O poder de uma Succubus!?

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Eu imaginava o que poderia ser essa "alimentação" que elas tanto falavam, mas preferia acreditar que não era bem o que eu estava pensando. Talvez fosse apenas sangue ou coisa assim.

Gina olhou para mim novamente e depois para Kaoru. Eu parecia realmente cansada.

- Deixarei vocês à sós. Tenho que resolver outros assuntos. - disse Gina abrindo a porta.

Kaoru assentiu com a cabeça e a médica saiu da enfermaria. Tentei me levantar, mas minha cabeça estava doendo muito.

- Descanse. Você usou muito poder para quem não sabe controlar.

- Não posso continuar perdendo aula. - retruquei frustrada.

- Só vou deixá-la sair quando estiver melhor.

- Por favor!

Ela pensou e pensou. Não sei exatamente o que ela tinha em mente, mas com certeza havia uma forma de eu ficar melhor.

- Eu tenho um 'tônico' aqui comigo, mas não posso obrigar você a tomar.

Não tenho certeza se quero tomar, mas não quero ficar perder aula. Ainda não tenho nenhum amigo ou amiga fora Akira.

- Se eu puder voltar para a aula, eu aceito.

- Muito bem. - disse abrindo sua bolsa.

Kaoru pegou duas garrafas e mostrou-as a mim. Uma delas era pequena, mas minhas mãos não davam à volta ao redor dela. A outra era maior, só que um pouquinho mais fina. Devia ter uns quatorze centímetros de altura, enquanto a primeira mal tinha oito.

- Usamos estas garrafas para alimentar as crianças. Elas restauram nossa energia mística em quantidades distintas.

- Quer dizer que você vai me dar uma mamadeira? - perguntei confusa.

- A ideia é quase essa. Mas elas são bem diferentes de uma mamadeira comum.

Olhei para ambas as garrafas. Elas tinham desenhos e cores diferentes, talvez para não serem confundidas. Como se o formato já não fosse o bastante. A segunda me dava uma sensação estranha, estão decidi não pegá-la. Seja o que for que tiver na primeira, é bem melhor do que a segunda.

- Imaginei que escolheria esta. - indagou Kaoru ao me ver pegar a garrafa menor.

Ao abrir a tampa, vi uma espécie de tampa transparente cobrindo a boca da garrafa. Dentro, havia um líquido incolor e que não saía  do lugar mesmo que eu chacoalhasse. Tentei tirar a tampa, mas nada funcionava.

- Não é assim que se toma. Use sua língua na tampa.

Achei bastante estranho, mas não retruquei. Coloquei minha língua  para fora e passei de leve em cima da tampa branca. Minha língua a atravessou, como se ela não existisse. Surpresa, tentei colocar o dedo dentro da garrafa, mas a tampa ainda estava lá.

- Somente uma parte do corpo pode tocar o conteúdo desta garrafa.

Que, por conveniência de alguém, tinha que ser justo a língua. O que será que passa na mente das pessoas que criam este tipo de coisa?

Voltei a colocar minha língua sobre a tampa e o processo se repetiu. Era como se a tampa não existisse. Tentei tocar o fundo da garrafa e senti algo líquido. Assim que molhei-a, senti algo se movimentar no interior da mesma. O líquido tornou-se algo sólido e macio, uma sensação estranhamente familiar. Começou a movimentar-se na minha língua suavemente. Seu formato era similar a uma língua.

Foi quando minha ficha caiu: um beijo. Não havia outra coisa que se aproximasse tanto ao que estava acontecendo. O mais estranho de tudo, é que não era algo nada ruim.

Metamorfose: A Outra FaceOnde histórias criam vida. Descubra agora