Capítulo 4

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Simone


Cheguei em casa e fui direto para a banheira. Achava que explodiria de tanto tesão. Mergulhei na água morna e fechei os olhos saboreando aquela gostosura toda. Não conseguia tirar o delegado Guerra de minha cabeça. Ainda podia sentir o brilho selvagem daqueles olhos negros sobre mim. O doutor Conrado conseguiu me afetar profundamente com apenas um sorriso e um olhar sedutor. Não podia negar! Ficou óbvio para mim ele era um homem experiente, expert em deixar as mulheres de quatro, implorando para serem comidas por ele.

Vi em seu olhar o quanto me desejou desde que coloquei os pés em sua sala. Reagiu a mim de imediato, mas fez de tudo para disfarçar. Vestiu uma máscara provisória de homem controlado, e por alguns minutos até me convenceu de que eu não o afetava.

Quando ele apertou a caneta com força, a única coisa que me veio a mente foi sentir aqueles dedos dentro de mim, estocando forte e fundo. Eu imaginei uma de suas mãos grandes em minha bunda apertado-a com força, enquanto a outra puxava o meu cabelo com rudeza. E a minha imaginação foi além. Quando ele sorriu de canto, eu quase tive um treco. Eu quis sentir o gosto de sua boca, a maciez de língua em meu corpo, em minha vagina que latejava encharcada no meio das minhas pernas.

Escorreguei os dedos em direção ao meu clitóris e manipulei com vontade o meu ponto sensível enquanto minha mente estava focada somente no delegado Guerra. Empurrei o dedo fundo, fazendo círculos em movimentos constantes. A outra mão viajou até os meus seios endurecidos pelo tesão. Apertei com vontade um deles, enquanto meus dedos trabalhavam dentro de mim. Soltei pequenos gemidos de prazer, quando gozei alucinada, me debatendo dentro da banheira, fazendo com que a água molhasse o piso do banheiro.

Ofegante, abri os olhos e puxei o dedo para fora, um pouco horrorizada comigo mesma. Não sabia o que estava acontecendo. Hoje mesmo eu tive um começo de noite intenso de sexo com Ronaldo, que me fez gozar por três vezes e ali estava eu, louca para trepar com o delegado Guerra. Estava ficando completamente fora de mim!

Terminei de me banhar e sai em direção ao closet. Vesti uma calcinha e minha camisola curta e me atirei na cama. Estava irritada além da conta. E aquela raiva toda era de mim mesma, de não poder controlar os meus desejos. Adorava sexo quente e gostoso, intenso e depravado. Tinha 29 anos, era dona de mim, independente em todos os sentidos. Fazia o que queria da minha vida, tinha a minha liberdade e dava muito valor a ela. Saia e transava com quem queria, nunca corria atrás de homem algum. Eram eles que corriam atrás de mim. Sempre foi assim e continuaria sendo assim!

Aprendi desde muito jovem que uma mulher tem que ter a sua vida sem depender de homem algum, que devia conquistar espaço neste mundo machista, onde a maioria dos altos cargos era comandada pelo sexo oposto. E eu me espelhei em minha tia e madrinha materna, Pilar de Assis, uma mulher bonita, divorciada, sem filhos, independente que tinha o homem que queria aos seus pés. Ela era a irmã mais nova da minha mãe e quem me ensinou quase tudo que eu sabia. Sempre me deu conselhos sobre como ficar alerta com os homens e não deixar ser dominada por nenhum deles. Em uma relação entre homem e mulher, era eu que dominava e nunca era submissa.

Aquele poder me excitava muito. Nem um homem até hoje resistiu a mim. Eu sabia que afetava o sexo oposto e tirava proveito naquilo. Eu mudava o jogo e, em vez de eles me usarem, era eu quem usava. E muito! Aquilo me agradava. Era bom para o ego! E meu corpo, beleza e inteligência ajudavam bastante nesse processo. Adorava sentir os olhares de cobiça do sexo masculino. Todos babando, virando a cabeça para me olhar, mesmo estando acompanhados por suas namoradas e esposas. Era muito divertido e prazeroso. Afinal, qual era a mulher que não gostava de se sentir desejada?

Desejo em Julgamento - DegustaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora