Demons

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"Beba um gole de minha poção secreta

Eu te farei se apaixonar

Por um feitiço que não pode ser quebrado

Uma gota deve ser suficiente

Eu tenho a receita e se chama magia negra"

-Black magic, Little Mix.

-Demons, serio? – Melissa pergunta quando paramos o carro em frente ao bar.

-Sim, ela ama ser irônica – Eu saio do carro e espero Melissa fazê-lo.

-Isso parece mais uma boate – Ela olha as pessoas entrarem no local, todas vestidas com roupas escuras e em sua maioria tatuada – Como você sabia encontrá-la?

-Por que eu dei isso a ela – Dou de ombros – Eu a fiz nascer nessa família, e ter esse bar de herança, se fosse pelo meu pai, ela seria uma alma que vagaria sem rumo pela terra – Poucas lembranças da voz de meu pai vêm a minha mente, mas as palavras logo perdem o sentido, indo embora.

-Você sentia alguma coisa por ela? – Melissa me encarou curiosa, e eu afastei meu olhar.

-Não, mas... – Dei um longo suspiro – É complicado, não quero falar sobre isso agora – Segurei a sua mão, recendo um olhar curioso dela – Você vai querer ficar sozinhas naquele lugar? – Ela balançou a cabeça, negando, e seguimos em direção a lotada porta.

Pov Melissa

Continuo em duvida sobre a recente confissão do Louis. Será que ele senti algo por essa garota que estamos prestes a encontrar, ou ele só é realmente bondoso como ele dizia. Não, mesmo que ele fosse melhor que seu pai, ou melhor que o Zayn, ele não seria totalmente puro e do bem, afinal de contas ele ainda é um demônio.

A música eletrônica extremamente alta invade meus ouvidos me fazendo perder de meus pensamentos. O local é escuro, somente com luzes neon iluminando o local. Poucas mesas preenchiam a extensa sala, além de alguns sofás, todos ocupados.

-Vamos por aqui, a sala dela deve ser no fundo – O Louis gritou, literalmente, em meu ouvido e me puxou para o fundo da boate.

-Onde eu poderia encontra Perrie Edwards? – Louis pergunta a um homem de terno encostado na parede, que deveria ser o segurança.

-Ela está no bar – O segurança responde apontando para o outro lado da boate.

Seguimos na direção apontada pelo segurança e tento adivinhar quem ela seria, porém assim que meus olhos encontram uma garota loira com os olhos levemente azuis, uma sensação diferente me invade.

-É ela, a loira – O Louis fala, confirmando meus pensamentos.

Aproximamos mais, e parece que Perrie ainda não nos viu, ou então nos ignorou. Esperamos um pouco até que as pessoas ao seu redor saiam, a deixando sozinha.

-Você mudou a cor dos olhos – O Louis fala, e logo a garota a encara.

-Louis – Ela fala como um sussurro, porém sua voz é totalmente audível – O que você faz aqui?

-Preciso da sua ajuda, e você sabe por que – Ele falou, e percebi que sua voz era firme.

-Você reencarnou, não foi? De novo com a mesma garota... – Seu rosto carregava um sorriso irônico – Eu não posso ajudar com isso, sou ele pode – Sua voz foi amarga ao se referir ao antigo noivo.

-E você sabe que ele não vai ajudar, não por vontade própria – O Louis falou, um pouco impaciente.

-Vontade própria... isso é algo tão relativo – Ela balança o copo cheio de alguma bebida escura – Eu poderia ameaçá-lo, fazê-lo acabar com isso, mas, como? – Ela olhou para nós, seu olhar era divertido, e percebi que aquilo iria demorar.

-Segredos, você sabe muito dele, dependo do quanto você saiba, ele ajuda – Ela me encarava, não prestando atenção nas palavras dele.

-Sua amiga, qual o nome? – Ela perguntou e eu podia jurar que seus olhos tinham se tornado vermelho.

-Melissa – Respondi, antes que o Louis fizesse.

-Interessante – Seu sorriso era diferente, como se ela estivesse planejando algo – E sobre isso, não quero ajudar, não quero o ver – Ela voltou seus olhos ao Louis, mas eles já haviam voltado ao azul.

-Eu posso leva-la de volta – Louis ofereceu e ela riu.

-Para que eu iria querer voltar? Tenho uma vida ganha aqui! Eu sou rica, querida, tudo o que eu não era lá embaixo – Ela abriu os braços mostrando o lugar – Preciso de outra oferta.

-Não me faça pedir reforços – Louis a segura pelo braço, porém ela só solta uma risada debochada.

-Reforços? Que reforços? – Ela balança a mão e o Louis voa para a parede oposta – Saia, antes que as coisas piorem.

-Perrie, por favor – Louis levantou.

-Eu mandei você sair – Ela levantou a mão, e várias facas fizeram o mesmo. Algumas pessoas gritaram com a cena, mas ela continuava com as facas apontadas para nós.

-Não faça isso! – Gritei desesperada e ela me encarou.

-Me impeça – Ela falou, mas antes que tivesse tempo de perguntar como, as facas vieram. 

Senti uma energia diferente, e logo minhas mãos voaram frente ao meu corpo, numa tentava boba de impedir que as facas atingissem a mim e ao Louis. Esperei um, dois, três segundos, mas nada acontecia. Abri meus olhos divagar e vi que elas estavam paradas no ar, muito próximas de meu rosto. Encarei a Perrie, que sorria para mim, um sorriso vencedor, porém suas mãos estavam coladas em seu corpo. Encarei o Louis, e ele me encarava assustado. Não, ele olhava para minha mãos. Fiz o mesmo e percebi que elas ainda continuavam frente ao meu corpo, e no momento em que as abaixei, as facas caíram no chão.

-Finalmente achei a bruxa que procurava - Perrie falou para mim, ainda com seu sorriso vitorioso no rosto. 



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