Paixão Mortal [L.T] CONCLUÍDA

Eu teria

Assim que cheguei em casa fiz as unhas, passando um esmalte preto, arrumei meus cachos loiros que batiam até o meio das costas, passei uma maquiagem pesada de preto e um batom vermelho sangue.
Minha imagem no espelho oscilava entre o assustador e sensual. Eu estava definitivamente incrível nem conseguia me lembrar da última vez que fiquei assim, parecia mais velha, talvez com uns dezoito.
Peguei o telefone, precisava dizer para minha mãe onde estava indo, esse foi o trato que fizemos quando ela arrumou seu novo emprego, ou eu falaria onde estava indo ou iria morar junto com ela.

-Hey mãe.
-Oh flor... - disse um pouco sem fôlego.
-Estou ligando para avisar que estou indo em uma festa.
-Claro, mas não volte tarde meu anjo, amanhã lá para as oito já estou aí.
-Okay, mãe. Tchau.
-Divirta-se querida. Não Ed, espere um mi....

A chamada é interrompida. Quem era esse Ed? Um cara? Com a minha mãe? Será que eles estavam juntos? Penso ao me lembrar que no início da conversa ela falava um pouco sem fôlego. Será?!
Não, acho que não, minha mãe não é desse tipo, ela já pisou feio na bola com meu pai, não iria se envolver com um cara tão cedo.
-Lex?!
Uma voz entra na sala, olho rapidamente para a porta jogando o celular em quem quer que fosse a pessoa, era mais de nove horas, só poderia ser um ladrão, sequestrador, ou o doido das mensagens.
-Aí!
-Louis!? Que susto que você me deu, pensei que fosse outra pessoa.
-E precisava jogar o celular no meu pênis?!
-Desculpe. - sorri envergonhada -Não vi onde ia acertar. Quebrou?
-O pênis?! Preocupada com ele por que? - abriu um sorriso safado.
-Perguntei do celular. -disse o pegando no chão.
-Acho que não...
-Graças a Deus. - tudo funcionava perfeitamente - da próxima vez bata na porta. Em falar nisso ela não estava trancada?
Nunca deixo a porta aberta, mesmo que o número de assaltos nessa região da cidade seja quase nulo.
-Estava, entrei pela janela da cozinha.
-Por que você fez isso meu filho? Queria ver o que tinha na geladeira? - sempre me pergunto o que se passa na cabeça dos garotos para fazerem idiotices desse tipo.
-Queria te ver...
-Aí Tomlinson, você fala cada coisa, se entrasse pela porta iria me ver do mesmo jeito.
Deu de ombros, estava na cara que ele escondia alguma coisa, que tipo de pessoa faz isso?
-Vamos? Você realmente ficou muito sex nessa roupa, é bom não sair de perto de mim ou terei sérios problemas em mantê-la vestida.
-Olha Tomlinson! - apontei o dedo indicador em seu rosto- pra sua informação eu sei muito bem me cuidar sozinha.
-Okay senhorita sei me cuidar sozinha,está pronta?- pegou minha mão.
-Claro, será que você pode guardar a chave da casa em seu bolso? Eu não tenho no vestido e não estava muito a fim de levar bolsa.
-Sem problema.
-Pensei que se vestiria de super homem - disse ao analisar sua fantasia.
-Preferi o tradicional vampiro, acho que é mais minha cara.
-Com certeza - ironizei - tudo a ver com você.
Mas cá entre nós, ele estava mais gato que o normal, todo de preto, com uma capa comprida como a minha. Garotos de preto ficam muito sex. Concordam?
-Você tem uma Lamborghini! - exclamei surpresa ao ver seu carro.
Isso é caro por bosta, não sabia que Louis era rico, ou melhor seus país né, não pêra, ele tem pais?
-É a Carrot.
-Seu carro tem nome de cenoura?
-Eu gosto de cenouras.
É ele é doido.
-Muito cuidado com as bebidas Lex, ela não vai gostar se você vomitar na volta.
-Fique tranquila - acariciei o carro - eu não bebo, Carrot.
-Existe dias que tem que se permitir algumas diversões - piscou - aproveita que hoje eu que vou dirigir.
-Melhor não, Louis. Não sou muito resistente a álcool.
E para falar a verdade nunca bebi fora de casa, acho deplorável aqueles adolescentes que ficam bêbados e depois só falam abobrinha, se algum dia fosse testar minha capacidade alcoólica iria ser no meu quarto sozinha e claro com o celular bem longe (vai que faço alguma merda).
-Nesse caso você que vai voltar dirigindo a Carrot, se você não bebe, eu faço isso por você.
