00h:00min - ESTRONDO

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A pantera negra rosnou de novo.O som veio alto o suficiente para impelir Jessica para trás, mas seus pés estavamcongelados no lugar. Ela esperou para se virar, correr, mas algum medo antigo tinha tomado seusmúsculos, os deixando paralisados. Era o medo das enormes presas do felino, de seu rosnarfaminto, da fina linha cruel da língua rosa que agitava de sua mandíbula."Sonhando ou não", Jessica disse suavemente. "Ser comido seria uma droga."Os olhos da besta piscaram o roxo brilhante ao luar. Sua boca começou a torcer e mudarde forma, as duas longas presas se estendendo até que elas fossem tão longas quanto facas. Elese agachou, se reunindo em um monte de músculos, cabeça baixa e calda levantada, como umcorredor se preparando para começar uma corrida. Seus músculos tremeram, a patas enormesno chão. O arranhar das garras raspando o asfalto alcançaram os ouvidos de Jessica, enviandocalafrios em sua espinha. Quando o gato saltou em direção a ela, ele veio de repente tão certeiroe rápido quanto uma flecha.No momento que ele se moveu, Jessica tinha se libertado de seu feitiço. Ela se virou ecorreu para trás em direção as cobras.Seus pés descalços bateram dolorosamente contra o asfalto, e o arco de cobras estavaordenado de um lado ao outra da rua, diretamente em frente a ela. Então ela mudou para alateral, para a suave faixa de grama. As cobras se moveram para bloqueá-la, deslizando para aalta grama sem corte em frente a uma desmoronada casa antiga. Jessica trincou seus dentesenquanto ela corria, imaginando afiadas presas picando as solas de seus pés a cada passo.Quando ela alcançou o ponto onde ela imaginou que as cobras estariam, Jessica se lançou emum grande salto. O ar correu ao redor dela, e o salto pareceu carregá-la incrivelmente longe. Elasaltou mais duas vezes, dando passos delimitados, até que ela alcançou a margem da próximagaragem.Jessica tropeçou dolorosamente no concreto enquanto ela aterrissava, mas ela conseguiuse manter correndo. As cobras estavam definitivamente para trás dela agora, e ela percebeu comalivio que não tinha sido mordida. Mas os passos da pantera negra estavam ainda se aproximando. Ela podia ser rápida neste sonho, mas a criatura atrás dela era mais rápida.Imagens de um milhão de determinadas naturezas passaram por sua cabeça: grandesfelinos pegando suas presas, agarrando gazelas com seus dentes e as desentranhando comgarras selvagens que cortavam como lâminas de um liquidificador. Chitas eram os animais maisrápidos do mundo; panteras provavelmente não estavam muito atrás. Não havia jeito que elapudesse vencer a besta em uma linha reta. Mas ela recordou como um antílope escapava dechitas: por giros e curvas, que o mais pesado e menos ágil dos gatos ultrapassava e tropeçava aochão, antes que eles pudessem se corrigir para outro ataque.O problema era, Jessica não era um antílope.Ela arriscou um olhar por sobre seu ombro. A pantera estava só a uma pouca distânciaatrás, terrivelmente enorme de perto. Jessica se dirigiu a um salgueiro em frente à próxima casa,uma imensa árvore velha que encobria o jardim inteiro. Ela fez contagem regressiva do cinco,enquanto corria para ela, escutando os passos do gato rasgando a grama cada vez mais perto.No um, Jessica se jogou para o chão, atrás do velho tronco.O salto da pantera foi parar acima dela, uma sombra escura escondendo a lua gigante poruma fração de segundo. Um som rasgante veio com o vento na passagem da criatura, como se oar por si mesmo tivesse se fendido.Jessica levantou sua cabeça. O grande gato estava lutando para parar na próximagaragem, suas patas traçando um assustador chiado no asfalto. Então ela identificou as marcas acentímetro de seu rosto e engoliu em seco. O tronco da árvore sofreu três longos cinzeladoscruéis, pouco acima de onde sua cabeça tinha estado, a madeira recém exposta, branca por ummomento, antes que a lua borrasse com seu azul.Ela ficou em pé e correu.Havia uma estreita lacuna entre as duas casas, um canal de mato alto e formas escuras.Jessica se arremeteu