Capitulo 6

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Nem acreditava que este paspalho ainda tinha coragem de aparecer à porta de Amy depois do que tinha feito na outra noite. Tinha mesmo ar de bruta montes e olhava para mim com um ar ameaçador.

- Tu é que és o novo namoradinho da Amy? Pensei que ela podia arranjar melhor!

Riu-se na minha cara e depois tentou passar pelo meu lado para entrar na casa, mas eu impedi-o metendo-me à frente dele.

-É melhor deixares-me passar!

Olhei para ele, cerrei os olhos e disse sem medo…

- Ou o quê?

Ele suspirou e encheu o peito. Virou costas e quando andava na direcção do seu carro disse entorpecidamente…

- Não te livras de mim tão facilmente!

Voltei para o quarto onde Amy estava entretida a olhar para o computador e a comer batatas continuamente. Quando entrei ela olhou para mim, com a boca cheia e as mãos sujas do sal. Engoliu e perguntou quem era à porta. Encostei-me à ombreira da porta e olhei para ela que limpava as mãos aos guardanapos que tinha trazido juntamente com as batatas. Fiquei a pensar naquilo tudo, e não tinha coragem de a meter em baixo ao saber que a pessoa que ela mais odeia esteve à porta da sua casa. Olhou para mim à espera de uma resposta.

- Era um vendedor que andava de porta em porta a vender enciclopédias…

Ela fez uma espécie de “hum” e continuou entretida no seu portátil… Juntei-me a ela, deitando-me na cama, com um dos braços atrás da cabeça. Amy continuava entretida do computador, então fechei os olhos por instantes…

Aproveita-mos a tarde para passearmos no centro comercial. Amy tinha parado à frente de uma joalharia e olhava para a montra… Aproximei-me mais dela e olhei com ela para aquela montra completamente cheia de peças em ouro e prata.

- Gostas de algum?

Ele fez uma cara de indiferença mas eu tinha reparado que ela olhava directamente para um anel de ouro com um diamante lindo por cima.

Continuámos a nossa visita pelo centro, e fomos comprando coisas que gostávamos em diversas lojas. Amy estava distraída e tinha a certeza que não estaria a pensar em coisas menos agradáveis.

POV AMY

Sair com o Harry era simplesmente fantástico. Nunca pensaria que ele era capaz de me deixar tão bem disposta, conseguindo até esquecer os meus maiores medos. Estar com ele era relaxante e divertido. Notava-se que estava um homem, pois na escola, ele jamais seria assim com uma rapariga, em especial comigo, que nunca lhe liguei nenhuma. Ele sabia como entreter alguém e quando estava com ele, sentia-me totalmente protegida.

**

POV HARRY

Tínhamos voltado para casa, umas horas antes do jantar. Aproveitei para arrumar algumas coisas no “meu” quarto enquanto Amy cozinhava para nós. Nem sei dizer por palavras o quanto eu gosto de Amy. Deixei a minha casa, para a proteger, e agora, sinto-me como nunca me senti antes, e eu sei que por ela, iria derrubar todas as paredes que fossem precisas para lhe abrir a porta da felicidade.

Voltei à vida real e fui ver o que Amy estava a fazer na cozinha. Havia um cheiro agradável no ar. Amy estava de avental virada de costas para a porta enquanto mexia algo no fogão. Dei por mim a pensar que só me apetecia agarrá-la de surpresa, mas isso poderia assustá-la.

- Hmm, cheira bem!

Disse enquanto caminhava até ela com um sorriso nos lábios. Ela sorriu para mim envergonhada e com uma mão meteu o cabelo comprido para trás das costas…

- É só bife e batatas fritas, Harry…

Olhei para o fogão e vi que era mesmo isso. Fiz um sorriso envergonhado. Comecei a meter a mesa, enquanto ela metia a comida nos pratos. Sentámo-nos e janta-mos enquanto tínhamos uma conversa agradável. O ambiente estava bom e eu estava completamente perdido nos olhos dela. A campanhia tocou e Amy levantou-se. Eu apoiei a minha cabeça na minha mão e tentava não pensar tanto nela. Nem eu mesmo sabia o que se passava comigo.

Amy estava a demorar. O meu sorriso desapareceu, levantei-me da mesa, e fui até à porta ver o que se passava. Da porta da cozinha conseguia ver a grande porta branca da entrada aberta, mas não se via Amy, nem quem tinha tocado, pois a porta impedia de ver isso. Comecei a andar até lá, e quando cheguei e espreitei não vi Amy, nem ninguém. Fiquei confuso e atrapalhado. Saí e olhei para os dois lados, mas não havia sinais de Amy em lado nenhum.

Subi até ao quarto de Amy a correr, abri a porta e estava vazio.

- AMY?

Amy não estava em nenhum lugar da casa. Peguei nas chaves de casa e do carro e saí porta a fora. Amy teria sido levada por alguém, era a única hipótese. Estava furioso e nem sabia onde haveria de a procurar. 

With youWhere stories live. Discover now