Poderiamos nos divertir

1.1K 167 62
                                    

-Obrigada pela carona - digo assim que Carrot para na porta da minha casa e estendo a mão para Louis.
-O que foi? - diz confuso 
-Minha chave, ficou com você.
-Ah é, vamos lá, eu te levo até a porta.
Saímos juntos e fico parada na porta esperando que ele abra.
-Louis? - deixa de ser lerdo- abre logo que eu tô com frio.
-Se você quisesse eu poderia te esquentar.
-Não, valeu - ele tinha que sempre falar coisas pervertidas? - Só abra.
-Okay madame.
Abre a grande porta de madeira e entra logo depois de mim. Por que meu filho? Olha a hora que é, vai para sua casa e me deixa dormir.
-Você vai ficar aí? - olho indignada para a figura que trancava a porta e colocava a chave de volta no bolso.
-Louis. Deixa a chave na porta. - continuo, esse cara tinha alguma coisa em mente, qualquer um poderia ver isso.
-Por quê? Tem medo de ficar trancada sozinha comigo?
É pode ser que sim.
-Não tenho medo de você e sim do que poderíamos fazer. - ou seja ia dar merda.
-Eu também.
Então porque não vai embora?
Me dirijo a cozinha, precisava de leite, isso sempre me ajuda a manter a calma.
-O que está procurando?
-Leite - digo abrindo a geladeira.
-Integral e com café?
-Sabe Tomlinson, tem horas que você assusta, nem minha mãe sabe o jeito que gosto de leite e você sabe. Está ligado que isso é meio louco, certo?
-Sou só um cara perceptivo.
-É, um cara perceptivo que nunca havia me visto tomando leite.
-Quem disse?
-Eu.
-Não é verdade...
-C-como? - murmuro surpresa - Louis, você anda me espiando?
-Pode ser que sim. - abriu um sorriso safado.
Oh merda, será que ele andou me vendo trocar de roupa pela janela? Pelo jeito sim.
-Desde quando?
-Já tem um longo tempo.
Lá vem ele de novo com essas histórias doidas de psicopata.
-Sei, vou fingir que acredito - engulo o restante do líquido e me viro para lavar o copo.
-Você está sozinha?
-Não por muito tempo.
-Você sabe que poderíamos nos divertir.
-Louis, eu vou dormir e você vai para sua casa.
Viro-me para acompanhá-lo até a saída mas sou surpreendida com seu rápido movimento de colar seu corpo no meu, prensando me no balcão.
-Louis... - digo um pouco sem fôlego - acho melhor você ir embora.
-Confessa, Lex, você está louquinha por mim, só tem medo de admitir.
-E-eu... - estou?
Sua boca se aproxima da minha, no exato momento em que a a eletricidade acaba e ficamos sozinhos na escuridão.
Seus lábios vem lentamente ao encontro dos meus, não faço nada para afastá-lo, só fecho os olhos e aguardo nosso momento. O beijo começa calmo, mas assim que ele penetra a língua o ritmo muda, passa a ser veloz, como se nossa vida depende-se um do outro e precisássemos nos manter juntos. Sua mão sobe em direção ao laço do meu vestido, da mesma forma que as minhas invadem seu cabelo castanho macio.
-L-louis.. - resmungo quebrando o beijo. - isso não vai prestar. - imagina se ele puxa o laço, cara esse não é o momento para essas coisas.
-Certeza?- sussurra no meu ouvido com a respiração acelerada.
-Absoluta. Acho que é melhor você ir.
-Tudo bem, eu te respeito. Mas eu vou voltar - deixa um último selinho antes de tirar suas mãos do meu corpo.
-Eu ficaria surpresa se não voltasse - sorri.
-Sonhe comigo.
-Eu não controlo isso Louis.
-Você não, mas eu sim.
Passa suas mãos pelos meus cachos, descendo pelos ombros e parando sobre os seios.
-Louis. - o reprendo.
-É. Você tem razão, é melhor eu ir ou irei perder todo meu controle.
-Boa noite, Tomlinson. - digo fraquinho ao ver que ele já passava pela porta.

