Capítulo 48

137 11 0
                                    


No intervalo estavam os três sentados no tronco de uma árvore, aos fundos da escola, com cara de bunda.

− Muito feio da sua parte ficar mandando minhas fotos para a Marcela, Fabiano. Afinal, não tinha nada demais. Toda a merda que rolou hoje foi por sua culpa.

Fabiano se ofendeu. Ficou em pé e colocou as mãos na cintura, ultrajado.

− Não admito que nenhuma pessoa traia minha melhor amiga!

− Por acaso eu beijei o André? Transei com o André no meio do pátio? Você foi mau. A Marcela estava doente e você não a respeitou.

− Vocês estavam mal intencionados – acusou ele.

− Cale a boca, você não sabe de nada.

Marcela levantou também e resolveu dar um basta.

− Agora chega, vocês dois. Não quero mais saber de brigas. Laís, Fabico, façam as pazes.

− Foi ele quem começou – acusou Laís.

− Por favor, gente – pediu ela cansada. – Já aconteceram coisas demais hoje e eu preciso de paz. Vamos todos ficar bem.

− Está certo – disse Laís, mal humorada. – Não vamos mais falar nisto.

− Concordo – Fabiano retrucou. – Para provar que estou de boa vontade, vou até a lanchonete comprar algumas coisinhas para a gente comer e beber. Aproveitem e coloquem a conversa em dia.

Fabiano se afastou saltitante e Marcela e Laís se entreolharam.

− Você ainda não disse se me perdoou – sussurrou Marcela.

− Só vou perdoar se você procurar um psicólogo, como mandou a Diretora.

− Claro que vou. Senão fizer isto, eu perco você e me expulsam da escola.

− Você devia fazer isto por sua conta própria e não para se safar de um castigo maior.

− Farei por todos os motivos possíveis, mas o principal é porque eu quero ficar com você para sempre.

Laís ficou em silêncio. Marcela se aproximou e pegou a mão dela.

− Eu prometo para você que não vou mais lhe magoar. Sei que agi mal, mas você também não foi legal comigo. O que o André queria com você?

E agora, meu Deus? Laís não sabia o que dizer. André não avançara o sinal, contudo deixara bem claro que estava afim dela. Gentil, carinhoso, calmo. Era assim que o garoto parecia ser. Aquilo a encantara.

− Eu...

− Não quero saber – interrompeu Marcela com a mão. – Na verdade, prefiro não saber o que vocês conversaram. Por favor, Laís, fique comigo. Me dê mais uma chance.

Estava tudo nas mãos de Laís. Bastava apenas uma simples resposta para dar um término naquele namoro doentio.

− Está bem, Marcela. Mas da próxima vez que você aprontar, eu caio fora.

Marcela sorriu aliviada e abraçou Laís em um longo abraço.

− Ah, meu amor... Estou tão feliz. Você não vai se arrepender. Seremos felizes para sempre.

Delonge, André observava a cena. 


AMOR ENTRE GAROTASOnde histórias criam vida. Descubra agora