CAPÍTULO 25 MORTE E VIDA

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Os meses passam rápido e a cada dia Alexandre está mais distante, nós não tínhamos mais momentos perfeitos e ele vivia estressado e cansado, suas desculpas eram sempre as mesmas, a faculdade estava difícil ou que a falta de tempo o deixava cansado, não entendo como ele sentia-se esgotado sendo que eu também trabalhava e fazia faculdade. Muitas vezes chegava tarde da noite e o encontrava jogando, acontece que ele estava ficando estranho de um jeito ruim.
- Seu celular está tocando querido.
Deixe-o tocar, estou muito ocupado agora...
- E se for algo importante?
- Vão ligar novamente.
- Só acho que deveria atender.
- Só acho que é melhor você ficar quieta e ir lavar uma louça.
- Nossa que papo machista.
-Desculpa... você acabou me irritando... falei sem pensar.
-Tudo bem, divirta-se aí!
-Aonde você vai?
- Para a casa da Angela.
- De novo? Não se cansa de perder tempo ou está tendo relações com ela!
- Alexandre! Deixa de ser babaca!
Bati a porta com força e segui para o carro com os olhos cheios de lágrimas, Alexandre foi atrás de mim, não ousou ir até o carro, apenas ficou na varanda.
- Espero que não volte tarde! Sairei para jogar e quero o jantar pronto quando retornar!
Fiz de conta que não ouvi uma sequer palavra do que ele disse, liguei o carro e sai em alta velocidade.
- Alô, quem fala?
- Olá, senhor Alexandre? Aqui é a Samara, diretora de atividades e coordenadora do projeto de intercâmbio.
- Ah sim, sou eu...aconteceu alguma coisa?
- Sim, precisamos que retome as atividades ou assine um formulário de desistência.
- entendo, acontece que minha esposa perdeu nossa filha e ainda não está recuperada, teriam chances de retorno na próxima semana? Assim nossa enfermeira de confiança estará livre para cuidar de Jake...
- Olha não costumamos fazer isso mas abrirei uma exceção pois seu caso é diferente.
- Muito obrigado por isso.
- Não tem de que agradecer, agora o mais importante, não poderá retornar a sua casa antes das notas finais saírem.
- Elas saem no final do próximo mês...
- Exato e se alguma for baixa terá de refazer o último mês ou até mesmo o ano.
- Minhas notas estão boas...pode deixar que voltarei na próxima semana...
- Então tudo certo, obrigada pela atenção senhor Alexandre.
-Eu que agradeço...
Enquanto Alexandre fazia as malas eu dava voltas pela cidade, não queria ir para a casa de Angela e nem para a minha, liguei o radio do carro e a música que tocava me fazia sentir vontade de chorar, o coração batia forte.
Depois de horas andando pela cidade voltei para casa, Luz estava discutindo com Alexandre que estava com as malas no lado da porta. Angel e Angela estavam com o celular desligado, eu ouvi Luz dizer que elas estavam no laboratório X fazendo alguns exames mais complexos.
- Do que estão falando?
- Nada de Mais, seu marido queria um favor.
- Que favor?
- Cuidar de você enquanto ele está fora.
-Fora?
- Sim meu amor... preciso voltar para o Canadá ou irei bombar na matéria...
- Quando?
-Amanhã...
- Luz por que as meninas tem que fazer exames mais complexos neste tal de laboratório X?
- Você ouviu?
- Sim, vocês estavam gritando.
- Hum... apenas problemas de saúde amor...
- Certo, vou para o banho.
Subi as escadas como quem não se importava com nada, preferi a banheira pois poderia relaxar em um banho de espuma, tirei lentamente minha roupa íntima, meus seios pareciam maiores, comecei a toca-los e acariciar, o que me fez sentir desejo, entrei na banheira e continuei tocando meu corpo,minhas mãos percorriam direções diferentes, uma delas encontrou minha intimidade, comecei com um dedo que me levou a dois e a muito prazer, apertava meus seios e sentia algo sensacional e diferente, estava chegando ao ponto quando Alexandre entrou no quarto.
- Quer fazer amor na banheira?
- Não, eu estou cansada.
- Mas eu quero transar com você... hoje eu quero completo...
- Já disse, estou cansada.
Peguei minha toalha e comecei secar meu corpo.
- Para mim sempre está cansada...
- Não começa.
Alexandre pegou em meu cabelo com força e me beijou, ele apertava com força e eu não podia me mexer.
- Eu quero o seu bumbum hoje... quero sua boca engolindo o meu pênis todo...