instintivamente para o espaço estreito. Ela caiu na grama alta, pulando aforma enferrujada de um velho cortador de grama apoiado contra a parede, então tropeçou emuma parada.No final da lacuna havia uma cerca de arame.Jessica correu em direção a ela. Não havia nenhum lugar mais para se ir.Ela pulou tão alto quanto podia, dedos se enganchando na trama de metal, puxando-separa cima. Seus pés lutando para se içar, dedos dos pés agarrando melhor do que sapatos, maismuito mais dolorosamente. Pelo menos a cerca era nova, o metal liso e livre de ferrugem.Enquanto Jess subia, ela podia ouvir a respiração estrondosa da pantera gigante atrásdela, reverberando entre as duas casas. A criatura se empurrou através do mato alto com barulhoda corrida, como vento nas folhas. Ela alcançou o topo da cerca e oscilou, vindo de repente, aficar cara a cara com seu perseguidor.A besta estava só a pouco mais que alguns metros de distância. Seus olhos presos aos dela. Naquelas profundas piscinas de índigo, Jessica pensou ter reconhecido uma inteligênciaantiga, remota e cruel. Ela sabia absolutamente, além de qualquer argumento, que este não eraum mero animal; ele era algo muito pior.Exceto, é claro, que isto tinha sido um sonho: aquele puro mal a olhando de volta, estavatudo em sua cabeça."Psicossomatismo." Ela sussurrou suavemente.A criatura levantou uma pata enorme para golpear os dedos agarrados de Jessica, aindaexpostos através dos buracos na cerca. Ela soltou seu aperto e se empurrou para trás. Enquantoela caia, uma chuva de fagulhas azuis explodiu à sua frente, iluminando as presas brilhantes dogato e com as casas se elevando em ambos os lados. A cerca inteira pareceu pegar fogo, fogoazul correndo ao longo de cada centímetro do metal. O fogo pareceu repuxar para tocar a besta,girando para dentro, em direção as longas garras emaranhadas por um momento entre os elos.Então a criatura deve ter se libertado; o mundo ficou escuro.Jessica bateu no chão suavemente, sua queda amortecida pela grama mal cuidada. Elapiscou cegamente; a trama da cerca estava queimada em sua visão, deslumbrantes formas dediamante azul formando tudo que ela via. O cheiro de pelo chamuscado quase a tinha feitosufocar.Ela olhou para suas próprias mãos espantada. Elas não se machucaram, exceto pelasmarcas vermelhas triangulares de se suspender. Se a cerca tinha estado eletrificada, por que elanão tinha a queimado como tinha feito com o gato? Não havia faíscas agora, exceto os ecos emsua visão, e a cerca tinha um buraco diante dela. Ela estava surpresa que a pantera não tivesserasgado ela abaixo com um único golpe de sua pata.Jessica espreitou através do metal por seu perseguidor, piscando para clarear a visão. Apantera estava sacudindo sua cabeça em confusão, se afastando para a extremidade da lacuna,ligeiramente mancando. Ela ergueu uma pata e a lambeu, a língua rosa serpenteando entre osdois dentes longos. Então os olhos cor de índigo se prenderam em Jessica. A inteligência friaainda estava lá. O gato se virou e caminhou para fora da vista. Ele estava procurando por outrocaminho.O que quer que a cerca tenha feito a pantera, ela estava grata. A besta podia ter pulado acerca, que não era mais que dois metros e meio de altura, mas as faíscas tinham assustado ela.Entretanto sua trégua não duraria muito. Ele tinha que se mover. Jessica rolou sobre suasmãos e joelhos e começou a se levantar.Um som sibilado veio do chão em frente a ela. Através da grama alta ela vislumbrou doisolhos roxos piscando ao luar.Sua mão veio em frente de seu rosto na hora certa. Um tiro frio a atravessou, da palma aocotovelo, como se longas e geladas agulhas tivessem sido empurradas profundamente em seu braço. Jessica saltou de pé e se afastou de onde a cobra tinha estado se escondendo.Seus olhos se esbugalharam com o medo, enquanto ela olhava abaixo para sua mão.A cobra tinha atacado pelos filamentos negros que se envolvia ao redor de seus dedos epulsos, sua mão presa por um frio se espalhando. Os filamentos vieram da boca da cobra, comose sua língua tivesse se dividido em uma centena de fios negros, e giravam