Capitulo 32

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Pensei no que o Davi tinha me dito, ele não estava completamente errado quando dizia que abandonei minha carreira, mas ele estava errado porque eu não abandonei-a por conta do Rafa eu abandonei por causa dos meus filhos e pelos mesmos eu pensava em sair do Rio de Janeiro porque eu temia por eles. Não adiantaria falar isso para o Davi, ele estava com o orgulho ferido e por minha culpa que deixei a situação chegar nesse ponto.
Mudamos de assunto e começamos a conversar sobre outras coisas, ele ainda estava emburrado comigo.
-Ei, não fica bravo.
-Não estou bravo.
-Ah para com isso vai, vamos nos divertir você vem tão pouco para o Brasil e quando vem briga comigo assim não vale.Vamos sair hoje à noite?
-Só eu e você?
-Não, o Rafa e as crianças também.
-Ah.
-Vai, deixa de ser chato, por favor. Fiz um biquinho.
-O que você não me pede rindo que eu não faço chorando não é mesmo?
-Você é um amor.
Foi quando o Rafa chegou eu nem vi ele se aproximar.
-Quem é um amor.
-Eu sou um amor, sou o amor dela e ela o meu. Davi disse.
-Você não se enxerga né cara?
-Parou agora, eu disse que ele era um amor porque aceitou que saíssemos a noite todos nós.
-Eu tenho que ir pro restaurante a noite.
-Que pena.
-É bom que aí o clima fica mais agradável, você vai mesmo assim né Talita?
-É..
-Que tal vocês irem comer no meu restaurante? Cortesia da casa.
-Por mim tudo bem.
-Não vai te atrapalhar Rafa?
-Claro que não, vocês nunca atrapalham.
Então ele me deu um beijo que logo depois que me lembrei da presença do Davi me senti constrangida, fechei a cara qual era a necessidade de fazer isso com o outro?
Fomos embora algumas horas depois prometendo nos encontrar a noite.
-Por que você tá emburrada, quem deveria estar bravo era eu que pego minha mulher chamando outro de amor.
-Eu não chamei ninguém de amor, foi uma forma de expressão.
-Eu não gosto nenhum pouco quando ele te chama de meu amor, você não é o amor dele.
-Reclama com ele ué.
-Não, eu reclamo com você já que você é quem dá esse tipo de confiança.
-Ah, daqui a pouco vai falar que eu me jogo nos braços dele.
-Falta pouco para isso.
-Para esse carro agora.
-Para com isso Talita, cresce um pouco também.
-Você quase me chama de puta e me pede para crescer? Ah Rafael vai...
-Quando eu te chamei de puta? Eu só acho que você dá confiança demais para aquele sujeitinho. Ele está sempre interferindo no nosso relacionamento.
-Porque você deixa influenciar, precisava ter me beijado daquele jeito na frente dele?
-Agora eu não posso mais nem beijar minha mulher.
-Eu não sou sua propriedade.
-Você distorce tudo que eu falo.
-Você que deveria prestar mais atenção no que faz e fala.
-Você ia gostar né que eu fiquei de conversinha com amigas minhas e elas me chamassem de amor, eu chamasse elas de amor também...
-Eu tenho que suportar você com aquela ridícula trabalhando no mesmo lugar.
-Eu sou profissional Talita.
-Ah, um profissional que espera todos os dias a funcionária ir embora e demora para chegar em casa. Quanto profissionalismo!
-Chega, essa discussão não vai levar ninguém a lugar algum.
-Concordo. 

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