Extra: caos

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Já se passou três dias, três dias que a Talita foi embora, ou que sei lá o que. Eu não consigo entender, eu procurei a polícia e começaram a fazer as buscas por ela a um dia, meus pequenos estavam morrendo de saudade dela, estavam desanimados, chorosos.
-Calma filha, a mamãe já vai chegar amor. Disse chacoalhando a Maria.
A Ju estava aqui em casa me ajudando a cuidar das crianças, eu não tinha mais emocional para nada, minhas forças se foram junto com a Talita.
-Rafa?
-Oi Ju.
-Eu acho que o Gus tá com febre.
-Ai Ju, não brinca. O que eu faço?
-Acho melhor colocar o termômetro, depois a gente liga pra mãe.
-Pode ser.
O Gustavo era muito apegado a mãe, sabia que iria ficar doentinho pois não comia e nem dormia direito fazia três dias exatamente.
Colocamos o termômetro em seu bracinho e esperamos os cinco minutinhos que eram necessários, nesse meio tempo a campainha tocou.
-Oi Davi, pode entrar.
-Alguma noticia dela?
-Nenhuma.
-Eu sei como é difícil cara, eu já estou ficando louco sem notícias.
-Só você?
-Estou aqui para o que você precisar.
-Obrigado.
Ele foi em direção a Ju e deu um beijo em seu rosto, acredito que para não causar um desconforto nesse momento.
-Ele tá com febre?
-Saberemos agora.
Retirei o termômetro, sim, ele estava com febre liguei mais do que depressa para minha mãe e perguntei o que eu fazia ela me recomendou ligar para o pediatra.
Mas qual era o número do pediatra? A Talita fazia tanta falta, fui até a lista telefônica. O médico me recomendou dar um anti térmico para ele e se não passasse que eu o levasse até o hospital.
Estava indo em direção à porta, iria comprar o remédio quando o telefone tocou, corri para atende-lo.

Mudaram as estações, nada mudou.Onde histórias criam vida. Descubra agora