Mudaram as estações, nada mudou.

Extra: coma

Cheguei no local combinado uma hora antes, não queria correr o risco de dar errado esse plano, afinal era o amor da minha vida que estava correndo esse risco.
Estava no carro, começava a ficar impaciente quando eu vi alguém saindo não pergunte de onde, me aproximei e vi que era ela, Talita.
Ela estava no chão, parecia desmaiada, eu a chamei desesperadamente mas nada acontecia resolvi pega-la e correr para o hospital.
Cheguei lá e me fizeram várias perguntas mas eu realmente não sei o que aconteceu, então eu não sabia responder a quase nada do que me foi perguntado. Levaram ela para dentro e eu fiquei lá sozinho e mais uma vez desolado com a possibilidade de perdê-la.
As horas passaram, eu estava ficando angustiado até que um médico apareceu e veio falar comigo.
-Senhor Rafael?
-Eu mesmo.
-O senhor é o que dela?
-É... Namorado.
-Ela tem família aqui?
-Eu sou a família dela, eu e meus filhos. A gente mora junto.
-Então senhor Rafael, ela está com uma substância tóxica no pulmão e por isso mesmo entrou em coma.
-Mas ela vai sair dessa não é?
-Aí vai de pessoa para pessoa, eu não posso te garantir nada.
-Mas doutor...
-Nós vamos fazer o possível.
-Obrigado. Eu posso vê-la?
-Pode, mas não vai poder ficar muito tempo, depois você vai na recepção e eles te passam os horários.
-Obrigado.
Cheguei no quarto e ela estava com o oxigênio e em coma, era tão triste vê-la assim ainda mais uma menina tão jovem e tão cheia de vida, mas ela ia ser forte eu sei que iria pelos nossos filhos ela iria. Peguei na sua mão e assim fiquei até que uma enfermeira pediu para eu me retirar.
Já se passou uma semana e eu ia ao hospital todos os dias, ficava lá as três horas que eles permitiam sempre ao seu lado segurando sua mão e lhe dizendo como nossos filhos estavam, diziam que seus parâmetros melhoravam quando eu chegava e isso me dava alguma esperança de que ela iria sim sair dessa situação.