Ele me jogou na cama e foi abrindo minhas pernas, eu tentei sair mas ele penetrou primeiro, estava selvagem e apertava com força meus seios, enquanto me penetrava ia puxando meu corpo para junto dele e aproveitando para chupar meus seios, ele me soltou e exigiu que ficasse de quatro, uma lágrima rolou dos meus olhos, obedeci ao desejo de meu marido, sentia que devia isso a ele depois de estragar nossa lua de Mel, ele penetrou meu ânus com força me fazendo gemer de dor, ele estava gostando daquilo, logo sua mão esquerda desceu e começou massagear minha intimidade, com a mão direita dava tapas em meu bumbum, não aguentava mais tudo aquilo, senti que ele gozaria a qualquer momento, eu cai na cama no mesmo segundo em que ele gozou dentro de mim, parte caiu em cima do meu corpo, como se não bastasse ele passou seu pênis no gozo e em seguida em minha boca, depois disso eu apaguei.
Na manhã seguinte acordei e Alexandre não estava mais na casa, suas malas não estavam na sala, logo deduzi que ele havia viajado ao amanhecer sem ao menos despedir-se. Tomei um banho, coloquei meu uniforme de trabalho, bebi meu café e segui com meu carro até o Colégio, as primeiras aulas passaram rápido até demais, eu não gostava de ficar na sala dos professores, lá eu era a única mulher à ser professora de filosofia o que deixava os demais professores da matéria com um tanto de raiva.
- Mas diretora ela é uma mulher! Mulheres tem várias outras matérias para escolher e lecionar, filosofia é a imagem do homem!
-Ela é muito boa no que faz professor e os alunos amam a professora Fernandes, para mim isso basta.
- Claro, um decote em sala de meninos, não tem mesmo como não gostarem!
- Já chega professor, volte a sua sala, tenho muito a fazer aqui!
Sem querer eu ri, não que estivesse ouvindo a conversa mas realmente eles falavam muito alto e dava para ouvir da sala dos professores. Resolvi não criar mais confusão, peguei meu material e me preparei para ir ao Jardim do Colégio onde poderia concluir a correção de alguns trabalhos.
- Com licença, eu poderia falar com a professora Jaqueline Fernandes?
- Quem gostaria?
-Sou apenas o entregador.
- Com licença, eu sou a professora JaKeline Fernandes!
-Desculpe-me o erro senhorita.
- Vou deixa-los a sós, não se demore professora.
- Bem mandaram entregar para você.
- Quem?
- Não sei, mas tem um cartão.
Tenho cartão inocentemente no meio das Rosas e Comecei a ler, Minha Curiosidade era muito grande mas assim que terminei de ler não pude acreditar naquilo, olhei nos olhos do entregador, ele sorrio e tapou minha boca com uma das mãos, com a outra me conduziu até o portão onde me soltou.
- Soube que casou, perdeu sua filha e está levando um belo par de chifres.
- Você não deveria estar morto?
- Deveria? Sentiu saudades?
- Deveria e não eu jamais senti sua falta Jonathan!
-Então como vai sua amizade com os clones? Pensei que seu maridinho e a enfermeirinha nunca iriam te contar a verdade.
- Do que você está falando?
- Você ainda não sabe? Acho que falei demais.
-Começou termina Jonathan!
- Vamos dar uma volta de ônibus para relembrar os velhos tempos.
- Fala agora!
- Eu vou contar toda a verdade, mas só contarei no ônibus. Vamos?
Entrei no ônibus com Jonathan sem temer o que poderia acontecer, como estava a sua frente sentei perto ao cobrador pois se ele tentasse algo teria testemunhas.
- Já pode começar a falar, o que você quis dizer com "os clones"?
- Você não sabe? Pensei que já estava sabendo.
- Para de enrolar.
- Certo, vamos do início, em Dezembro dias antes da festa conheci Marques em um ônibus, sem querer ouvi uma conversa dele onde o mesmo dizia que precisava de uma garota perfeita para clonar.
- Quer que eu acredite nisso?
- Não! Continuando, eu ouvi que ele pagaria uma boa quantia só para que a garota e quem levou ela até ele sumiem do mapa, quando ele desligou eu ofereci Ingrid. Combinamos que no dia da festa eu estaria com uma câmera escondida para que ele pudesse conhecer Ingrid e ver que realmente ela era perfeita.
-Então você iria meio que vender sua namorada?
- Sim, eu não amava ela é nem ela me amava, mas no dia combinado acabou chovendo, eu tive de ir até o laboratório da casa azul, cheguei primeiro que Indy e encontrei com você, Marques achou que você fosse ela e mesmo quando disse que não era ele manteve a palavra, a garota que seria clonada era você.
- Então você se aproximou de mim, fez com que me apaixonasse e depois tentou me matar!
- Não foi bem assim! Eu me apaixonei por você de verdade, tentei fazer com que ele mudasse de ideia mas ele queria você, ele me mostrou um de seus clones, ela se chamava Angel e tinha a aparência de seu filho, quando você foi para o hospital naquela noite antes do encontro na praça, bem você estava no laboratório X.
