Capítulo 23 (Revisado)

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(TOMÁS)

Sabe aqueles dias, em que você está passando por dificuldades e perdas?

Estou passando por isso. Meu pai nem fala comigo mais, voltou com seu amante da França e agora decidiram se noivar.

Então, para não o deixar tão feliz assim, me assumi gay e falei de meu namoro com Nicolas. Porém meu pai não aceitou.

Pois ele não aceitou, porque Nicolas era o contrário de meu pai Diogo: FIEL, SINCERO E VERDADEIRO.

Agora me assumir publicamente na escola e na cidade, mas será difícil para mim. Vivo em um mundo isolado, onde os estudos são minha válvula de escape e o amor agora é a segunda válvula.

Todos são contra os gays, até em Salem eles queimavam os homossexuais junto com as supostas "bruxas".

Não sabia que meu pai era tão arrogante e falso. Dizia que amava meu pai Ale logo depois que ele morre, nem sequer tem respeito pelos mortos e volta com o filho da puta do Lucas.

Minha vontade é de degolar os dois e sair pelo mundo, sendo feliz ao lado da pessoa que mais amo: NICOLAS.
Mas por enquanto, tenho que terminar o terceiro ano e ingressar em uma faculdade ou em Harvard nos EUA (ESTADOS UNIDOS).

Não sei se devo esquecer minha família e deixar tudo para trás, ou se os levo junto comigo. Vou ficar com a primeira opção, é mais viável para mim.

Preciso pensar por mim, e não por meu pai. A única pessoa que vou sentir falta é da Joana, ela é uma mulher extraordinária. Ela é a minha mãe e minha vó ao mesmo tempo. Meu desejo era conhecer os meus avós pais de meu pai Alessandro.

Dizia ele, que seus pais morreram para ele quando o expulsou de casa, daí então nunca mais falou sobre o seu passado. Sempre que tocava nesse assunto, ele me cortava e entrava em outro assunto distinto.

Só tenho uma coisa a dizer: VOU SOFRER MUITO!

****

― Bom dia! ― dizia ele com aquele olhar falso.

― Morra. ― desejou com todas às forças.

― Tomás! Mais respeito com o teu futuro padrasto! ― Diogo o corrigiu e beijou seu ex-amante e agora noivo na frente de seu filho.

― Vocês se merecem.

― E toda à felicidade também. ― retrucou Lucas o olhando com um olhar desafiante.

― Merecem uma rola bem grande e grossa nas suas gargantas. ― pegou o café quente da xícara e jogou no peito do noivo de seu pai.

― Seu filho da puta! Olha o que você fez! ― se levantou e foi até ele para soca-lo até desmaiar.

― Olha como fala comigo! ― gritou ― Está na minha casa, na minha mesa comendo e com o meu pai fazendo sexo todas as noites! Mas você! Você não faz parte dessa família! ― Apontou o dedo na cara dele e berrou.

― Tomás, vai para o seu quarto e volte depois de se arrepender do que falou e peça desculpa a ele! ― Diogo ordenou.

― Não vou! Essa casa é minha! Está no meu nome, e ando nessa porra quando eu quero! Não vou ficar escutando filho da puta nenhum, me mandar ir para o meu quarto! Porque isso daqui é um inferno! Chega! Chega! Chega! ― berrou gritando o que ele sentia dentro de si, a raiva ele extravasou através de seus gritos e apontando o dedo.

― Vai sim! Estou te mandando moleque! Vá para o seu quarto! ― Apontou o dedo para as escadas.

― Quero que vocês dois se fodam. Meu pai Alessandro tinha razão de falar sobre você. Nunca foi de confiança e nunca será. ― deu às costas e foi para o seu quarto arrumar as malas.

UM NERD EM MINHA VIDA 01(EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora