Augusto
Ta já estava ficando esquisito, eu ali no hospital andando de um lado para esperando noticias. Tudo bem, não era bem isto, eu estava esperando a Amanda acordar. Não sei ao certo o que eu ia fazer só queria ver se ela estava bem.
Jonas já estava com meus tios no quarto, estava meio sonolento por conta dos medicamentos eu até fui vê-lo, mas ele dormia. Ia esperar mais um a pouco e voltaria para ver se aquele pestinha já estava acordado e provavelmente aprontando alguma. Um sorriso nos meus lábios surge ao me lembrar de meu priminho, eu achei que nunca ia dizer isto, mas preferia ver-lo aprontando a vê-lo naquele estado. Esta lembrança me arrepia todo.
- Você não pode ficar aqui perambulando pelos corredores! - Pulo com o susto que levo, olho para o lado e vejo uma senhora enfermeira, com as feições severas. - Já passa das três da manhã e você não pode ficar por aqui.
- Eu queria ficar no quarto, mas não deixaram.
- Para ficar no quarto tem que ser um parente próximo ou alguém autorizado pelos responsáveis da menina, ela é menor de idade e tinha que esta acompanhada, mas como vai dormir a noite inteira os pais dela chegam somente amanhã.
- Eu sou próximo! - Eu disse em uma tentativa de dela me deixar ficar.
- Próximo quanto? - Ela me perguntou erguendo as sobrancelhas de uma forma que demonstrava que não acreditava muito no que eu estava falando
- Ela é minha! - Foi o que eu consegui dizer e não me pergunte o porquê, sendo que nem eu entendia minha afirmação.
- Sua o que? - Agora a enfermeira já estava mais leve e sorrindo, acho que ela ficou comovida com meu desespero, não queria sair de lá não queria sair de perto dela.
- Namorada? - Sério Augusto você perguntou isto para a enfermeira?
- Tem certeza? - A enfermeira disse rindo, com certeza ela sabia que era mentira.
Olhei para o crachá e estava escrito "Maria Aparecida", ela tinha um ar de experiente e eu não podia fletar com a inteligência dela. Então não tinha outro jeito, tinha que ser sincero.
- Não ela não é minha namorada! Mas fui eu que a tirei da água e ela salvou meu priminho, eu sei que não é saudável ficar aqui, eu sou bombeiro e sei que nunca é bom misturar as coisas. Mas ela foi tão corajosa, tão valente que eu não queria que ela passasse a noite sozinha. Não sei por que os pais delas não ficaram aqui, por que mesmo ela dormindo e não sabendo quem sou não quero deixá-la sozinha. - Falei de uma vez só.
A enfermeira Maria me avaliou por um instante. Respirou fundo saiu andando em direção a recepção falou com a moça por alguns minutos. Acho que ela estava chamando os seguranças do hospital, pronto eu seria expulso.
Maria voltou e fez um sinal para que eu a seguisse. E eu o fiz! Ela caminhou até uns dos quartos, abriu a porta se virou para mim e falou.
- Ela é sim uma guerreira e acho que não deve ficar sozinha, pode ficar aqui com ela, mas não chegue perto eu vou deixar a persiana aberta e vou estar de olho, além de vir fazer o monitoramento dela, você pode ficar até amanhã cedo quando os pais dele chegar para assinar a alta dela. - Ela fez uma pausa e abriu passagem para que eu entrasse no quarto.
- Obrigada!
- Não me decepcione! Avisa-me séria, já indo embora, porém ela se vira olha pra mim e diz ríspida. - E se realmente a quer como "sua" cuide dela! - Falando isto ela se virou e saiu. Não sei por que, mas as palavras dela tiveram um peso em mim que eu não entendia.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Meu Cunhado
RandomEra para ser mais uma história de amor, se não fosse a inveja o ciúmes e a maldade de seu próprio sangue!