Uma nova vida

Internação

Acordo e a luz incomoda meu olhos, logo lembro de tudo que aconteceu.

"Saio da casa de Samuel destruída. Vou para a rua, quando o carro ia se chocar contra mim fui empurrada para longe. Bato minha cabeça contra a calçada. Olho para baixo do carro e me desespero mas não consigo gritar pois a dor na minha cabeça é mais forte, minha visão fica escura e não vejo mais nada"

Estou assustada. Entra um homem de jaleco branco.

-Maria Eduarda Maia? _pergunta ele.

-Sim_respondo.

-Você já pode receber alta. Você foi encontrada sem consciência no local de um acidente de carro. Se você tivesse batido a cabeça com mais força, teria danos graves!_explica ele.

-Tudo bem, e o garoto que ficou embaixo do carro?_pergunto sentindo meu coração se partir.

-Ele está nesse hospital, para falar a verdade, ele está no quarto ao lado_diz ele.

-Obrigada_respondo.

-Ah, e fique de repouso, tente não passar por fortes emoções_diz ele

-Esta bem_digo forçando um sorriso.

Ele se retira do quarto e eu tento me levantar, meu corpo inteiro doí mas isso não me impede. Vejo que tem uma muda de roupa em cima da poltrona, com muita dificuldade, pego a roupa e sigo para o banheiro.

Tomo um banho e troco de roupa, vou até o quarto ao lado. Vejo a sena que me parte o coração.

-Entra!_diz ele com a voz baixa. Caminho até ele e me sento na beira da cama.

-Me desculpa_ digo com vergonha.

-Eu faria isso quantas vezes fosse necessário_ diz ele se ajeitando na cama mas logo geme de dor.

-Acho melhor te deixar descansar_digo me levantado.

-Não, fica comigo por favor, não quero ficar sozinho_diz ele triste.

-Tudo bem eu fico_disse sorrindo amigavelmente.

-Deita do meu lado. E não diga não_ diz ele antes que eu me pronuncie.

Deito ao seu lado.
Ficamos horas conversando até que o assunto acaba e ficamos nos encarando, ele me dá um beijo na testa e colam as mesmas.

-Tive saudades minha pequena_disse ele.

-Bonito Lucas, se aproveitando da situação_olhamos para a porta e vemos Samuel enfurecido.

-Não preciso de uma internação para ela estar comigo_diz Lucas. E vejo que ele começa a se enfurecer.

-Calma Luck_digo colocando minha mão em seu peito com intenção de o acalmar.

-Oi Lucas, Oi Duds_ diz Daniel entrando no quarto.

-Oi_eu e Lucas respondemos juntos.

-Duda, podemos conversar? _pergunta Samuel.

-Sim_digo indo em direção a Samuel. Me lembro de tudo que falei a ele ontem e tudo que falei me deixa com vergonha.

-A culpa é minha, não devia ter deixado você sair por aquela porta_diz ele. E lá vamos nós.

-Não, não foi. Resume o que você quer falar logo, por que sabemos aonde isso vai parar!_digo rude.

-Queria te pedir desculpas. E saber que pelo o que você me diz, eu quero a mesma coisa seja lá o que ela for, só que eu não suporto você perto de outros caras, principalmente quando te dão apelidos carinhosos e apenas eu posso te chamar de pequena!_diz ele. Eu intendi tudo e ao mesmo tempo nada definitivamente eu não o entendo.

-Por que vocês não falam a simples frase "eu gosto de você " é muito mais fácil_diz Daniel, que supostamente ouviu tudo que falamos.

-Por que não gosto dele_digo sabendo que não é bem verdade.

-Eu também não gosto dela_diz Samuel.

-Meu Deus. O que vocês são? Namorados? Ficantes? Enrolados?_pergunta ele a beira do desespero.

-Nós somos... somos..._ tenta Samuel.

-Somos diferentes! É isso_digo e Sam concorda.

-VACONAAAAA_grita Júlia, vindo em minha direção. Ela me abraça.

-Fala Putona_digo.

-Quer me matar de susto?_pergunta ela se referindo ao acidente.

-Você não vai se livrar de mim tão fácil_digo sorrindo.

-Vaso ruim não quebra_diz Jú e todos nós caímos na gargalhada.

-Oi Ursinha. Oi Panda_diz Mateus abraçando Júlia e depois me abraçando.

Ele comprimentos os meninos que ficaram com uma cara de quem comeram e não gostaram e depois seguiu para o quarto que Luck se encontrava.