Extra: aflição

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Fui comprar o lanche para a Talita, eu ainda não tinha engolido aquela história da Ju com o Davi mas não tinha mesmo.
Demorei cerca de meia hora para conseguir pegar tudo, espero que as crianças não tenham acordado já que acordam juntas e a Talita fica de cabelo em pé sozinhas com as duas, principalmente com a Maria.
Fisicamente ela é muito parecida comigo mas é tão agitada quanto a mãe, quando quer algo não há Cristo que a segure, enquanto o Gus:pensa num amor de criança, ele é bem calmo mas fisicamente é a cara da Talita tirando os olhos claro, ele tinha meus olhos.
Voltei para casa, ouvi os choros de longe então me apressei para o quarto das crianças imaginando que a Talita estaria lá toda descabelada fazendo as tripas e coração.
Me surpreendi, as crianças estavam lá berrando a todo pulmões e nada da Talita. Fui até o banheiro e nada, apesar do chão estar molhado o que significava que o ela tinha tomado banho a pouco tempo. Fui na cozinha, nada.
Talita não era do tipo mãe irresponsável que deixa os filhos, muito pelo contrário ela era muito agarrada com eles, onde eles não estavam ela também não se sentia bem-vinda.
Estava aflito, resolvi voltar para o quarto das crianças e peguei Maria no colo, ela já estava vermelha de tanto chorar mas algo me surpreendeu ao pega-la eu senti algo cair. Me agachei e peguei, era uma cara com uma flor colada.
Tratei de abri-lá o mais rápido possível.
"Eu tentei de todas a formas demonstrar que não poderiam ficar juntos, vocês não ouviram. Você a tirou de mim uma vez, não vai fazer de novo se insistir pego seus filhos".

Mudaram as estações, nada mudou.Onde histórias criam vida. Descubra agora