***
-Huuuum, hum... Mais rápido Louis, mais rápido! - digo em quando arranhava suas costas.
-Isso querida peça para mim.-Sussurra em meu ouvido fazendo com que todos os pêlos do meu corpo se arrepiassem.
Começou a estocar mais rápido dentro de mim, qualquer pessoa que passaria pelo corredor ouviria os gemidos e palavras picante que saíam tanto de sua boca como da minha.
-Aaah...aaaaah... Tomlinson!- grito ao sentir que havia chegado ao orgasmo.
Senti-o amolecer dentro de mim e seu corpo caiu sobre o meu enquanto ambos tentávamos acalmar as nossas respirações aceleradas.
-Temos que fazer isso, honey. - abre seu sorriso safado.
-Como assim? Já não fizemos?
-Não - riu.- mas precisamos, pois eu preciso de você, assim como sei que você quer que eu esteja dentro de você.
-L-louis...
Uma claridade invade meus olhos de repente, mas o que?! Que merda é essa? O que está acontecendo?
-Já passa do meio dia! - a voz da minha mãe chega aos meus ouvidos despertando me.
-Mãe? - resmungo abrindo os olhos, vendo que ela estava abrindo a janela, que saco, porque ela tinha que fazer isso? Meu sonho estava tão bom.
Perai, o que vc está falando Lex! Olha sua idade, menina para com isso, deixa de safadeza. O que esse garoto está fazendo com a sua cabeça?
-É. Agora você levanta né?! Já estou tentando te tirar dessa cama faz meia hora. - ponha as mãos na cintura, minha mãe era uma mulher baixinha, mas isso não a impedia de ter um mau humor do tamanho do universo.
-Ah... - e não podia ter me deixado dormir não? Chata.
-Quem é Tomlinson? - pergunta curiosa.
Não. Ela havia escutado? Oh merda, eu fiquei resmungando? Por que essas coisas só acontecem comigo?
-O que é isso? - me faço de desentendida.
-Não sei, você estava falando enquanto dormia, achei que fosse alguém.
-Eu sei lá o que é isso, provavelmente deve ser algum nome científico de algum animal que a professora disse na aula.
-Esses nomes não são em latim?
Que saco, porque minha mãe tinha que ser inteligente.
-Tomlinson não é?
-Não sei... Agora sai dessa cama e vai lá pra fora que tenho uma surpresa para você.
Surpresa? Ela por acaso trouxe o Ian Somerhalder pra me fazer uma visitinha?
-Okay.
Levanto-me, no meu estado "dormindo em pé" e vou para o banheiro onde ponho um short curto branco (que era uma calça jeans antes de eu cortá-lo) e uma blusinha larga estampada com várias florzinhas vermelhas.
-Então mãe? - digo saindo de casa, indo em direção a ela que estava ao lado de um Porshe preto. - o que é? - o Ian já deu pra sacar que não é.
-Surpresa!!! - apontou para o carro.
O que? Um carro, ou melhor um Porshe e além do mais era preto! Santa mãe de Deus, isso não pode ser verdade, eu acho que ainda estou sonhando. Cadê o Louis sem camisa pro sonho ficar completo?!
-Isso é sério? - sabia muito bem que um carro desse tipo custava caro, não que minha mãe não ganhasse bastante grana, mas mesmo assim. Meio duvidoso.
-Seríssimo, querida. Venha, você não quer dar uma voltinha para estrear?
-Nossa! Espera aí que só vou pegar minha carteira de motorista - fui e voltei como um tiro.
-Mãe, o que deu em você pra me dar um presente tão caro? - isso não é nem um pouco comum.
-Logo é seu aniversário, queria te dar uma coisa legal já que nem mesmo estarei aqui quando você fizer dezessete.
-Mas vai cair em um domingo. - puxa, quem vai fazer um bolinho pra mim, terei que passar o dia sozinha, que merda.
-Eu sei, mas é que terei uma viagem.
-A trabalho, no domingo?
-Não, filha. Tem uma coisa que preciso te falar.
Santa mãe de Deus aí vem bomba.
-Eu irei me casar, no domingo estarei de lua de mel.
-Nossa - fico surpresa, quando é que isso aconteceu? e eu que pensava que ela nunca encontraria um amor depois do meu pai. - por que você não me contou?
