CAPÍTULO 15 APAIXONADOS

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Acordei naquela manhã sozinha em minha cama semi arrumada, olhei por todos os lados mas não vi ninguém em meu quarto, saí da cama e fui ao banheiro conferir se meu material suicida realmente estava lá, não podia acreditar que tudo foi um sonho.
Tomei um banho quente e coloquei uma roupa leve já que era sábado e não precisava ir ao colégio, voltei ao meu quarto e havia uma bandeja de café da manhã, pão quentinho, frios, suco de uva e frutas picadas e ao lado um comprimido para dor de cabeça. Minha mãe jamais faria isso por mim, meu padrasto muito menos, mas nada fazia sentido até porque Alexandre não poderia ter dormido no sofá.
Decidi não comer nada nem mesmo tomar o remédio, poderia ser algo armado por Jonathan para me matar, eu já estava paranóica Com tudo o que estava acontecendo nos últimos meses. Decidi trocar de roupa e pegar algo semelhante a uma arma para ir até a cozinha ver quem estava lá e quem sabe fugir para algum lugar caso fosse Jonathan que estivesse ali.
Tirei a camisa longa e fiquei completamente despida, de costas para porta despreocupada com quem estaria em minha casa, não temia ao inimigo pois se o pedido de Alexandre não tivesse sido real não teria sentido continuar viva. Fiquei ali sem roupa tentando encontrar alguma coisa para machucar o intruso, correndo Perigo quando uma sombra apareceu atrás de mim, virei rapidamente puxando a toalha quando percebi que quem estava ali era Alexandre.Infelizmente não sabia como reagir diante daquela situação.
- Calma meu amor sou eu, por que não tomou seu café?
- Ah é você, pensei que poderia ser Jhonatan tramando algo.
-Pode ficar tranquila... esse cara não vai mais te fazer mal... agora você precisa comer e por uma roupa linda...
-ok... mas por que tenho de por uma outra roupa?
- surpresa e seu corpo é lindo, com todo respeito...
Comecei a rir como uma boba, eu estava vermelha e parecia tremer, fiquei estranha com aquilo mas me senti segura por ter sido ele a ver, é que além da minha mãe ele foi o único que me viu daquela forma, do jeitinho que vim ao mundo.
Coloquei um vestido preto e fiz uma make clarinha por ser dia e fui tomar meu amável café da manhã, mas não queria tomar sozinha, havia muita comida ali e eu não iria comer nem mesmo um terço de tudo aquilo. Chamei Alexandre para tomar o café da manhã comigo e aquela foi a melhor refeição da minha vida, Alexandre me deu moranguinho na boca e me fazia rir com piadas sem graça enquanto eu tentava fazer ele comer algumas frutas. Depois do café fomos a um posto de saúde marcar uma consulta com um especialista, Alexandre queria que eu voltasse as consultas e as sessões com a psicóloga E é claro que eu aceitei queria ser a namorada perfeita.
Almoçamos em uma lanchonete que eu adoro, nada como um bolinho de carne para passar à fome. durante a tarde Alexandre me levou para a praça onde nos conhecemos, não entendia muito bem o motivo de voltar lá depois de tudo o que aconteceu, quando chegamos na escada ele segurou forte minha mão então subimos.
- Por que me trouxe aqui?
- Porque foi aqui que conheci a garota mais linda do mundo.
-Hum...
- Ela tem o sorriso mais lindo e um olhar Verde apaixonante.
-Bobo, não faz isso.
-Seu bobo... meu amor me conte seus planos para o futuro...
-Bem meus sonhos são meio clichês.
- conte-me eles, talvez possa torna-los realidade...
- Eu quero ter um relacionamento fofo, brincar de lutinha e no final acabar os dois no chão com um beijo, passar o fim de semana vendo Filmes, séries e desenhos, comendo pipoca, ter alguém ao meu lado para jogar video game e me zuar por não saber jogar direito, alguém que me deixe ganhar de vez em quando só para me ver feliz, planejar um futuro, morar juntos e se ajudar, depois casar e ter filhos, um casal ou quem sabe ainda adotar.
- Bons planos... adoraria torna-los realidade...
- Espera ai, você pode...
- E eu vou, é tudo o que eu mais quero...
-E vai me deixar ganhar também?
- Vou pensar no assunto e nós podemos ter um cachorrinho?
- Só se tivermos um gatinho!
-Ah não! Injusto... gatos são do mau!
-Não são não!
- Calma gatinha podemos ter um, contanto que ele fique longe de mim...
- você vai ver que eles são fofinhos.
Alexandre me olhou fixamente, meus olhos brilharam e minhas bochechas ficaram vermelhas acho que fiquei sem reação enquanto ele se aproximava ainda mais do meu rosto, ficamos a ponto de um beijo mas não foi o que aconteceu, ele me puxou para grama e começou a fazer cócegas, algo não muito aleatório ao nosso assunto, eu fiquei muito vermelha e comecei a rir alto quando ele parou e me deu um beijo do lado da boca, ele passava a mão nos meus cabelos e eu não sabia mesmo o que fazer então eu sorri, como quem estava dando sinal verde, toquei seu rosto e enfim aconteceu o nosso primeiro beijo, longo e intenso não sei explicar o que senti mas posso afirmar que nunca havia sentido algo semelhante antes.

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