fortemente ao redordela. O frio estava se movendo lentamente de seu braço em direção ao seu ombro.Sem pensar, Jessica agitou a cobra contra a cerca. Os elos da cadeia se iluminaram denovo, embora muito menos explosivos do que quando o gato tinha a atingido. Um fogo azul seatirou em direção a sua mão, então correu abaixo pelo comprimento da cobra. A criatura seinchou por um momento, sua lustrosa pele negra ficando em pé. Os filamentos desfilados, e acobra caiu sem vida no chão.Jessica se inclinou contra a cerca, exausta.O metal era quente e pulsante contra suas costas, como se o aço tivesse se tornado vivo.Sensibilidade correndo de volta dentro de seu braço dolorosamente, junto com imagináriosalfinetes e agulhas, como o sangue retornando, depois dela ter dormido sobre ele a noite toda.Jessica afundou com o alívio, deixando o metal apoiar seu peso por um momento.Então do canto de seu olho, ela viu movimento. Havia uma estreita lacuna na cerca, comoum cachorro cavaria. Mais cobras estavam vindo através dela.Jessica se virou e correu.O quintal desta casa era pequeno, cercado de cercas altas. Ela poderia estar segura dapantera com elas, mas na grama sem corte as cobras podiam se esconder em qualquer parte. Elasubiu pelo portão fechado na parte de trás, largando-se para o chão em um beco estreitopavimentado.O grande gato tinha ido pelo caminho que Jessica tinha vindo, então ela correu abaixo nobeco, na direção oposta. Ela se perguntou como ela chegaria em casa."Só um sonho", Jessica se lembrou. As palavras não trouxeram a ela nenhum conforto.A adrenalina em seu sangue, a dor aguda em seus dedos da subida nos elos da cerca, seucoração martelando em seu peito - a experiência toda parecia absolutamente real.O beco dava para uma estrada larga. Uma placa de rua estava na próxima esquina, e Jesscorreu em direção a ela, lançando seus olhos ao redor a procura da pantera."Kerr e Division", ela leu. Aquele era o caminho para a escola. Ela não estava tão longe decasa. "Se eu puder passar pelas cobras peludas e o predador gigante, eu estarei bem", elamurmurou, "sem problema."A lua estava totalmente cheia agora. Ela estava se movendo muito mais rápido do que o sol fazia durante o dia, Jessica percebeu. Parecia muito como por meia hora, desde que seusonho tinha começado. Ela viu quão grande a lua estava agora. Ela preenchia tanto do céu quesó um risco do horizonte permanecia visível em torno dela. O enorme volume suspenso acimafazia o mundo parecer menor, como se alguém tivesse posto um teto no céu.Então Jessica viu as formas contra a lua."Ótimo", ela disse. "Tudo o que eu precisava."Havia criaturas aladas de alguma espécie. Elas pareciam como morcegos, suas asascorpulentas e translúcidas, lentamente planando, ao invés de batendo elas. Elas eram maislargas que a de morcegos, embora seus corpos mais compridos, como se um bando de ratostivesse asas brotadas.Vários deles giraram acima dela, fazendo baixos sons de gorjeio.Eles tinham localizado ela? Eles estavam, como tudo o mais neste sonho, à caça deJessica Day?Olhar para a esfera escura estava dando a Jessica dor de cabeça de novo, fazendo ela sesentir presa numa armadilha em sua luz absorvente. Ela virou seus olhos para a terra, procurandoa pantera enquanto ela corria em direção a sua casa.As formas voadoras içaram acima, seguindo-a.Não demorou muito para que ela sentisse o estrondoso rosnar da pantera de novo.A forma negra deslizou para a placa em frente a ela, a poucas quadras a distância,diretamente entre Jessica e sua casa. Ela se lembrou da inteligência nos olhos da panteraquando tinham se encarado um ao outro, através da cerca. O gato parecia conhecer onde elavivia e como a impedir de chegar lá. E suas amiguinhas deslizantes estavam provavelmente jáem formação para prevenir qualquer escapada.Era desesperador.A criatura começou a caminhar em direção a ela, não rompendo em seu passo máximodesta vez. Ele sabia agora o quanto rápida ela podia correr, e entendeu que tinha que ir só umpouquinho mais rápido para alcançá-la. Ela não ultrapassaria sua presa novamente.Jessica olhou ao redor por