Fedemila Sua História [ A Editar]

6

Se separaram e ficaram se encarando por um longo tempo. Suas respirações estavam mostrando o quanto estavam nervosos.

" Ela vai me matar!", pensou Federico enquanto a olhava e não sabia o que aqueles olhos, catanhos-claros, queriam dizer.

Ele sim estava gostando dela; desde o momento em que viu que ela estava diferente quando ele voltou da Itália. Era como se a velha Ludmila, tivesse ido para o "espaço", e só ficasse a Ludmila dócil,  gentil, etc. Mas, ainda sim, um pouco marrenta, mimada, manipuladora...

- Porque fez isso? - cruzou os braços e o ficou encarando. Tentando ser durona.

- Porque, eu gosto de você! - ela arregalou os olhos e não conseguia acreditar em o que estava escutando - e quero conhecer além daquela Ludmila má. Porque eu sei que você não desse jeito, que por dentro dessa garota má, tem uma garota dócil.

- E-eu... não... gosto de v-você! - estava nervosa por Federico ter falado tudo aquilo que ela nunca imaginou que alguém diria á ela - sai do meu quarto. Não quero falar com você!

- Mas eu... - não deixou ele termina de falar. Fechou a porta na cara dele e trancou para ele não tentar entrar.

Federico ficou bravo e ao mesmo tempo um pouco triste.

- Federico o que você estava fazendo ai no quarto da Ludmila? - perguntou Violetta, saindo do seu quarto e indo em direção a Federico.

- É... nada, nada. Só estava perguntando porque ela estava aqui - passou a mão atrás do pescoço - só isso! - sorriu.

-haaam... vem, já vamos descer pra jantar. Vou chamar a Ludmila também!

- Tabom, vou descendo então! - olhou para a porta e desceu as escadas devagar.

Ludmila estava deitada na cama e não sabia o que pensar, muito menos em como se concentrar para compôr uma música.

- Ludmila. Vem, vamos descer pra jantar - Violetta colocou a cabeça dentro do quarto. Ludmila olhou brava pra ela.

- Não estou com vontade. E da próxima vez, se houver uma, bata na porta! - revirou os olhos.

- Mas você tem que comer.

- Se eu não tiver com vontade não sou obrigada. Agora sai daqui! - começou a empurrar ela da porta.

- Por favor, coma com a gente. Queremos nos dar bem com você, e também, sentir como se estivesse na sua casa - revirar os olhos, desde que chegou naquela casa, já tinha virado parte de Ludmila. Bufou, e saiu do quarto, para logo descer as escadas.

Sentou na mesa e não conseguia evitar olhar pra Federico e não ficar nervosa e lembrar de tudo que tinha acontecido à alguns minutos atrás.
O jantar inteiro, para ambos, tinha sido encomôdo. Não paravam de se olhar e não conseguia ouvir o que as pessoas ao seu redor estavam dizendo.

(...)

- O que me disse Ludmila? - perguntou Diego, não acreditando em tudo que ela tinha contado.

Diego era o único que Ludmila chegaria a contar sobre o que tinha acontecido com Federico. E desde que ela começou a contar ele estava sem acreditar.

- É verdade. E quero que ne ajude a tirar essa coisa da minha cabeça! - disse meio sussurrando, para ninguém que estava no zoom, ouvisse.

- Não podemos fazer nada quando gostamos. E vou ajudar sim, mais a vocês dois ficarem juntos! - Ludmila olhou mau para ele.

Sim, é isso que vocês ouviram. Ludmila estava gostando do Federico, mas não quer admitir e muito menos sentir.
Ela tinha medo do amor. Medo de que ele brinque com ela, medo de que ela não seja a mesma depois disso.

- Cala a boca seu tonto. Não gosto do Federico! - falou essa última parte mais baixa ainda.

- Como não? - gritou sussurrando - acabou de me dizer, que não conseguia tirar ele da sua cabeça, que estava começando a sentir coisas... - o interrompeu.

- Não devia ter dito nada pra você, p... - não conseguiu terminar porque Pablo entrou no zoom e começou a falar.

- Oi pessoal! - saludou á todos - eu sei que não se passou muito tempo, mas queria ouvir alguma coisa que já compuseram.

- Eu não consegui terminar minha múcsica ainda Pablo... - disse Ludmila emvoz baixa.

- Tudo bem Ludmila, escutaremos e o que você tem no momento. Pode ser? - ela assentiu - então sobe lá, quero ouvir.

Ela se sentou no piano, Federico só ficou observando ela, sem desviar seu olhar.

Si es por amor, doy todo lo que soy.
Si es por amor, todo sera verdadero. Uh, uh.
Esta es mi vida y no la quiero cambiar,
Al fin encontré el mi lugar.
Pero sueño un amor sincero,
Alguien que me puede amar
Yo solo busco ser feliz con que cuide,
Que me protege y no me olvide.
Y que me ayuda a encontrar lo que yo soñe,
Mi felicidad.

Ludmila quando cantava só conseguia olhar para ele, Federico. E ele, igualmente, não desviava um momento sequer dela. E ambos não conseguiam parar de sorrir. E naquele momento era como se fossem só os dois e mais ninguém.

- Parabéns Ludmila - todos aplaudiram -  gostei muito da música. E se continuar assim, vai ser um êxito! - disse Pablo e Ludmila sorriu. E depois se levantou do piano.

- Licença Pablo. Preciso tomar água! - saiu correndo do zoom, Diego e Federico sairam da sala atrá dela também.

(...)

Federico estava olhando de longe o que Diego e Ludmila conversavsm, mas não conseguia escutar. E ficava cada vez mais preocupado, porque Ludmila estava chorando.
Então chegou mais perto para poder escutar.

- ... então, não quero que conte nada para Federico, Diego! - disse ela limpando as lágrimas.

- O que ele não pode me contar, Ludmila!!!? - ela e Diego arregalaram os olhos e ficaram quietos.

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