A semana passou rápido demais. Eu e Harry não trocámos nenhuma palavra ou mensagem até agora , depois daquele ginásio onde ele "confessou" o que sentia por mim. Eu não sabia como agir com tudo aquilo , quando ele mencionou Stan uma frida se abriu novamente. Como ele poderia ser primo dele? Eu nunca tinha o visto antes nem Stan tinha comentado sobre ele , entretanto Stan nao falava sobre ninguém de sua familia tirando a sua mãe.
Nada mudou e durante essa semana Dominic derrubava meu material e me humilhava na frente de todos , Troy continuava bebado e violento , somente uma coisa parecia mudar... Talvez fortalecer.
O Diretor Mark todos os dias me dava carona , conversávamos a caminho da escola e eu já me sentia livre para dizer mais do que três palavras - o que era um grande avanço - Nós dois não trocavamos olhares na escola nem nada , nossa relação era estritamente diretor e aluno e diga-se de passagem que ele era bem rígido. Fui parar na diretoria sexta porque a inspetora me pegou matando aula , pensei que ele relevaria e diria para eu não fazer mais isso - eu estava enganado- Tive que limpar todo o teatro depois da aula e Mark (como ele pediu para chamá-lo fora da escola) me esperou e deu um longo sermão durante o caminho para casa.
Mas até que ele é legal.
Acordei quase meio dia no sábado, minha mãe tinha me acordado cedo dizendo que trabalharia até mais tarde naquele dia. O céu estava claro e o sol aquecia parcialmente meu corpo pelas frestas da persiana dizendo que era hora de levantar, embora minha preguiça dissesse que não. Meu plano é ir até o clube treinar para o campeonato que eles estão organizando. Desde que era pirralho queria competir e agora era minha hora de brilhar.
O diretor Mark estava me dando total apoio e inclusive falou para eu entrar no time de natação do colégio o que facilitaria uma bolsa na faculdade.
Levantei animado e esperançoso , fiz minha higiene matinal , arrumei minha mochila com tudo o que eu precisava para uma tarde de treino e desci para tomar café.
Troy estava sentado no sofá e não disse nada quando passei por ali , nada me apavorava mais do que ficar sozinho com ele (talvez minha mãe sozinho com ele). Comi relaxadamente , nem mesmo aquele idiota estragaria o meu humor hoje.
— Biscate! Me traz uma cerveja - Esbravejou da sala o que me causou repulsa , ele sempre me chamava de nomes assim quando estavamos sozinhos. Como não queria confusão peguei a lata que estava na geladeira e levei até ele na sala.
Afinal porque minha mãe ainda está com ele mesmo?
Ele puxou meu pulso me fazendo cair no sofá , praticamente em seu colo , ele fedia a bebida barata e dava para ver que estava embriagado. Soltei meu braço e levantei rapidamente percebendo as suas intenções comigo , odiava quando ele fazia isso e ele jamais me tocaria do jeito que planejava. Ele bufou com uma falsa cara de tristeza e como eu queria socar aquela cara e arrebentar aquela boca suja.
(...)
O clube estava cheio naquele dia porém a area esportiva tinha apenas alguns gatos pingados.
Os que ficavam ali estavam geralmente treinando a parte da resistencia , nao seu esporte especifico.
Eu corria na esteira , queria saber qual era o limite do meu corpo.
Ouvia Black Veil Brides no celular , era meu "mantra" motivacional , tive que tirar a camisa para nao deixa-la suada. Meu shorts eram razoavelmente curtos que realçavam a minha bunda e as minhas coxas grossas.
Foi quando vi Harry passar.
Meu corpo foi atraído por uma sensação estranha e eu case caí, olhei para os lados para ver se alguém tinha percebido mas todos estavam perdidos em seu mundinho.
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Atração Fatal.- Larry Stylinson
Hayran KurguEle era o meu extremo. Tudo o que eu não podia , tudo o que eu desejava encontrar , foi ele quem tampou o buraco, que tirou a dor , que me trouxe o desejo , que me fez em amor , quem fez amor. Harry não me compreendia , nossas vidas não se encaixava...