Capitulo 57

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-Rafael?
-Deus! Você acordou! Ele veio em minha direção com os olhos cheios de lágrimas.
-Eu... Onde eu to? Eu estava confusa.
-Você ta no hospital?
-Hospital?
-Sim, você lembra que te sequestraram.
-Eu lembro, mas muito vagamente.
-Não precisa se esforçar agora meu amor, gente resolve isso depois.
Ele pega minha mão e lhe tasca um beijo. Então um nó vem sobe até a minha garganta.
-Rafa, cadê os nossos filhos? Eles estão bem?
-Estão bem, com saudades suas. Assim como eu, eu senti tanto sua falta, mas tanto que eu não consigo nem... Ele suspira e começa a chorar debruçando-se sobre a cama.
Eu não sei o que fazer, não consigo entender as coisas muito bem então passo a mão em seus cabelos para reconforta-lo.
-Vai ficar tudo bem.
-Talita, só de pensar em te perder, nossa... Dói demais só de imaginar, cada dia sem você parecia que um pedacinho meu sumia, eu estava esperando virar pó até que a tristeza me consumisse. Mas tinha nossos filhos e a promessa que você me fez cumprir de cuida-los.
Comecei a chorar também, não sei bem o por que mas vê-lo naquele estado tão desolado em seus pensamentos me cortava o coração.
-Talita, eu te prometo que eu vou achar quem fez isso conosco, eu te prometo.
-Rafa, eu não sei lembro. Eu não consigo.
-Tudo bem, depois a gente vê isso.

Mudaram as estações, nada mudou.Onde histórias criam vida. Descubra agora