- Então é isso, Angela é parecida comigo por que é um clone?
- Exatamente, Angela é seu clone, ela é "irmã gêmea" de Angel pela idade e por seu "pai" ser o mesmo, quando digo seu pai quero dizer Marques o criador.
-Mas por que você falou de Luz? Ela também seria um clone?
- Não, Luz é uma enfermeira do hospital público, ela conheceu Angel no trabalho e se tornaram muito amigas, ela não sabia sobre nada, ficou sabendo no dia do incêndio, Alexandre precisou de um órgão e só Angela poderia salva-lo.
- Espera! Se Angel é o clone dele, por que Angela só salvaria ele?
- Porque Angel tem seu DNA ou os mesmos órgão que você, Angela o mesmo que ele.
- Isso é sinistro.
- Bem como você conheceu Alexandre ele ainda não havia conhecido Angela, Marques quis me culpar mesmo a culpa sendo dele por ter permitidoque Alexandre fosse para Dois Vizinhos. Depois disso Marquês usou Angela para se passar por você, ela me disse que eu era um lixo, que só queria me usar e preferia o filho de Marques e eu acreditei que fosse você, Marques me fez a proposta para te matar mas eu queria mais, eu iria matar Alexandre junto e ficaria com a clone.
- Você é louco!
- Não, eu era apaixonado. Continuando, eu tentei queimar vocês mas o único a queimar foi o meu melhor amigo, Angel e Luz salvaram vocês e ai que Luz conheceu Angela e Marques a contratou como sua ajudante, Luz se recusou mas no final teve de ficar ao lado dele mesmo jurando o matar. Luz não gostou nada de saber que ele queria tirar sua vida para por um clone no lugar, Alexandre não soube de nada até você perder o bebê.
- Como você sabe de tudo isso?
- Eu ainda trabalho para Marques. Ele se sentiu culpado por estar acabando com a vida do filho e decidiu que faria um transplante para você ter filhos novamente, sim com a queda você perdeu essa possibilidade, Angel trocou com você.
- Isso é confuso e eu não consigo acreditar.
- Pois bem, Alexandre soube que ela era um clone e quis ver isso de frente por isso as apresentou, Luz é contra isso tudo mas Marques ameaça ela constantemente assim como vem me ameaçando, Amanda está agora com seu marido, Marques sabe que o filho está se divertindo nos motéis do Canadá com ela e está feliz pois você vai sair da vida dele e enfim pode apagar Amanda e usar o clone.
- Marques é um monstro mesmo! Mas nada muda o fato de que você deveria estar morto assim como Anne e Luan! - Anne foi culpa sua, você que trocou de lugar com ela na praça! Luan, eu vi que o carro dele estava com problemas desde o encontro, eu queria te assustar um pouco mas acabou acontecendo o pior. Quanto a estar morto, meu melhor amigo morreu naquele incêndio, ninguém além de vocês dois sabiam que ele estava lá, os dois não lembravam de nada então eu fiquei "morto" e agora resolvi voltar e te contar a verdade.
- A troco de que?
- De nada, Jake eu fiz algo não muito bom, queria me desculpar com você, quero seu perdão somente isso.
- O que você fez?
- Um segundo clone, usei alguns de seus traços pois eu ainda te amo, eu não quero voltar a sua vida pois te fiz muito mal.
- Eu não acredito! Já não basta uma garota como eu agora outra! QUE DROGA!
-Desculpa Jake, agora que te contei a verdade vou nessa.
- Para onde você vai?
- Vou para o Canadá.
- Eu vou com você!
- Jake não, você não pode ir, não comigo na verdade você nem pode sair do estado, se Marques descobrir que eu estive com você ele me mata!
- Não estou nem ai, Você me fez perder a última aula, lotou minha cabeça com coisas que podem até fazer sentido mais tarde e agora diz que vai para o mesmo lugar onde meu marido está e ousa querer negar que eu vá também? Você quer morrer ou ir preso?
-Vamos com calma então, eu estou indo amanhã mesmo, de seu jeito e não me culpe se o pior acontecer!
-Tudo bem, agora vamos descer pois eu preciso trabalhar, te vejo amanhã no aeroporto!
Voltei para o Colégio e nem fui para a sala dos professores, me dirigi a sala de aula onde um professor estava no meu lugar, não demorou para que ele começasse com seu discurso machista, tentei dizer que tive um contra tempo com minha saúde e ele questionou as flores, por sorte minha argumentação é excelente e a supervisora estava presente quando o "entregador" me deu as flores em frente a diretoria.
Durante a noite Alexandre e Amanda se encontraram em um restaurante cinco estrelas para jantar, já eram conhecidos no local, sempre chegavam de mãos dadas, trocavam beijos e carícias, ele desligou o celular para não ser incomodado, o tempo passava naquela noite e os dois seguiram do restaurante para um motel onde passaram a noite.

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