Capitulo 58

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Fui liberada pelos médicos duas semanas depois de ter acordado, mas não conseguia lembrar nada do sequestro apesar de estar tentando muito, o médico disse que talvez o trauma tenha sido muito grande e meu cérebro não queira reviver esse momentos. É uma possibilidade.
-Vamos com calma meu amor.
-Rafa, eu não estou doente e nem sou criança.
Rafael estava um tanto quanto protetor esses dias e isso já estava me irritando.
-Não está e não vai ficar nunca mais, porque eu não suportaria te perder mais uma vez.
Parei.
-Rafa, olha pra mim.
Ele olhou.
-Você não vai me perder, deixa de ser besta. Dei um selinho nele para selar a promessa.
-Seu besta, ao seu dispor.
Ri, ele era realmente incrível.
Chegamos em casa e nossos pequenos estavam com a Ju e a dona Márcia, meu deus como eles cresceram!
-Talita! A Ju veio me abraçar.
Que saudade eu estava dela, da minha casa, dos meus pequenos.
-Ei Ju, cuidado. Rafael disse
Revirei os olhos.
-Eu não sou de vidro Rafael, um abraço não mata ninguém.
Ele deu de ombros.
-Que seja.
Fui até meus pequenos que logo estenderam os bracinhos para mim, fiquei com dó e peguei os dois ao mesmo tempo no colo.
-Talita pelo amor de Deus, você ainda tá fraca. Ouvi o Rafael dizendo.
Dei de ombros.
-Oi meus amores, mamãe sentiu tanto a saudade de vocês. Vocês sentiram a minha também?
Eles soltaram gritinhos.
-Mamãe promete que não vai deixar vocês nunca mais, nunca mais meus amores. Eu amo tanto vocês que chega até doer.

Mudaram as estações, nada mudou.Onde histórias criam vida. Descubra agora