um lugar para se esconder, qualquer lugar para escapar. Masas casas aqui nas ruas principais eram mais afastadas, com grandes faixas de grama de cadalado. Não havia espaços apertados para se rastejar, sem cercas para subir.Então ela viu sua salvação, a uma quadra na direção oposta da pantera. Um carro.Ele estava situado imóvel no meio da rua, as luzes apagadas, mas ela podia ver quealguém estava dentro dele.Jessica correu em direção a ele. Talvez quem quer que estivesse ao volante, pudesselevá-la em segurança, ou talvez a pantera não pudesse entrar no carro. Era a única esperançaque tinha. Ela olhou por cima de seu ombro para o gato. Ele estava correndo agora, ainda não a toda velocidade, mas rápido o suficiente para se aproximar a distância, com toda segurança. Jessicacorreu tão rápido quanto ela podia. Seus pés descalços doíam do bater no concreto, mas elaignorou a dor.Ela sabia que ela podia fazer isso até o carro.Ela tinha que fazer.A áspera respiração do gato e os passos alcançaram suas orelhas, os sons carregadoscomo sussurros através do silencioso mundo azul, mais e mais perto.Jessica se lançou para os últimos metros, alcançando o lado da porta do passageiro, epuxou a maçaneta.Ela estava fechada."Você tem que me ajudar!", ela gritou. "Deixe-me entrar!"Então Jessica viu o rosto do motorista. A mulher tinha cerca da idade de sua mãe, seuscabelo loiro e um leve franzir em seu rosto, como se ela estivesse se concentrando na estrada afrente. Mas sua pele estava tão branca quanto papel. Seus dedos imóveis apertados no volante.Como Beth, ela estava congelada, sem vida."Não!" Jessica gritou.Um sibilo veio de debaixo. Cobras embaixo do carro.Sem pensar, Jessica saltou para a capota.Ela se virou para encarar a motorista através do para-brisa, os olhos vazios olhando devolta para ela como uma estátua."Não", Jessica soluçou, batendo no capô do carro.Ela rolou para encarar a pantera, exausta e vencida.A besta estava só há poucos passos de distância. Ela parou, rosnando, e as duas grandespresas brilharam no luar escuro. Jessica sabia que ela estava morta.Então algo aconteceu.Um minúsculo disco voador passou chiando por Jessica, em direção a pantera. O objetodeixou um rastro de faíscas azuis e ar eletrificado. Jessica sentiu seu cabelo se levantar, como seum relâmpago tivesse atingido por perto. Os olhos da pantera piscaram grandes e em pânico,refletindo o dourado ao invés do índigo.O projétil explodiu em uma chama azul que se envolveu ao redor do gato gigante. Acriatura girou e saltou para longe, o fogo se agarrando ao seu pelo Ele saltou para mais distantena rua, uivando uma mistura de dor - rugir de leões e pássaros atingidos, gatos sendo torturado. A besta passou da placa em torno da esquina, seu lamento finalmente diminuindo em um odiosoescárnio atormentado, como de uma hiena ferida."Wow", veio uma voz familiar, "O hipocondríaco matou o gato", as palavras sem sentidoforam seguida por uma risadinha.Jessica virou para encarar a voz, piscando as lágrimas e a descrença. A alguns metrosdistante, de algum modo invadindo seu sonho, estava Dess."Hey, Jess", ela chamou. "Como vai indo?"Jessica abriu sua boca, mas nenhum som veio.Dess estava montada em uma raquítica bicicleta velha, um pé descansando sobre oasfalto, o outro em um pedal. Ela usava uma jaqueta de couro sobre seu vestido preto decostume e estava lançando o que parecia uma moeda no ar.Jessica ouviu um barulho sibilar de debaixo. Uns poucos riscos estavam ziguezagueandoseu caminho em direção a Dess."Cobras", ela conseguiu coaxar."Slithers, na verdade." Dess disse, e jogou a moeda nas formas escuras.Ela silvou no chão entre elas, levantando uma única fagulha azul brilhante, e com um corode finos ruídos de guincho, as cobras escaparam de volta para debaixo do carro.Mais duas bicicletas rolaram dentro da visão.Elas eram guiadas pelos amigos de Dess da cafeteria. O garoto com os óculos grossosapareceu primeiro, só que ele não estava usando óculos agora. Seu longo casaco ondulando emtorno dele enquanto ele parava, e ele estava sem fôlego. Então a outra garota que tinha estadona