8 - Kaio Alves

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Kaio Alves o delegado da cidade, ele era um homem jovem e bonito, tinha um corpo esculpido na academia de polícia, era forte muito forte, usava sempre uma camisa preta como uniforme e óculos escuros. Ele era apaixonado por Carla Gomes dês de que era apenas um simples policial, mas a pouco tempo descobriu que ela também sentia algo por ele, os dois estavam namorando a quatro meses. Era complicado, pois Carla havia perdido seu marido em um acidente de carro, e demorou um tempo para ela deixar um sentimento novo envolve-la, fora que Sara a filha de Carla não aceitou bem o novo relacionamento da mãe.

Kaio acordou com o despertador do celular, olhou para tela e viu que era sexta-feira, tinha muita coisa para fazer. Ele tinha que ir até a casa da família Guedes acompanhar as investigações e também tinha que formar um esquema de segurança, afinal amanhã era domingo dia da final do campeonato de futebol, mas antes de tudo ele queria ir no hospital ver como Julia estava se ela sabia explicar o que aconteceu.

Kaio tomou um banho e vestiu sua roupa, pegou as chaves do carro e saiu rumo ao hospital. Kaio chegou no hospital e caminhou até o balcão de atendimento.

- Olá bom dia - disse ele para moça - sou o delegado kaio e gostaria de saber como a paciente Julia Guedes está.

- Bom dia delegado - disse a atendente - vou conferir aqui no sistema, aguarde um segundo - kaio aguardou, a moça olhou por alguns segundos para a tela do computador e disse - Desculpe delegado, mas o senhor terá que passar por aqui outro dia, a paciente se encontra em um grave estado ela está sedada, não vai poder receber visitas hoje.

- Ok, vou passar por aqui amanhã - disse kaio - Mas se ela melhorar, me ligue - kaio deu um cartão para a moça com o número do seu telefone - é muito importante.

Dizendo isso kaio deu as costas para o balcão e voltou para o seu carro. O sol foi tomando conta do dia deixando o ar quente porém um vento fresco tornava o clima muito agradável. Kaio parou o carro perto da casa da família Guedes.

A cena era horrível, as paredes continuavam de pé manchadas de preto, o telhado e toda a estrutura haviam caído, kaio soube que o corpo de uma outra menina tinha sido encontrado ali, porém sem vida. Ele chegou antes da equipe de perícia, decidiu entrar na casa passou pela fita de isolamento e entrou por onde antes havia uma porta. Era difícil andar ali dentro, muitos escombros dificultavam a passagem dentro da casa.

Kaio andou com dificuldades pela casa toda, e quando decidiu sair próximo a entrada da casa no chão um brilho azul chamou sua atenção, ele caminhou até o estranho brilho. O sol batia em cima de uma pedra azul que estava debaixo de uma telha e fazia seu brilho refletir na parede manchada de preto, a pedra fazia parte de um conjunto de pedrinhas que cravejavam uma âncora, ele pegou um saco plástico em seu bolso e juntou a âncora que estava presa em um colar. Por um momento ele pensou já ter visto aquele mesmo pingente em algum lugar, ele só não lembrava onde.

Kaio fechou o saco plástico e foi surpreendido por uma menina parada na porta da casa.

- Sara? - kaio perguntou com uma expressão de surpresa, guardando o colar no bolso - o que você está fazendo aqui?

Sara também estava assutada não esperava encontrar ninguém na casa assim cedo.

- Eu vim dar uma olhada - respondeu Sara tentando disfarçar sua surpresa - Eu resolvi passar aqui antes de ir pra escola, eu gosto muito da Julia só queria ver se achava algo de que ela goste muito, para levar pra ela no hospital.

- Desculpe, mas você não vai poder entrar aqui - disse kaio saindo da casa e fazendo a menina se afastar da entrada.

- Então me dê o colar que você guardou - disse Sara - Julia ama esse colar - Sara disse, e uma lágrima escorreu de seu olho.

- Desculpe Sara, mas isso é evidência não posso lhe dar até o incêndio ser explicado, mas depois eu lhe darei e você vai poder levar para ela.

- Eu irei ver ela hoje, só queria fazer uma surpresa - disse a menina.

- Creio que não vai ser possível - disse kaio - Eu fui lá hoje, o estado dela é muito grave e ela não está podendo receber visitas. - kaio botou a mão no ombro de Sara, era a primeira vez que conseguia conversar com a garota - Eu deixei meu cartão com a atendente do hospital, assim que ela estiver melhor eles vão me informar.

- Então você me avisa - disse Sara esperançosa. Os dois trocaram números de celular - Obrigada, agora tenho que ir para escola.

Dito isso Sara se afastou deixando kaio sozinho, alguns minutos depois a equipe da perícia chegou, liderada por Carla.

- Carla - chamou kaio, ela se aproximou e lhe deu um beijo - preciso ir tenho que montar o esquema de segurança de amanhã - disse ele dando um abraço nela. - Vejo você hoje a noite?

- Claro - Ela sorriu - as onze no Bulevin.

- Bulevin? Hum... um ótimo restaurante - kaio lhe deu mais um beijo.

Ele se despediram e kaio entrou no carro indo apressado para delegacia. Chegando na delegacia o assessor do prefeito o aguardava.

- Delegado espero que o senhor já tenha o nome do assassino.

- Bom dia para você também assessor - disse kaio - e não, eu não tenho nenhum nome é muito menos um suspeito.

- Você precisa fazer o seu trabalho direito, a cidade não está segura - disse o assessor irritado - quantos adolescentes mais vão morrer e ter sua morte filmada e postada em uma rede social na Internet?

Kaio parou um momento e perguntou:

- Do que você está falando?

O assessor o olhou indignado.

- Você ainda não viu? - O assessor virou a tela do computador do delegado e deu play em um vídeo.

No vídeo uma figura encapuzada arrastava Emili Albuquerque pelo cabelo no campo de futebol da escola, e então a figura empalava a garota e o sangue jorrava por todos os lados. O assessor se virou para o delegado e disse:

- Ache esse assassino logo. - Dizendo isso o assessor deu as costas e foi embora.

Kaio reviu o vídeo, e mandou para a análise, ele tinha que por esse ser horrível na cadeia. O dia foi corrido para ele, o esquema de segurança foi finalizado, já eram dez horas e daqui apouco ele ia encontrar com Carla, seu pensamento foi interrompido pelo policial que estava de plantão.

- Senhor antes que o senhor saia, eu posso ir comprar algo para comer? - Perguntou o homem.

- Pode sim, eu cuido da recepção para você.

Kaio se levantou pegou suas coisas e trancou a sala, guardou a chave no bolso e seus dedos sentiram o plástico do saco que guardava o colar, ele tinha esquecido completamente. Sentou-se na messa da recepção da delegacia e admirou o colar. De repente seu celular vibrou era uma mensagem de Sara:

" kaio vem me encontrar preciso de ajuda estou na floresta "

Kaio achou estranho e resolveu ligar para Sara, a garota não atendeu ele se levantou, na mesma hora a porta da delegacia se abriu ele só conseguiu ver um vulto preto segurando um arco, por que a flecha já estava em seu braço, sua visão ficou escura e ele caiu no chão da delegacia.



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