Capítulo 05 - REVISADO E REESCRITO

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Não entendi o que aconteceu, mas meu coração entendia tudo. Ele havia me beijado e, naquele momento, perdi minha virgindade de boca. Fiquei igual um besta, em pé à beirada da rua, perplexo com o que ele fez comigo. 

Peguei minha bicicleta, montei nela e fui direto para minha casa. Parecia que os minutos se passavam, eram horas e minha casa não chegava nunca! E ele estava somente em minha mente.

Não pensava em outra coisa, a não ser ele. Enfim, cheguei, finalmente, em casa. Abri o portão elétrico no controle, entrei e fechei novamente

Meus pais estavam viajando na França e eu aqui no Brasil ainda. Abri à port de casa, entrei e a tranquei. Logo encostei minhas costas nela e suspirei fundo. 

O que estava acontecendo comigo? O que havia acontecido comigo? Meu corpo reagiu ao beijo dele, ficando trêmulo. Meu rosto queimava de vergonha e meus lábios ainda sentiam o gosto dos lábios de Diogo. 

Fiquei paralisado por alguns segundos, com meu corpo todo em chamas, chamas de vergonha e de vontade de querer que ele me pegue daquele e me beije novamente.  

Vai Alessandro, tire ele de sua cabeça! Porra! Não consigo! 

Ele é meu amigo, é um babaca de um playboy, com um corpo sarado e que eu, um nerd solteiro, quer ele! Para de pensar nele! Pare agora! 

Caralhooo! Não consigo! Cacete! Agora só fico lembrando do beijo que ele me deu, do corpo suado dele quando joga futebol e daquele volume em seu short d tecido mole. 

Senhor Deus, tire de mim isto! Não quero ficar amando um cara que só pega garotas! Senhorrrrrrrr! 

Finalmente, crio coragem e vou para meu quarto, a passos lentos e meu coração acelerado. 

Entro em mu quarto, acendo a luz e jogo à bolsa de escola ao canto dele e me jogo a minha cama. Pus minhas mãos ao meu rosto, esfregando-o logo depois, tentando que aquela imagem de Deus grego saísse de minha mente e me deixasse "viver" dignamente. 

Enfim, àquela noite não ia terminar boa. 

Ouço batidas na porta de casa. 

Meu coração acelera na hora e um medo toma conta de mim. 

Vou até À porta de meu quarto e às batidas continuam, só que agora mais forte. Ando devagar pelo o corredor, indo até à porta. Quando me aproximo da porta, quase encostando nela, Às batidas me assustam e uma voz grossa e jovem ecoa pelo o lado de fora. 

  ― Abre essa porta, caralho! ―  era o Lucas, amigo de Diogo. ― Abre esta porta, ou eu vou arrombar ela, igual eu vou fazer com você! ― ameaçou e eu logo tratei de abrir, mas com medo dele. 

Lucas entrou raivoso e bateu à porta com força, dando um barulho assustador e ele tranca-a logo em seguida. Me afasto dele, até minhas costas encostarem à parede, sem desviar meus olhos dos dele, que estavam brilhando de ódio. Não sei o porquê. 

  ―  O que quer comigo? ―  me arrependi de ter feito aquela pergunta com sua resposta logo em seguida. 

―  Te foder e depois te matar, filho da puta! ―  correu em minha direção e eu desviei dele e fui correndo pelo o lado contrário. Mas, porém, ele foi mais rápido e me empurrou pelas costas, fazendo que eu caísse de cara no chão e ele me puxasse pelos os pés. ―  Você roubou ele de mim! Roubou ele de mim! ―  gritou, acusando-me de algo que eu não havia feito. 

―  O que aconteceu? Não fiz nada! Por favor, para! ―  tentei argumentar, mas ele estava com raiva e subiu em cima, logo depois, deu um tapa em minha cara. 

―  Aconteceu, que o Diogo te beijou e, agora, não quer mais nada comigo! Putinho de merda! ― deu mais tapa em minha cara.  

Tentei fugir dele, sair de seus braços, mas não dava. Tentei até gritar por socorro, mas ele tapou minha boca. 

Ele pegou uma de minhas mãos e levou ao seu volume já duro no meio de suas pernas. Tentei tirá-la, mas ele era forte e conseguia pôr-la lá.  

  ―  E eu vou usá-lo, antes que Diogo lhe use, filho da puta! ―  sua mãos que estava livre, foi ao meu pescoço e começou a enforcá-lo, logo senti falta de ar, comecei a espernear e quase desmaiei de faltar de ar em meus pulmões, mas ele soltou meu pescoço que já estava com marcas de sua agressão.  

Até que alguém arromba à porta de casa e entra rapidamente dentro dela e puxa Lucas pelo sua camiseta regata para trás e começam uma briga entre porradas e chutes entre eles. Vejo quem é o cara que tirou ele de cima de mim. É o Diogo!  

Tentei separá-los da briga, mas fui empurrado por Diogo e acabei sentado ao canto da sala, enquanto eles brigavam. Ao final da briga, Diogo, enfim, conseguiu se separar de Lucas e o jogou para fora de casa. Fechou à porta e veio correndo em minha direção. 

Se ajoelhou em minha frente, segurou meu rosto com suas duas mãos e me perguntou se eu estava bem. 

  ―  Você está bem? ―  foi então que percebi que ele havia machucado o canto de sua boca e que dele saia um fino filete de sangue. 

―  Estou.  ―  foi à única coisa que respondi naquele momento. Ele me pegou em seu colo e foi me levando ao meu quarto que eu mesmo ia guiando. Ele me pôs na cama, desligou às luzes novamente e se deitou ao meu lado. 

Eu quis ficar um pouco afastado, mas ele pôs minha cabeça em seu colo enquanto ele ficava sentado na cabeceira da cama e eu deitado conversando com ele durante à noite. 

―  Diogo, precisa cuidar deste machucado. ―  tentei fazer el limpar e tomar um remédio, mas ele não quis. 

―  Não preciso. O que eu preciso.... ―  curvou sua cabeça e nossos olhares se encontraram e, então, meu coração voltou a acelerar novamente. ―, é de você. ―  enfim, meu mundo caiu naquele momento, mas ele voltou a se amontoar, no momento que ele curvou mais sua cabeça e beijou-me, calidamente. 

Senti o gosto de sangue vindo de sua boca. Mas nada se comparava com o gosto de seus lábios. 

UM NERD EM MINHA VIDA 01(EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora