechendo com você.
-Quando tinha acabado de capotar eu ainda estava acordado e consciente. Ouvi um carro chegando, o carro parou ao nosso lado, e a voz de Richard falou "boa morte desgraçado". Era ele Gregory. Você tem que chamar a polícia. Diga que preciso falar com algum detetive.
-Calma Lucas. Você está agitado demais. Tem alguns polícias aí fora mesmo querendo falar com você pra saber o que aconteceu, e o pai de Any esta aqui tambem. Pode falar com ele.
-Vai chamá-lo então.
Precisava se levantar, mas aqueles remédios estavam deixando completamente dormente. Não conseguia nem sentir a língua.
A porta se abriu, não era o pai de Any, era Richard.
-Oi Lucas, como você está?
-Desgraçado, você tentou me matar.
-E vou tentar de novo se não se afastar da minha garota, só que da próxima vez não vou falhar. - disse Richard com um tom incrivelmente frio.
A porta abriu de novo, o pai de Any entrou pela porta, o rosto de Richard ficou branco no mesmo instante. Começou a dar passos pra trás se afastando.
-Robert. Que surpresa te encontrar aqui. Douglas? Steve? - chamou abrindo mais a porta.
Derepente os polícias entraram no quarto, Richard abriu a janela e pulou.
-Maldito, ele fugiu. Peguem ele. Não o deixem escapar dessa vez. Quero ele preso. - gritou Bob o olhando preocupado.
Mais que droga era aquela? O que foi aquilo? Robert era o seu nome verdadeiro? Como Bob o conhecia?
-Ele tentou me matar Bob. Ele cortou os fios do freio do meu carro. - falou completamente adormecendo.
-Eu sei Lucas. Vamos te tirar daqui.
Apagou.Bob
Maldito. Ele havia procurado Any. Ele sabia do dinheiro então. Precisava tirar eles de lá, estavam correndo perigo. Mandaria os dois pra uma praia longe dali, que pesadelo.
Pegou o celular, digitou.
-Sara? Preciso de você aqui. Robert está na cidade, tentou matar minha filha. Preciso que você tire eles daqui urgente.
-Estou indo Bob.
Desligou.
-Bob preciso ir buscar Patrick, Ana ligou e disse que precisa sair. - disse Suzane. Ela parecia preocupada, parecia que não dormia a dias. Abatida, o tempo que ele passou fora parece que a tinha envelhecido 10 anos.
-Pode ficar em casa com Patrick. Não é bom deixar ele nesse ambiente.
-Tudo bem então, você fica com ela? Não desgruda o olho dela nenhum segundo.
-Pode deixar, vou ficar aqui. - mentiu
Quando Suzane descobrisse que ele iria tirar Any e Lucas da cidade ela o mataria. Mas já estaria muito longe pra ser morto. Deixaria uma carta avisando.
Ela se foi, entrou no quarto de Any e ela ainda dormia assim como Lucas. A enfermeira disse que ficaria assim por no mínimo duas horas.
Telefone tocou.
-Ele fugiu de novo. Não conseguimos encontrá-lo.
Como ele conseguia se safar sempre? Dessa vez não deixaria barato.
Sara chegou, conseguiram tirar os dois sem chamar atenção das enfermeiras. Tinha um lugar seguro. Ficariam bem. Tudo pela sua menininha.
-De isso a ela quando ela acordar. - pediu entregando um caderno. -Informe tudo o que você sabe para o detetive daqui. E cuide dela.
Falou e saiu. Foi pra casa.
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Lei De Murphy
RomanceAny Carter, estudante, amiga de Lucas Singer, conhece um cara, Richard, mas coisas muito estranhas acontecem quando ele está por perto. Any tenta se afastar, mas Richard parece estar em todos os lugares, perseguindo-a. Quando a polícia entra no mei...