Mudaram as estações, nada mudou.

Extra: era só o que faltava

Passado uma semana depois do incidente na casa dos meus pais eu e a Talita resolvemos finalmente dar um basta e nos mudar do Rio de Janeiro e ir para São Paulo.
Nossa relação estava boa, só não estava melhor por conta dos acontecimentos. Resolvi tirar o dia de hoje para a minha família, iríamos no shopping comprar umas roupas mas a Maria e para o Gus.
Estava tudo maravilhoso, indo às mil maravilhas até que avistei aquilo, afinal que diabos era aquilo acontecendo na minha frente? Perguntei para a Talita que jurou não saber de nada.
-O que está acontecendo aqui?
-Rafa? Você não deveria estar trabalhando?
-Juliana não muda de assunto, o que você tá fazendo com esse cara?
-Calma Rafael.
-Fica quieto Davi que a conversa ainda não chegou aí.
-Rafael. Talita colocou a mão em meu ombro.
-Que?
-Você está gritando e assustando as crianças.
Foi quando percebi que o Gus que estava no meu colo estava aos berros enquanto a Talita tentava aclamar a Maria. Gustavo esticava os bracinhos para o pilantra do Davi que veio com a intenção de segura-lo mas eu o apertei contra meu peito.
-Você não tem vergonha primeiro a minha mulher depois a minha irmã?
-Vergonha do que? Ambas são mulheres que eu respeito e admiro muito.
-Olha...
-Larga de ser criança, olha o constrangimento que você está fazendo ambas passarem.
-Eu vou te matar seu filho...
-Rafael. Talita e Ju gritaram.
-Vamos sair daqui e vamos ter uma conversa civilizada em casa.
-Talita...
-Sem mais Rafael, que papelão.
Ju estava vermelha prestes a chorar com a toda a situação.
-Tudo bem, mas vamos ter uma conversa séria. Eu disse.
Davi revirou os olhos e seguimos sem dizer uma palavra sequer para nossa casa.