Amanda
Guto estava chateado, fiquei a tarde inteira tentando falar com ele, fugindo de meu pai e da minha mãe para mandar uma mensagem até que fui dormir.
O aplicativo mostrava que a ultima hora que ele viu o celular foi quando nos falamos. As duas da manhã e umas 40 mensagens depois eu desisti e mandei a ultima mensagem:
"Eu te amo"
Fiquei lá olhando para o teto me perguntando onde ele estava, me batendo a insegurança mais forte que nunca. Eu ficava pensando que no Rio tinha umas mulheres muito bonitas e Guto era um pedaço e com certeza companhia não faltaria para ela.
Gemi tentando afastar aquele pensamento, mas depois dele não me responder nada nem acessar o celular as lágrimas venceram e eu dormi chorando com o coração apertado.
Acordei no domingo e nada de mensagem dele só que desta vez ele tinha visto minhas mensagens, aquilo partiu meu coração e então eu abandonei o celular o resto do domingo, resistindo a vontade de pegar ele na minha mochila a noite inteira.
No dia seguinte fui para a escola ignorando o celular a vontade que eu tinha era de jogar aquela merda longe.
Não consegui me concentrar em nada, fui chamada a atenção por dois dos meus professores e tive que aguentar as piadinhas de das mesmas meninas que me questionaram sobre o Guto.
- O que foi Beatinha? – Falou uma rindo. – O Gatão te deu um pé na bunda?
As duas começaram a rir e aqui me irritou pois o que parecia eu tinha levado um pé na bunda sim.
O sinal tocou para minha sorte e sai correndo da sala sob os risos das duas e mais algumas pessoas.
Caminhei a passos largos para a saída do colégio escutando as duas vindo atrás de mim, falando coisas que eu nem tentava entender. Quando cheguei à porta as duas se calaram olhei para trás para ver se aconteceu alguma coisa para elas ficarem quietas, mas as vi estáticas olhando para fora, quando acompanhei o olhar delas foi a minha vez de ficar sem reação.
Era o carro de Guto! Não disfarcei a minha alegria e fui correndo em direção ao carro, quando estava chegando perto parei automaticamente quando ao invés de Guto um homem loiro e branco sai de lá.
O rapaz sorrio e veio em minha direção.
- Decepcionada Amanda?
- Desculpe eu pensei que era outra pessoa. – Falei caminhando ignorando o fato dela saber meu nome.
Quando eu fui passar pelo rapaz ele segurou pelo me braço me fazendo ficar parada ao seu lado. Ele se abaixou falando no meu ouvido.
- Realmente não sou o Augusto, mas vim a mando dele.
Não gostei de sua proximidade e a malícia que ele encostou a boca em meu ouvido.
Vendo minha indecisão o rapaz me soltou.
- Meu nome é Arthur sou irmão de Augusto. Ele pediu para eu vir te ver e ver como você esta.
Fiquei mais aliviada, pelo menos Augusto sabia que seu irmão estava aqui.
Arthur tirou os óculos me estendendo a mão como se quisesse me cumprimentar de maneira mais formal, mas mantinha o sorriso malicioso nos lábios.
Toquei sua mão rapidamente retribuindo o cumprimento.
- Não vai se apresentar?
- Você já sabe quem eu sou! Me chamou pelo nome e me reconheceu assim que sai.
Arthur rio alto incrédulo da minha resposta.
- Você é mais arisca que pensei. Olhando para você ninguém diria que seria tão direta.
Ele fez uma pausa se afastando e ficando um pouco mais sério diminuindo seu ar de arrogância.
- Desculpe Amanda! É que Guto fala tanto de você que eu já me sinto intimo.
- Tudo bem! Desculpe tenho que ir! Foi um prazer.
Fui andando até que olhei para frente e Arthur estava impedindo minha passagem.
- Olha te levo para casa!
Arthur falou apontando para o carro.
- Não sei o que Guto falou de mim, mas com certeza ele sabia que eu não aceitaria sua carona.
- Ele sabia sim! Mas eu queria ter certeza que você esta bem! Sabe você é muito importante para ele.
Naquele dia aquilo era a melhor coisa que eu tinha ouvido. Mas mesmo assim não iria entrar no carro de Guto com algum estranho.
- Olha me desculpe, mas não te conheço! Não quero ir de carro para casa.
- Tudo bem então outro dia!
Ele afirmou como se aquilo fosse certo. Voltei a andar quando ouvi Arthur chamar meu nome.
- Posso te pedir só uma coisa?
- Claro.
- Não fale para Guto que eu vim te ver.
Tinha algo errado nesta história.
- Como assim não era ele que tinha mandado?
Arthur rio aparentemente divertindo-se com a minha desconfiança?
- Ele disse para eu ficar de longe! Mas depois de um tempo achei que devíamos nos conhecer.
- Você me vigia a muito tempo.
- Mais tempo que você imagina.
Não gostei do jeito como ele falou! Então me virei indo praticamente correndo para casa.
Cheguei sem fôlego em casa, minha mãe não estava! Subi para o quarto e fiquei pensando se eu contava ou não para Guto. O irmão dele era sinistro não me inspirava confiança, deve ser por que além de Guto eu não interagia com mais ninguém. Fiquei pensando e se eu fiquei fazendo papel de boba.
Peguei meu celular na bolsa e a mensagem que eu vi me fez ficar mais calma.
" Eu também te amo! Desculpe meu mau humor, estou com saudades!"
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Meu Cunhado
RandomEra para ser mais uma história de amor, se não fosse a inveja o ciúmes e a maldade de seu próprio sangue!