CAPÍTULO 16 POR DO SOL

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Por dias persisti em segurar as lágrimas por medo, não me mutilei e procurei mostrar meu amor por ele da mesma forma com que ele demonstrava, não posso dizer que falei eu te amo ou chamei de meu amor pois ainda não me senti segura.
Passei o dia quieta no meu canto muitos me perguntaram se eu estava bem, se eu não sentia calor e porque eu estava daquele jeito... tantas perguntas que eu ignorava ou dava uma resposta qualquer para fugir da realidade, na verdade eu nem mesmo queria estar em sala de aula, queria estar em casa com Alexandre.
No final da aula Alexandre me esperava com um buquê de rosas e uma caixinha vermelha, minha reação foi a mesma, olhos brilhantes e bochechas coradas... fui ao seu encontro com um sorriso então dei-lhe um beijo. Alexandre ajoelhou-se no meio de todos e refez o pedido mas pediu que não abrisse a caixinha no momento e sim depois, não questionei nem nada só o abracei bem forte. Minhas amigas ficaram sem reação ao ver aquela cena, na realidade preferia que elas não soubessem do meu novo amor pois sabia que iriam ficar o resto do ano falando sobre como tudo daria errado e quão mal acabaria.
Saímos de mãos dadas para rua, em vários pontos do caminho ele me puxa, prende e seus braços, envolvendo minha cintura com carinho enquanto sussurra em meu ouvido "eu te amo" em seguida beija meu pescoço fazendo-me ficar arrepiada.
Durante a tarde decidimos ficar em casa, peguei alguns jogos do quarto de meu irmão e fomos para sala jogar, coloquei um colchão em cima do tapete da sala para ficarmos em cima e mais vontade, Alexandre sentou-se quase no meio, semi serrou as pernas e pediu que eu sentasse ao alcance de seus braços, confesso que senti vergonha no início mas somos um casal agora e uma namorada pode sentar no colo do namorado para jogar.
- Sempre quis ter momentos assim...
Comecei a falar no meio do jogo que por sinal estava perdendo Feio.
- Sério? Nunca pensei que pintoras de rodapé planejavam perder no vídeo game... - Alexandre começou a rir das suas piadinhas sem graça que por algum motivo que fez rir.
- Não bobo, eu sempre quis ter alguém que jogasse comigo, me ensinasse e fizesse rir.
Naquele momento eu virei-me para ele e seus olhos encontraram com os meus, dei-lhe um sorriso torto e logo em seguida ele me beijou.
- Meu amor vem cá, quero que você coloque uma roupa especial...
- Para jogar video game?
- não... ja são 17:00 horas...vamos para um lugar especial!
- Que lugar?
-Xiu... perguntas estragam o clima...
Alexandre pegou um calção que deixava grande parte de minhas pernas aparecendo e com elas meus cortes, uma camiseta que a muito não usava pelo mesmo motivo e então pediu para que entrasse no carro, não fazia ideia de onde estavamos indo só conseguia me concentrar em seu sorriso lindo, cabelos ao vento e nas músicas tema de animes que eu amo.
Escorrei meu braço na janela e comecei a imaginar o futuro, futuro não tão distante onde vivia feliz ao lado de Alexandre, conseguia ver nós dois Passeando de mãos dadas pelas ruas da cidade e sendo o mesmo casal fofinho depois do casamento, via ele no Altar todo nervoso enquanto eu entro com vestido de noiva nada tradicional, por instantes vi também a nossa casa toda decorada no estilo nerd.
a mão fria de Alexandra tocou meu ombro carinhosamente e eu voltei a mim, estávamos de frente para o mar com o sol se pondo, desci do carro junto a ele e seguimos de mãos dadas pela areia até chegarmos perto da água onde sentamos para observar aquele maravilhoso fenômeno da natureza.
- Está vendo?
- É lindo.
- Igual meu amor por você... Posso sentir, posso admirar e o melhor de tudo é...
- É?
- É que posso te sentir, posso te-lá perto de mim para todo sempre...
- Alexandre você é muito fofo mesmo. É sério que você existe?
- Sim e posso te provar que não é um sonho...
-Pode? Como?
- Assim...
neste momento uma onda quebrou se na praia,no mesmo instante em que ele me beijava, mesmo que tenha fechado os olhos pude sentir a água gelada tomando meu corpo e nos deixando cobertos de grão de areia.

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