° DIREITO DA DOR °

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"Nunca se envergonhe se não puder conter suas lágrimas, pois são a elas concebido o divino direito da dor."

(Ivan Teorilang)



 Oi amores como estão?

Bom, vamos ao capítulo. Espero que gostem

Não esqueçam das estrelinhas e de comentar.

Agui. 

*********


Eu corro. Corro com todas as minhas forças. Ainda consigo ouvir o barulho das chamas, o calor do fogo... Tento apagar as lembranças, porém não consigo... Lembro-me do seu sorriso entre as chamas por meu sofrimento... Meu pai está brigando com minha mãe na estufa, ele a joga no chão e me assusto com seu ato. Ele sai, mas não me vê. Corro até ela e a abraço. Ela diz que tudo ficará bem e choramos abraçadas... Logo estou perdida andando no meio da estrada à noite, meu corpo treme por causa do frio e da chuva que cai em meu corpo. Meus pés doem de tanto andar descalça pelo asfalto. Minhas pernas praguejam, e caio de joelhos no chão, grito de dor ao sentir que meus joelhos foram esfolados por algo. Um tempo depois vejo faróis se aproximando, me encolho quando vejo um homem e uma mulher correrem em minha direção... Eles foram minha salvação... Mas quando eu penso que vou conseguir sair desse pesadelo, me vejo com Petr. Estamos saindo do cinema abraçados e rindo. Quando estamos virando a esquina que dá para uma rua pouca movimentada, vemos um carro chegando perto de nós com os vidros escuros. Ele me abraça mais forte e caminha com mais rapidez.

- Ande mais rápido e não olhe pra trás. - Ele percebe meu olhar completamente assustado.

- Não se preocupe, eu estou aqui. - Ele diz e nesse momento três homens encapuzados saem do carro com armas em suas mãos e começo a tremer.

- Olá!- Um deles diz e sem pensar duas vezes ele me puxa e corremos.

Sou parada por um barulho. Um tiro. Vejo Petr cair e choro convulsivamente caindo em cima dele.

- Nãooo... Petr acorda não me deixe, por favor... Petr... - Olho para cima e vejo um dos caras um pouco mais próximo de nós.

Olho em seus olhos com medo e raiva. Meu coração bate mais forte. Eu jamais me esqueceria desses olhos e desse sorriso debochado. Levanto-me e enxugo minhas lágrimas. Não sei de onde tiro forças para colocar toda a minha raiva para fora.

- Você vai pagar por cada lágrima que eu derramei. Por cada pessoa que eu perdi. Eu vou atrás de você nem que seja no inferno. Mas você vai pagar. - Grito pra ele e vejo um dos homens o chamando.

- Eu estou ruim de mira criança, você tem uma grande sorte, deveria estar feliz por não ter conseguido te matar. - Ele sorri perversamente de novo e entra no carro, mas antes ele se vira novamente e me olha friamente.

- Eu irei te encontrar onde quer que você vá, seu destino está em minhas mãos, assim como o da sua querida mãe. Morta.

Acordo assustada e suada. Meu corpo dói, e meu coração bate acelerado. Sento-me na cama e olho ao redor. Levanto-me da cama e vou em direção ao quarto dos meus pais. Raul me achou na beira da estrada em uma noite de tempestade, depois de todo o pesadelo que passei. Ele me abrigou e me tornou sua filha. Ele e sua esposa, Sarah, tinham dois filhos Petr e Nixie. Minha mente e meu coração doem pela força que faço todas as vezes que eu paro para pensar que Petr morreu por minha causa, naquele dia. Eu fui à culpada de sua morte e nunca vou me perdoar.

Marcada pelas ChamasOnde histórias criam vida. Descubra agora