mesa de Dess, a quem Jessica nunca tinha conhecido, apareceu.Jessica olhou para os três, inexpressivamente. Este sonho estava ficando cada vez maisestranho."Vocês são bem vindos", Dess disse."Cala a boca", o garoto disse, sem fôlego. "Você está bem?"Levou um instante para Jessica perceber que a pergunta era dirigida a ela. Ela piscou denovo e acenou em silêncio. Seus pés doíam e ela estava ofegante, mas ela estava bem.Fisicamente, pelo menos. "Claro, eu estou bem, eu acho.""Não se preocupe com o gatinho psicótico; ele se foi por esta noite", Dess disse,procurando a pantera que se foi. Ela se virou para o garoto. "O que era, Rex?""Algum tipo de Darkling." Ele disse."Bem, não brinca", ela disse.Ambos olharam para a outra garota. Ela balançou sua cabeça, esfregando seus olhos comuma mão. "Eu senti algo antigo, até mesmo talvez antes da Separação."Rex assobiou. "Isso é velho, certo. Ele deve estar louco agora."A garota concordou. "Não muito inteligente. Mas ainda engenhoso."Dess derrubou sua bicicleta no chão e caminhou para onde o gato tinha estado. "O quequer que fosse, não foi páreo para o poderoso poder do Hipocondríaco."Jessica se ajoelhou e arrancou um disco preto de metal do chão."Ai!" Dess passou ele de uma mão para a outra, sorrindo. "Ainda vivo."Ele parecia com uma calota velha, enegrecida pelo fogo. Essa era o disco voadorofuscante há um minuto atrás?Jessica sacudiu sua cabeça, confusa, mas lentamente se acalmando. Ela estavarespirando uniforme agora. Tudo estava se movendo para um campo de sonho mais familiar: umaloucura total.Rex descansou sua bicicleta na rua e andou para a lateral do carro. Jessica se encolheuum pouco diante dele, e levantou ambas as palmas."Está tudo bem", ele disse suavemente, "mas você provavelmente deveria sair do carro.Parece que está indo bem rápido.""Vamos lá", Dess disse, olhando para o céu. "Ela está como um quarto minguante.""Não é um bom hábito, Dess", ele disse. "Especialmente quando você é novo."Ele ofereceu sua mão, Jessica olhou desconfiadamente para o chão, mas não haviamcobras aparentemente. Ela viu a mesma tornozeleira brilhante que Dess usava enrolada em torno das botas de Rex. A outra garota as tinha também, anéis de metal empilhados ao redor dos seustênis negros.Ela olhou para seus próprios pés descalços."Não se preocupe, os slithers se foram. ""Eles partiram com um pouco do Ardorosamente."Dess disse, dando risadinhas. Seus olhos estavam arregalados, como se o encontro com apantera tivesse sido um emocionante passeio no parque de diversões.Jessica ignorou a mão de Rex e deslizou para fora do capô do carro em direção a frente.Ela se empurrou do para-choque e deu uns poucos passos rápidos a distancia, espreitando assombras debaixo dele. Mas as cobras pareciam ter desaparecido."Eu não ficaria em pé em frente a ele também", Rex sugeriu suavemente. Ele olhou para ospneus. "É provável que esteja indo a oitenta quilômetros por hora. "Jessica seguiu o olhar dele e viu que os pneus não estavam redondos. Eles estavam ovais,comprimidos, fora de forma e ligeiramente inclinados à frente. Elas pareciam como as rodas emmovimento que eram desenhadas nas revistas em quadrinhos. Mas o carro estava absolutamenteimóvel. O motorista ainda usava exatamente a mesma expressão, alheia aos estranhosacontecimentos ao redor dela.Rex apontou para a lua negra. "E quando aquele bad boy baixar, ele voltará ao movimentoregular. Sem pressa como Dess disse, mas é bom manter isso em mente."Algo na voz calma de Rex irritou Jessica. Possivelmente o fato de que nada que ele diziafazia algum sentido.Ela olhou para a lua. Ela ainda estava se movendo através do céu, rapidamente, quase noquarto minguante.Um arfar veio dos outros três. Ela jogou seu olhar para eles. Eles olhavam de volta paraela."O que foi?" Jessica perguntou rispidamente. Ela já tinha tido o suficiente das esquisiticesdeles.A garota cujo nome ela não sabia, deu um passo para mais perto de Jess, olhando deperto para seu rosto com uma expressão horrorizada."Seus olhos estão errados." A garota disse.


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