VI

53 7 4
                                    


Dormi um pouco com as crianças enquanto Paul ficava de guarda para se certificar de que ninguém entre.Pesadelos invadem a minha cabeça.

—Tem alguém nos perseguindo Ive, corra , ande logo ,corra.

—Corro o máximo que posso.

Paul tropeça na mata , volto mais ele grita em reprovação.

—Vá Iva , salve nossos filhos.

Penso em Anny e Craig e então sumo na mata.

Avisto a nossa casa não tão longe, eu sei que eles estão me seguindo. Chego na porta , está um completo silêncio , abro a porta e me deparo com poças de sangue , Anny ,Paul e Craig estavam decapitados , seus braços ,mãos , pernas todos amputados, os olhos de Craig estão arrancados, meu filho , meu bebê , meu deus que merda.

Corro para perto sem reação , olho para as partes dos meus filhos esparramados no chão , solto gritos eufóricos fazendo ecos entre os cômodos.

Assustada abro os olhos e vejo Paul me sacudindo e gritando comigo

—Calma querida , acorde é só um sonho.

Com olhos arregalados, olho para Paul.

—Paul me abraça?—Peço apressadamente.

Ele me olha e me abraça forte .As crianças se assustaram com meus gritos, Craig olha para mim e diz.

—Mamãe, estou com fome.

Por sorte tínhamos comprado alimento antes de virmos para cá. Vasculho os armários , encontro biscoitos ,macarrão instantâneo ,latas de milho e alguns feijões em conserva , pego os biscoitos e levo para as crianças e Paul.

Os olhos de Paul estavam vermelhos por passar a noite acordado , ele se sentia culpado por tudo que estava acontecendo , a ideia de sair de São Francisco fora culpa dele , culpa de suas atitudes.


Fábrica De OssosOnde histórias criam vida. Descubra agora