Simone
Mal podia acreditar quando Conrado adentrou o portão de um motel e escolheu a suíte mais luxuosa que havia. Fazia muitos anos que não colocava meus pés em um lugar como aquele. Na verdade, estive em um motel raras vezes, pois quando saí de casa para morar sozinha, com 18 anos, conquistei minha liberdade e meu espaço. Se me interessava por um homem e ele por mim, a gente combinava de se encontrar no meu apartamento ou no dele. Na maioria das vezes, eu escolhia o território alheio e não levava ninguém para minha casa. Até hoje essa era a minha regra.
Outra coisa que me surpreendeu foi o pedido de desculpas que Conrado me fez, tentando se redimir comigo a qualquer custo. Eu estava preparada para dizer umas verdades, mas depois que saí de sua casa, na noite em que Gui me chamou para cuidar dele, refleti muito sobre o que aconteceu. Embora Conrado não deixasse transparecer, ficou óbvio para mim que ele estava com ciúmes do Ronaldo e do Ricardo e, por isso, agiu daquela forma grosseira. Então, acabei aceitando numa boa a sua justificativa e encerrei o assunto.
Entrei e a primeira coisa que vi foi a cama redonda, coberta por lençóis brancos de seda, um frigobar requintado e uma mesa pequena com duas cadeiras. Ergui a cabeça e vi os espelhos no teto. Eles eram responsáveis por deixar o clima ainda mais quente. Um pouco mais a frente havia uma banheira de hidromassagem e um banheiro com repartições em vidro transparente.
Ouvi o som da porta batendo atrás de mim e me virei agitada. Conrado caminhava na minha direção com olhar predador e ardente de encharcar a calcinha de qualquer mulher. Mordi o lábio, excitada e ansiosa demais. Nem tive tempo para processar muito que estaria por vir, quando o delegado me pegou de jeito, colocando-me contra a parede e me atacando com boca e mãos. Agarrou firme a minha cabeça e me beijou com volúpia, engolindo meus suspiros e roubando minha razão. Seus dedos desfizeram de qualquer jeito com o coque que eu tinha, deixando meu cabelo ondulado cair em cascatas sobre meus ombros nus.
Fui invadida por um desejo voraz e delirante. Ataquei-o com a mesma fome, apalpando seus bíceps fortes por cima da camisa, sentindo a musculatura bem trabalhada, seus ombros largos e duros, seu cabelo negro sedoso e cheio. Conrado me beijava delicioso, chupando minha língua, lambendo meus lábios, quase me devorando. Gemi alucinada, presa em seus braços enquanto sentia sua ereção pressionar a minha entrada por cima da roupa.
Ele moveu os quadris, simulando uma penetração e líquidos escorreram da minha vagina desnuda, molhando as minhas coxas. Não usava calcinha e fiz isso de propósito sabendo que acabaríamos na cama, entorpecidos um pelo outro. O delegado ainda nem desconfiava que eu não usasse nada por baixo da saia curta, e isso me deixou ainda mais excitada. Estava louca para saber qual seria a sua reação quando percebesse que eu estava sem roupa íntima durante todo aquele tempo.
— Caralho, como você é deliciosa! — rosnou na minha boca enquanto desamarrava o laço que prendia a blusa em volta do meu pescoço.
O tecido fino caiu expondo meus seios para ele. Conrado interrompeu o beijo e observou-os por um instante. Seu olhar era tão intenso e abrasador que eu tremi. Ele fechou as mãos ao redor dos meus seios e abocanhou um mamilo. Arfei alto ao sentir o contato de sua barba cerrada em minha pele e sua boca que chupava com precisão, alternando entre um mamilo e outro.
— Ah, que gostoso! Não para! Não para, delegado! — choraminguei endoidecida, agarrando seu cabelo com força e inclinando o corpo para frente, me esfregando nele sem dó.
— Você ainda não viu nada, tigresa loira. — E, dizendo isso, terminou de arrancar a minha blusa, jogando-a no chão.
Uma de suas mãos deixou o meu seio e escorregou, indo ao encontro de minha entrada por baixo da saia jeans. Estremeci, mordi os lábios, quase delirando de desejo. Quando sua mão grande encontrou a minha vagina encharcada, Conrado interrompeu as carícias e me encarou. Seus olhos eram duas fendas escuras, que queimavam a minha pele em chamas.
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Desejo em Julgamento - Degustação
RomanceConrado Guerra abriu mão da advocacia e agora é delegado da polícia federal. É um homem muito bonito e dono de uma personalidade forte e decidida. Após a morte de sua mulher, ele criou sozinho o filho Guilherme, de 8 anos. Gui é a sua vida, o seu be...