Prólogo

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Era seu aniversario de oito anos. Uma bela menininha de cabelos louros, pele branca e olhos azuis. Ela brincava no jardim em frente a grande mansão onde morava com seus pais e seu irmão de quatro anos. Ela girava e pulava, acompanhada pelas pequenas borboletas azuis que ali a rodeava. Só se podia ouvir o canto dos pássaros e o barulho que o vento trazia junto com o balançar das folhas secas, trazendo a primavera.

O céu estava límpido e ela se deitou no meio do jardim na grama verde. Seu cachorrinho deitou sua cabeça em seu colo e ficou abanando seu pequeno rabinho. Olhando para o céu avistou pequenas nuvens. A primeira tinha o formato de uma rosa, mas adiante um belo unicórnio, e quando ela se virou pra ver a próxima nuvem vê os olhos azuis de um belíssimo homem.

- Papai!- ela exclama sorridente pulando em seu colo.

- Olá.- ele diz, somente. Ella, mesmo sendo pequena às vezes se perguntava o porquê de seu pai ser frio. Ele a colocou novamente no chão.

- Sua mãe está lá dentro?- ele pergunta sem demonstrar sentimento algum.

- Ela está na estufa. - ela diz tristonha e se senta novamente na grama. E ele a olha com reprovação, mas não diz nada. Logo, ele some de suas vistas entrando na casa.

Ela se joga pra trás na grama e fica ali por vários minutos observando o céu e o movimento das nuvens.

Sua mãe era uma belíssima mulher de cabelos longos louros, olhos azuis como o céu e pele branca como ela. Ela era uma cientista formada em engenharia química, pesquisadora de campo e também uma apaixonada pela jardinagem nas horas vagas. Seu pai era um homem alto e musculoso. Seu olhar era misterioso, que muitas vezes fazia sua mulher e filha temer. Ele era um cara muito rico, tinha todos ao seu redor, possuía todos e principalmente todas as seus pés. Pra sua família ele era apenas um grande empresário bem sucedido. Mas por trás dessa sua grande fortuna, existia uma grande sujeira. Ele não teve amor. Ele não teve ninguém. Ele repugna seu passado, mas foi esse passado que o tornou no que é hoje; um vingador do seu futuro.

Ele entra na estufa e logo vê a frente sua mulher, que era submissa aos seus desejos. Pena que ela nem desconfia que ele não chegasse nem perto do homem ao qual ela amou. Ela era doce, poderia ter qualquer homem as seus pés. Mas ela só tinha olhos para o seu marido, Albert. Ele caminha á passos largos e para ao seu lado. Ela levanta seu olhar e quando o vê lhe dá o mais belo e sincero sorriso, mas ele não. Ela se levanta para beijar seus lábios, e ele logo a afasta a segurando forte pelos braços.

- Você terminou?- ele pergunta serio.

- Ainda não, eu te disse que isso levaria tempo. Eu não entendo o que você quer fazer com isso. É muito perigoso, pode acabar com um país inteiro. Você sabe que se essas coisas caírem em mãos erradas o mundo se tornará o caos. - ela diz confusa olhando em seus olhos, mas ela não consegue permanecer assim. Ela nunca consegue ficar muito tempo o olhando.

- Não me interessa Casyra, eu quero que você termine logo com isso. E eu não quero apenas destruir um país eu quero destruir o mundo. Você tem ate o fim da semana pra terminar essa merda. Quanto ao mundo se tornar um caos, eu espero que essas pessoas miseráveis estejam preparadas. - sua voz sai forte a assustando. Ela sente seu corpo esfriar e sua garganta secar. E pior do que isso, ela sentiu seu coração sangrar.

- O que você quer dizer com isso?- ela pergunta com sua voz suave. A voz que o irritava.

- Não lhe interessa. Faça o que eu mandei. - ele a olha profundamente. Ela sente medo dele e não consegue esconder isso. Ele adora vê-la assim, temendo a ele.

Marcada pelas ChamasOnde histórias criam vida. Descubra agora