-Fique a vontade. Mas tenta não ficar doidão, Okay?
Aff, é só o que me faltava, ter que voltar dirigindo com um desmaiado do meu lado.
-Fica tranquis que sei muito bem a quantidade que posso beber para permanecer sóbrio.
Passamos por uma estrada escura, com árvores altas ao redor, praticamente deserta.
-A festa é fora da cidade? - até onde sei a casa da Taylor ficava no mesmo bairro que eu morava.
-A festa vai acontecer em uma chácara.
-Muito longe?
-Não, ali - apontou para uma mansão branca com uma piscina enorme. Puro luxo. - é aquela.
A batida forte de um rap invadiu meus ouvidos. Havia alguns jovens da escola vestidos de zumbi no gramado, bebendo diretamente da garrafa. Outros estavam se agarrando atrás da casa. É, realmente, uma típica festa de halloween.
-Vou pegar alguma coisa para comer - digo a Louis na esperança de me afastar ao máximo do barulho, a verdade seja dita, eu não curtia muito festas.
Na mesa tinha apenas alguns doces e o resto era somente bebida alcoólica de todos os tipos e marcas que se pode imaginar. Só fico pensando, onde é que estão os pais dessa menina? Não sabem que podem ser presos por oferecer bebidas para menores? Isso claro, se não tiver nenhuma droga circulando por aí.
-E aí gatinha? - um garoto alto e músculo chega por trás já pondo suas mãos na minha cintura e enterrando o rosto no meu pescoço beijando sua extensão.
-Garoto...- dou um passo para frente, me livrando de seus braços.
-Qual é? - vem para cima novamente, porém agora estávamos frente a frente. - tem vários quartos lá em cima, é rapidinho.
-Não, valeu - desvio da sua boca que partia para um beijo - acha alguém que esteja bêbada para lhe fazer companhia.
Até parece que eu, Alexia Sheldon iria para um quarto com um cara que não faço ideia de quem seja, qual é criatura, se você não tem cérebro saiba que eu tenho e não estou nem um pouco a fim de perder a virgindade com um estranho em uma festa.
-Mas eu quero você... - disse passando sua boca com hálito de vodca na minha.
-Não. - afastei-me novamente, eita bebum persistente - vai atrás de outras.
-Hey. Volta aqui gatinha - segurou forte meu pulso.
Merda, acho que o álcool já possuiu toda a cabeça desse indivíduo. Puxei o braço, sem sucesso algum.
-Não, tão cedo... - colou seu corpo no meu e pude sentir seu perfume de madeira misturado com as bebidas que havia tomado.
-Cara. - murmurei irritada.
-Vamos lá pra cima...
-Qual o seu problema hem? Não está entendo a língua que falo!? - ou todos os bêbados são desse jeito?
-Hoje só entendo sobre sexo, querida.
Aí meu Deus, teria que tomar uma medida drástica, ele não iria me largar tão facilmente. Um chute no saco seria uma boa ideia, certo? Ou pisar em seu pé com meu salto agulha?
-Vai embora - uma voz grossa vem se trás do Mrs. Músculo e vejo uma mão em seu ombro.
-Ei calma aí. - se vira para encarar Louis, que tinha os olhos tão pretos que davam medo a qualquer um- ela já é minha, vai achar outra para você.
-Quem você pensa que é para falar desse jeito da minha namorada?!
Sim! Ele falou isso. Se bem que não seria uma má ideia se fosse verdade, Louis era tudo de bom.
-N-namorada? - gaguejou.
-É isso mesmo, agora passa embora se ainda quiser ter dentes na boca.
O garoto nem sequer respondeu, pegou um copo azul que estava na mesa e foi em direção a multidão.
-Você está bem? - perguntou preocupado.
-Claro, eu teria o afastado de boa Louis.
-Eu sei disso. - abriu seu sorriso sex que me deixava derretida por dentro, bem que eu queria que sua boca fina fosse fazer uma visitinha para minha.
Meu Deus o que esse garoto está fazendo com meus pensamentos?
-Então?! - gritou Taylor vestida de enfermeira de cima de uma especie de palco, onde um Dj tocava. - Preparados para os jogos?
-Sim!!! - um coro de adolescentes gritou animado.
Que tipo jogos são esses? Tipo, primeira vez nessa festa ainda não sei muito bem dos esquemas.
-Todos sabem as regras?
-Sim!!!
Merda. Ela não vai explicar?
-Louis que jogo é esse? - pergunto baixinho.
