Capítulo Dez - Uma data

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Augusto

Fazia quase um mês que eu e Amanda nos encontrávamos antes da aula dela, não todos os dias no máximo duas a três vezes na semana. Porém as mensagens eram diárias, melhor eram de hora em hora. Sério eu parecia um adolescente e quando falo isto, estou falando em todos os sentidos, pois não rolava nada mais que beijos entre eu e meu Anjo, não por que eu não queria, mas eu não podia, primeiro porque ela era menor de idade e só o fato de eu estar de beijos com ela já poderia me render uma dor de cabeça fenomenal, como minha carreira no bombeiros iria por água abaixo e segundo porque ela não estava preparada e eu respeitava todas as vezes em que ela me pedia para parar.

Combinamos que eu só falaria com seus pais quando ela completasse dezoito anos, bom falar que "combinamos" não é totalmente verdade, ela praticamente me implorou para que nos mantivéssemos em segredo, eu entendi mas para mim era muito desconfortável ter que ficar me escondendo, queria poder sair com ela de final de semana, queria apresentar ela para todos meus amigos e é claro queria poder me afundar nela, queria saber se sua bucetinha era tão doce quanto seus beijos.

Minha nossa nunca, nem em minha puberdade me masturbei tanto, eu a queria muito, queria senti –la, fazer ela tremer em meus braços de tanto prazer, mas acima de tudo queria que fosse algo bom para nos dois, bom para mim eu tinha certeza que seria, mas para ela era mais complicado, eu sabia que era virgem, não por causa de sua religião ou ser trancada dentro de casa e sim por causa do seu jeito de como tudo parece novo para ela, suas reações, seus receios, sua insegurança quando estávamos indo mais a diante. Quanto ela ser super protegida e sua ingenuidade, já vi casos piores do que o dela e o resultado pela falta de intolerância misturado com a falta de orientação, não era outro, na ansiá de se libertar, as meninas que são super protegidas quase sempre acabavam grávidas ou começavam uma vida desenfreada, se afundando em sexo, drogas e doenças, algumas até se saem bem mas a maioria das vezes acabavam frustradas e infelizes. Nunca faria isto com a Amanda, jamais entraria em sua vida para envergonhá-la perante a seus pais, a sua comunidade e acima de tudo dela mesma, ela era preciosa demais para mim.

Ainda não sei o que aconteceu, só sei que desde o primeiro momento em que a vi eu a queria para mim, sabia que não ia ser fácil, que ia ser difícil, mas eu estava disposto a esperar por ela. Então hoje estou aqui esperando ela mais um dia na rua lateral do seu colégio, no final de semana será meu aniversário e os meus amigos querem fazer um churrasco para comemorarmos, porém será na casa do meu primo Robson e da Joana, minha mãe não aprova cerveja na "minha casa" que ela pensa que é dela eu até poderia ignorá-la, mas então pensei melhor e vi a possibilidade de levar amanda comigo, pois não teria ninguém da igreja lá.

Agora tinha um problema como arrancar Amanda da casa dos pais e passar uma tarde inteira com ela.

Como que se correspondendo ao meu pensamento meu Anjo apareceu, andando do outro lado da rua, vindo ao meu encontro. Puts sabe aquele papo de adolescente, então agora eu fico com vergonha, mas o fato é que meu corpo todo reage quando a vejo, não tenho controle e isto me assusta e me deixa feliz ao mesmo tempo.

- Oi! Saudades? – Ela me pergunta com aquele sorriso lindo.

- Muitas! – Não perco tempo não espero ela entrar no carro direito já a puxo para dentro e já busco sua boca, num beijo regado a saudade e necessidade.

Cara ela me enlouquece!

Depois de quase a deixar sem folego a solto tenho que falar com ela.

- Anjo este final de semana será meu aniversário! – Meu tenho que apelar. – E o Robson vai fazer um churrasco na casa dele. – Vejo seu semblante ficar apreensivo. Acho que ela já deduz o que eu vou falar. – Eu queria que você fosse! – A vejo baixar a cabeça e olhar para as mãos em seu colo, é o sinal que ela esta insegura e com medo! – Eu sei que é difícil para você! Que seus pais não deixam você sair.Mas talvez se eu pedir!

- Não... por favor, não! – Ela sussurra em desespero.

Eu fico em silencio olhando para frente, eu sabia que seria assim, mas eu queria tanto ela comigo, não conseguiria estar completamente feliz sem ela.

- Desculpe! – A ouço sussurrar.

- Anjo, não tem nada a se desculpar! Bem eu vou cancelar e deixamos para outro dia. – Acaricio seu rosto, por mais que eu esteja frustado, não é culpa dela.

- Eu quero ir! É que não sei como sair de casa no final de semana!

- Anjo eu sei!

- Não cancele, por favor! – Ela me suplica.

Puta que pariu, como eu poderia explicar para ela que sem ela não vou me divertir, ela vai se sentir mais culpada ainda. Tenho que ser cauteloso quando o assunto é ela.

- Eu espero que você entenda que eu não quero ir sem você!

- Não Augusto, não! – Ela respira fundo fechando os olhos! Fazendo um esforço para não chorar. – Por favor, não será por mim que você não vai! É seu aniversário, devia dar valor ao seus amigos que querem comemorar esta data. Eu simplesmente não posso pensar que por minha causa...

Antes que ela termine eu a beijo, não quero que ela se sinta culpada. Amanda não se segura e uma lágrima escapa por seus olhos, eu vejo seu sofrimento, eu sinto seu peso e não tem como não se comover com isto.

- Não tem nada por sua causa! Por sua causa eu sou um homem feliz, completo e totalmente apaixonado. – O "apaixonado" escapou. Valeu a pena pois ela abriu um sorriso lindo. – É Anjo você me dominou de um jeito que não tem como eu ficar em uma festa sem você. – Ela ameaça falar e eu a calo encostando meu dedo em seus lábios. – Mas vou almoçar com o Rob e os demais no churrasco e nada mais. Ok?

- Ok! – Ela sussurra novamente.

- Em todo caso aqui esta o endereço de lá, se mudar de ideia ou algum milagre acontecer! – digo rindo.

Voltamos a falar sobre como foram nosso dia, mesmo com mensagens pelo celular ainda tínhamos assunto, principalmente ela que estava se preparando para o vestibular então sempre me contava sobre os livros que estava lendo ou os simulados que estava acontecendo. Nos despedimos combinando de nos encontrar a semana que vem, eu tenho que avisar a ela que dentro de um mês vou precisar ir para o interior fazer um curso de aperfeiçoamento e vou ficar fora por quase três meses, não vou fazer isto agora, pois ela ainda está abalada com o assunto do almoço do meu aniversário.

Eu não sei se é ela que não vai conseguir lidar com isto ou se sou eu!


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