VII

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Fico olhando o cadáver lá fora e imaginando quem será que está fazendo isso. Eu quero procurar pistas , achar , matar que está fazendo essa maldade, pressiono com força os dentes e sinto minha bochecha doer.

Vou até Paul enquanto as crianças brincam ,e converso com ele.

—Precisamos achar pistas.

—Eu sei Ive mais não podemos por em risco a vida dos nossos filhos.

—Sim! —Só acho que deveríamos tentar sair daqui.

Ficamos pensativos , olhando ao redor da casa, Paul olha fixamente para o chão , abaixo da escada riscos retangulares demarcavam uma passagem, Paul segue para mais perto e eu vou logo atrás , o portal está trancado com correntes e um cadeado CR70.

Paul tenta puxar , coloca toda força possível mais mesmo assim não consegue. Olho para Paul ,seus olhos assustados , sentimos um cheiro horrível no ar .

—Paul oque acha que tem lá em baixo?— pergunto indecisa.

—Não sei Ive , algum bicho morto.

Pensamentos começam a percorrer minha mente , pensamentos horríveis na verdade , espero que não seja oque passa em minha cabeça.

Olhamos ao redor ,não encontramos nenhuma chave , nada que possamos abrir a porta. E então Paul pronuncia .

—Ive no jardim tinha um machado,

Olhei fixamente para ele.

—Eu vou lá fora pegar e você fica observando pela janela , por favor Ive , qualquer coisa suspeita me grite que eu voltarei para cá de novo. —Promete?

—Claro que sim querido.

Paul me beija e segue para a porta dos fundos, do qual dava direto para o jardim.Fico observando da janela assim como combinamos , os passos de Paul sobre as folhas secas fazem estalos . Até agora nada apareceu e espero que não apareça.

Paul acena o machado em minha direção para mostrar que conseguiu encontrar , algo na mata faz as folhas balançarem , algo está vindo, abro a janela rapidamente e grito.

—Paul corra, saia daí.

Ele olha para trás assustado e então corre.

Corro para porta , abro , Paul entra e logo tranco de volta, olhamos pela brecha da janela um cervo sai de trás da mata deslumbrando cores amareladas e rajados embranquecidos que faziam de seus pelos algo belo. Ele estava magro e ferido, sentíamos um grande alivio por ver que era apenas um animal. Ficamos encantados , faz muito tempo que não vemos um ser vivo que não seja nós mesmo.

Com uma mudança de tempo tudo se transforma, o disparo de uma arma , perfura a cabeça do animal fazendo seu cérebro dançar sobre a natureza , o animal cai de imediato o barulho e a imagem vista pelos nossos olhos nos assusta

Paul murmura em meu ouvido.

—Ive abaixa, abaixa .

Obedeço e ele fica sobre mim , protegendo meu corpo de possíveis disparos momentâneos , permanecemos naquela posição ate nos sentirmos tecnicamente mais seguros.


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