Simone
Encarei os olhos azuis de Ronaldo enquanto ele me comia gostoso, estocando fundo e bruto, dando tudo dele e tirando tudo de mim. Era sempre assim, no sexo eu me entregava totalmente, mergulhava no mundo dos prazeres, devassa e pervertida, mas sempre com a mente focada, dominada pela razão.
Homem algum até hoje havia me deixado de quatro, mas eu havia deixado muitos. E gostava disso. Gostava de vê-los torcendo o pescoço quando eu passava, mesmo estando em companhia de suas namoradas e esposas. Eu me divertia. Sabia o efeito que causava no sexo oposto. E me aproveitava sempre que podia de meus atributos.
- Ahhhh! - gritei ensandecida, arranhando as suas costas e ondulando de prazer. Na hora o promotor reagiu e soltou um grunhido rouco em um misto de satisfação e dor.
- Ah, porra! Como você é gostosa! Dá essa bocetinha para mim - rosnou em meu ouvido, metendo seu pau duro e grande para dentro, sendo tragado pela minha entrada esfomeada.
As obscenidades ditas por Ronaldo sempre me excitaram na cama e ele sabia disso. Eu disse a ele que gostava e o promotor passou a usá-las somente para me satisfazer. Mas no fundo, ele também aprendeu o quanto era bom ouvir um palavreado sujo ao pé do ouvido.
Em um movimento brusco, eu me virei ainda conectada a Ronaldo dentro de mim e mudei as posições. Ele ficou em baixo, enquanto eu montava nele, enterrando seu pau até o fundo. Ele já me conhecia e sabia que eu gostava de ter o controle no sexo. Nunca me deixava dominar e, na maioria das vezes, sempre gozava por cima.
- Putinha safada! - Ele deu uma palmada em minha bunda e depois cravou os dedos ali. - Está quase gozando, é?
- Sim, sim... Faça sua putinha gozar bem gostoso - instiguei rebolando em cima dele enquanto mordia os lábios e encarava seus olhos.
Vi o modo como contemplou meu corpo, olhando para meus seios fartos que balançavam a medida que ele estocava dentro de mim. O olhar flamejante, como se estivesse adorando cada pedacinho meu. Como se eu fosse para ele uma deusa. Não sei por que, mas aquilo me incomodou um pouco. Fechei os olhos e me concentrei no meu próprio orgasmo que estava emergindo com tudo. Tentando esquecer aquela sensação desconfortável que vinha sem pedir permissão.
- Ahhhhh! - gemi ondulando, gozando e gozando, sentindo o prazer tomar conta do meu corpo e entorpecer o meu cérebro.
Ronaldo me seguiu, rosnando como um louco e ejaculando dentro do preservativo. Eu nunca abria mão do uso de camisinha durante os atos sexuais. Não conhecia a fundo o promotor e não estava interessada em conhecer. Eu havia deixado claras as regras para ele: sem cobranças, sem envolvimento, apenas sexo seguro, gostoso e depravado. Contudo, eu sentia que para Ronaldo o que tínhamos não era apenas sexo. E não era pelo modo como transávamos e sim como ele me olhava, desejoso, fascinado, apaixonado.
- Porra! Desse jeito você acaba comigo, Simone! - Ronaldo confessou ofegante, me abraçando e tentando me manter junto a ele. Disfarcei e rolei para o lado, abrindo um sorriso charmoso.
- Eu gosto de acabar com você, doutor. - Já ia deixando a cama, mas ele agarrou o meu pulso e me virou.
- Por que você nunca fica? - indagou com os olhos cravados nos meus, enquanto eu via a frustração estampada em seu rosto.
- Ronaldo, eu acho que não preciso explicar as nossas condições. - Escapei de seus dedos e comecei a catar a minha roupa que estava espalhada pelo chão do seu quarto espaçoso.
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Desejo em Julgamento - Degustação
RomanceConrado Guerra abriu mão da advocacia e agora é delegado da polícia federal. É um homem muito bonito e dono de uma personalidade forte e decidida. Após a morte de sua mulher, ele criou sozinho o filho Guilherme, de 8 anos. Gui é a sua vida, o seu be...