D e z e s s e t e

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Olá, quanto tempo, não?
Enfim, mil perdões pela demora (mesmo que todos os perdões do mundo não possam desculpar o tempo que fiquei fora - e provavelmente ficarei novamente) mas juro pelo Rio Estige que não vou abandonar vocês. Eu deveria ter publicado este capítulo no dia do Natal, mas não estava pronto e quebrei o celular da minha mãe, o que fez com que ela ficasse com o meu, assim, não pude escrever. Então, no ano novo, meu celular ficou na casa da minha avó, e não pude publicar. Depois disso, minha Internet foi cortada. Resultado: uma demora maior do que deveria ser.
Ainda assim, finalmente, a espera teve fim. Considerem como um presente de Natal para vocês, pois não há mais nada que eu possa oferecer a vocês.
Este é o maior capítulo da história até agora, e espero que aproveitem-no bastante, pois foi feito com todo o carinho que tenho por vocês.

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Naquela manhã, durante o café, a notícia de que Cátia Bell havia sido mandada para o Hospital St. Mungus se espalhou tão rapidamente quanto os boatos de que a garota fazia parte do clã d'Aquele Que Não Deve Ser Nomeado. Ninguém suspeitava de Draco, a não ser, é claro, Harry Potter. Este o encarava da mesa da Grifinória com ódio. Ao seu lado, estava Hermione, distraída com a refeição e um livro de História da Magia, mas, de vez em quando, sem que percebesse, suas mãos se desviavam das páginas em direção ao pulso no qual o sonserino havia colocado o bracelete. Vendo aquela cena, o loiro quase esquecia o medo que sentia de que alguém desse ouvidos a Potter e seu segredo obscuro fosse descoberto... Quase.
Além disso, um sonho que vinha se repetindo quase todas as noites o atormentava, no qual Hermione era, também, uma Comensal. Aquela hipótese o intrigava, pois, se conseguisse fazer com que a morena passasse a pensar ao menos um pouco como um dos seguidores do Lorde, talvez o mesmo a poupasse, e até a admitisse como uma de suas seguidoras, o que resultaria na possível chance de Draco tê-la. Porém, haviam falhas e dificuldades em sua ideia, como, por exemplo, fazer com que a garota se voltasse contra os nascidos trouxas, sendo ela uma. Mas precisava tentar. Precisava conseguir.
--- Draquinho... -- a voz aguda de Pansy o chamou, despertando-o de seus devaneios. -- Vai me fazer esperar muito mais? Meu braço já está cansado.
A menina mantinha erguida à sua frente um pergaminho no qual deveria informar se permaneceria em Hogwarts durante as férias de inverno ou se iria para casa.
--- Obrigado, Pansy. -- Disse enquanto escrevia seu nome na lista de pessoas que passariam as festas com a família. -- Mas não me chame de Draquinho, está bem?
--- Como quiser, Draquinho. -- ela se aproximou para beijá-lo, mas o rapaz desviou o rosto.
Com raiva, Pansy retirou as mãos dos ombros de Malfoy e cruzou os braços, a expressão fechada, fazendo-a assemelhar-se ainda mais a um buldogue.
--- Ei... Pansy, o que aconteceu? -- o loiro perguntou.
--- Você! Isso é o que aconteceu! -- seu tom passou a aumentar a cada palavra, sendo que até a mesa da Grifinória ouvia o que a garota dizia. -- Você está muito distante desde que chegou na escola. Não aceita mais me beijar, foge quando me aproximo e quase não conversa mais! Eu cansei disso. -- ela se levantou e saiu do Salão Principal com passos fortes.
--- Você conseguiu deixá-la realmente com raiva. -- Blásio riu, mas foi ignorado por Draco, que olhava para a dona dos cabelos rebeldes que ele mais gostava, na tentativa de descobrir o que se passava em sua mente sem que tivesse que usar legilimência para isso. Porém, se havia prestado atenção a algo, não demonstrava, o que apenas fazia com que o rapaz se interessasse mais ainda por ela. Aquele jogo de mistério o envolvia e o sorriso dela o cativava de uma forma que o fazia sentir como se não pudesse mais sobreviver sem aquela que dominava seus pensamentos durante grande parte do tempo.
Quando o correio coruja finalmente apareceu, uma leve ansiedade tomou conta do corpo magro do rapaz, que deixava o Grande Salão, mas não voltou a procurar pelo único rosto amigo entre a imensidão vermelha e dourada. Precisava manter o controle, mostrar-se superior, até que finalmente pudesse começar a agir em um plano que poderia conceder-lhe eterna felicidade se funcionasse.

Deathly LoversOnde histórias criam vida. Descubra agora