-Tem duas bacias está vendo? - apontou - todas tem maçãs, em uma tem maçãs com o nome masculino, na outra nomes femininos. Cara pessoa tem que ir na bacia do sexo oposto, ou não. E tirar o nome de alguém, daí você tem um encontro marcado com essa pessoa.
-E se eu não quiser ir nesse encontro? - fala sério? E se eu (do jeito que sou azarada) retirar uma maça com o nome de alguém super chato e que eu nem sequer conheço.
-Se você não for, todos iriam ficar sabendo e o pior iriam fazer "pegadinhas" com você na escola.
-Credo! - isso é a treva - só espero sair com um cara pelo menos simpático.
-Então? Quem vai começar esse ano? As meninas ou os garotos?
-Garotos!!!
-Okay. Você começa?- perguntou ao Dj. Que foi animado enfiar a cabeça na bacia para morder sua maça.
-Bom - pegou a o papel colado na fruta - e quem teve a sorte foi Suzan Dores.
Uma salma de palmas invadiu o ambiente e uma garota alta e esquelética vestida de chapeuzinho vermelho subiu no palco ao encontro do Dj.
-O próximo?
Luke Paymetel enfiou seu rosto na água, confesso que estava um pouco esperançosa de sair com ele, acho que todas as meninas estavam.
-Taylor Skiavon!!!- gritou seu nome pulando no garoto.
Aposto que isso foi combinado, qual a probabilidade disso acontecer? Zero (mentira, tem um pouquinho, mas é que tipo, sorte demais não?)
-Tudo bem gente, eu já tenho um par - sorriu - Anderson, quer ser o próximo? - se dirigiu a um garoto baixinho espinheto com cara de boco vestido de capitão america.
Jesus, disse mentalmente, faço qualquer coisa mas por favor não me deixe cair com esse garoto. Pleaseeee.
-Jessica Melark.
Graças... Me livrei de uma, coitada dessa tal de Jessica.
-Tomlinson? - a garota o chamou do palco.
Louis saiu do meu lado e foi em direção a bacia, todo alegre fazendo brincadeiras no caminho. Imagina só se sai com uma cruz dos infernos, quero só ver onde vai enfiar essa cara.
-Alexia Sheldon.
E-eu!? Sabe... até que tive sorte, Louis é meio misterioso mas é bacana. Peraí. Eu tenho que ir no palco? O que tenho que fazer mesmo?
Vou lentamente até as escadas e fico lá parada esperando Louis descer, não estava muito a fim de ficar no alto onde todos pudessem me ver.
-Então? Você deu a maior sorte hem.
-Querido, você que teve sorte ao pegar a maçã com meu nome. - brinquei.
-É. Eu estava torcendo para que você saísse com o tal do Anderson.
-Que horror!!!- arregalo os olhos fazendo uma careta. - desejando o mal para os outros.
-Isso não é mal. - riu.
-É porque não é você que iria sair com ele.
-Em falar nisso temos que combinar um dia.
-A gente não pode só falar que saiu?
-Está me dando um fora?
-Nãããão - disfarço, além do mas Louis era bonito demais para receber um fora. - só não gosto muito de sair.
-Não vale, temos que sair, é praticamente uma obrigação. - passou a mão pelos cabelos castanhos ainda molhados. - poderíamos ir fazer trilha.
-Tem isso por aqui?
-Andei descobrindo umas.
-Bom, isso ao menos parece legal. Não vai cansar muito?
-Só um pouco.
-Olha lá em Louis, o desodorante as vezes engana ao dizer que tem efeito por 48 horas, eu não quero ficar fedida.
-Você não vai, fica tranquila. E tem até um lago no caminho caso queira se refrescar.
-Se eu levar uma bolsa muito pesada você vai me ajudar a carregar?
-Claro, eu sou um cavalheiro, não sou?
-Que ótimo, porque eu vou por toda a comida da geladeira nela e isso vai ficar pesado pra caralho.
-Depois dizem que garotos que comem de mais.
-Eu nunca disse isso. Ei que horas são?- pergunto mudando de assunto.
-Quase quarto.
-Vamos?
-Já? Não quer ficar até as cinco?
-Não, amanhã minha mãe vai vir para casa, não quero estar com maquiagem da noite anterior.
-Verdade. Sua mãe vem aos sábados. Havia me esquecido disso.
-Louis, você não sabia - nunca contei para ele ué, por acaso ele a mãe Dina para saber?
-Eu sei de muitas coisas, honey. Mas do que você possa imaginar. -piscou.
Que mania é essa de mistérios? Eu odeio isso, me sinto como uma palhaça.

***
Então flores :-D
O que estão achando?

Antes que alguém me dê um puxão de orelha, eu sei que Louis tem olhos azuis, só que tem um motivo dele estar com eles pretos, + pra frente vcs vão entender.