-Não acho que você iria aceitar.
-Mãe, eu sempre quis que você fosse feliz.
-Eu sei, é que ele...
-Mãe, fala logo. Quem é o sortudo?
-Edward.
-Edward? - deveria ser o Ed do telefone.
-Edward Woonks.
-O quê? - engasgo.
Esse era o nome do meu pai. Ela iria se casar com ele? O cara que a abandonou assim que ela engravidou e quem nem quis ao menos procurar saber que era sua filha? O cara que nunca nem sequer quis saber de mim? Ela só poderia estar de brincadeira.
-Está zoando né?!
-Não, filha.
-Mas ele, ele é um traste, um canalha.
-Você pode não aceitar mas me casarei com ele do mesmo jeito.
-Mãe! Não me obrigue a viver no mesmo teto que esse homem.
-Você não precisa se não quiser Lex. - diz irritada, mas também, o que esperava? Que todos nós uníssemos e vivêssemos como uma família feliz? Ah, me poupe. - Iremos morar em Seattle, você pode permanecer aqui, se quiser.
-É, eu vou.- e daí que Seattle é bem melhor que essa cidade chifrinha que moro, perto desse cara eu não fico.
-Mas as minha visitas não serão mais tão frequentes. Talvez uma vez por mês.
-Não faz mal, mas por favor mãe. Não traga esse homem para essa casa.
-Tudo bem, não irei te obrigar a aceitar nada. Você vai ficar bem sozinha.
-Bom, eu me viro praticamente sozinha já faz seis anos. - digo irritada.
-Queria poder participar da sua adolescência querida. - não participa porque não quer, e agora me troca pelo canalha do meu pai. Aff eu mereço.
-Não faz mal mãe.
-Vamos voltar? Promti a Ed que voltaria antes de anoitecer.
-Já está me trocando né... -resmungo.
Agora eu estava sozinha, era eu e Deus. Esse povo viu, me dá um carro e depois fala que quase não vai me ver.
-Não começa Lex, a porta de nossa casa sempre estará aberta para você.
-Claro, quando chegar o divórcio de vocês me liga que eu irei correndo. Até lá esquece.
-Ed não merece isso...
-Ed, Ed, Ed - murmuro irritada- você quer que eu faça o que? Me ajoelhe no chão e beije os pés dele agradecendo por ter feito sexo com você e ter me dado vida? Quer que esqueça que ele nunca nem ligou para mim? Impossível mãe.
-Lex...
-Não. Não adianta falar que ele é bom, eu sei que isso é mentira e você vai ver isso, ele já te abandonou uma vez! Não vê que vai te deixar novamente?! - inspiro e tento me manter a calma, eu ainda estava no volante e não queria provocar um acidente - Mãe, esse cara só quer sexo, aposto que ele só voltou pra você porque não estava rapando mais ninguém.
-Lex! Olhe o respeito! Eu sou sua mãe, sei muito bem o que é melhor para mim! - passou a mão pelo cabelo, ela estava nervosa pra caralho - e se você continuar assim eu te arrasto para Seattle comigo, não se esqueça que você ainda é de menor mocinha, eu posso muito bem fazer isso!
Fiquei em silêncio, estava praticamente saindo fumaça de meus ouvidos mas saiba que se abrisse minha boca era bem capaz de ir para essa cidade aí.
Assim que estacionei na porta de casa subi para meu quarto, e abafei um grito no travesseiro. Não! Não podia ser verdade, minha mãe me deixando pra ir morar com o canalha do meu pai!
Olho para meu celular que havia deixado no criado mudo e percebo que tinha uma mensagem, sério. Esses recadinhos de psicopata já estavam me irritando.

Carro legal, Lex.
Pena que sua mãe está te deixando. Sabe, percebi que não gostou muito da ideia, com razão, quem gostaria de ser trocada pelo Diabo.
Mas fique tranquila você não verá seu rosto, não terá tempo.
Cada dia que se passa é um dia a menos e no seu caso não restam muitos.

***
Gostaram Amores???
Fiquem tranquilos, não foi agora que rolou, + cenas hots estão a caminho...
Obs: Louis na foto da multimídia (até que enfim \o/ )


Paixão Mortal [L.T] CONCLUÍDA Onde histórias criam vida. Descubra agora