3.6. Hospital

410 35 21
                                    


H    A    R    R   Y

O vestiário estava completamente vazio, para nossa sorte.
Sentei Victoria na pia e fiquei entre suas pernas, aproveitando ao máximo a falta de tecido cobrindo seu corpo e encarei seus olhos, eles me passaram uma sensação tão boa que eu soube naquele momento que ela seria minha, que nós iríamos ficar juntos, seria apenas questão de tempo.
Juntei nossos lábios e em um pequeno surto de realidade os separei a deixando completamente confusa, sorri e corri até a porta do vestiário a trancando devidamente, voltei a mesma posição anterior entre suas pernas e a beijei novamente, eu sabia que se pudesse congelar o tempo por um instante congelaria exatamente agora. Eu, ela e mais nada entre nós.

Desço os beijos pela extensão do meu pescoço e a cada novo beijo depositado naquela região era como se um rastro de fogo se espalhasse pelo meu corpo, a cada novo toque uma nova sensação se instalava em mim, era como se meu corpo já a conhecesse e implorasse desesperadamente por mais, respondendo a cada estímulo apaixonadamente.


V   I   C   T   O   R   I   A


Deslizei minhas mãos de seus ombros, passando pelo peitoral e parando apenas no zíper de sua bermuda, senti um sorriso contra minha pele e logo o abri deslizando a bermuda por suas pernas com a ajuda de meus pés. Ele sabia que eu não queria mais nada, eu só o queria dentro de mim o mais rápido possível, as preliminares poderiam ficar para outro dia já que minha vagina estava chorando de vontade daquele pau.

Harry voltou a juntar nossos lábios em um beijo quase desesperado e sem desviar sua atenção do beijo soltou as tiras da parte de cima do meu biquíni e só parou nosso beijo quando sentiu que esse pedaço de pano já não atrapalhava mais, Harry sorriu com um brilho malicioso olhando para mim e logo abocanhou meus seios dando a devida atenção para eles e me deixando louca a cada movimento de sua boca.

Ele me puxou pelas coxas e eu envolvi minhas pernas em sua cintura, ele me levou até um pequeno banco estofado que havia ali e me deitou depositando um selinho em meus lábios antes de tirar a calcinha do meu biquíni e jogar para qualquer lugar fora do meu campo de visão, Harry tirou sua sunga e pude ver todo o seu tamanho, ele ficou entre minhas coxas as separando e se posicionou em minha entrada, me olhou uma última vez, eu sorri e ele entrou lentamente dentro de mim.


Z    A   Y   N



A seguro em meus braços com o coração na mão, sinto um aperto no peito quando olho para sua face inanimada, algumas gotículas de água se fixaram em seu rosto, ela permanecia de olhos fechados e eu rezava para todos os deuses existentes para que ela os abrisse e dissesse que está tudo bem, que nada aconteceu e juntasse nossos lábios em seguida, mas ela continuava em meus braços, com a testa franzida e as bochechas vermelhas como se tivesse acabado de lutar pela própria vida.
Deito seu corpo imóvel em uma espreguiçadeira e já não tenho mais o que fazer após tentar alguns métodos básicos de socorro pós afogamento, então vejo três homens de vermelho se aproximarem rapidamente, eles me afastam e começam a tentar reanimá-la. Exasperado coloco as mãos no cabelo e puxo, como isso foi acontecer novamente? Não foi tão grave da primeira vez, ela acordou com as minhas tentativas e tossiu água, mas dessa vez eu lutava contra o pressentimento ruim que se instalava em meu peito, ela vai ficar bem, eu sei que vai.


L   O   U   I   S


Bianca e eu estávamos subindo a enorme escada do tobogã quando vimos uma movimentação estranha de pessoas, elas se amontoavam em volta de algo que não era possível identificar e logo depois vimos uma ambulância sair do parque, resolvemos descer para descobrir o que acontecia e quando descobrimos, não foi uma das melhores coisas que nos aconteceu, Bianca não conseguiu conter o choro, afinal, era sua melhor amiga, e tudo havia acontecido novamente, Daniely tinha se afogado.

Depois de acalmar Bianca, saio desesperado pelo parque procurando pelo restante do pessoal, acabo encontrando Liam.

— Aconteceu algo com a Danny, e com certeza o Zayn está com ela — Falo apressadamente.

— Onde eles estão? — O pânico é visível nos olhos de Liam

— Hospital St. Mary's – Tento respirar fundo, era como se algo atrapalhasse.

— Estou indo pra lá — Liam morde a parte de dentro da bochecha para não chorar.

— Vou procurar os outros, levo eles no meu carro.

— Tudo bem, estou indo

— Abrace o Zayn por mim — Peço passando a mão pelo o rosto.

Ele apenas assentiu. E então fomos para direções opostas.


Z    A   Y   N


Não, não está tudo bem! Já tem mais de dez minutos que estão tentando reanimá-la e nada surte efeito, vejo mais algumas pessoas de vermelho se aproximarem e a imobilizarem em uma maca a levando para longe, corro atrás deles até que consigo me aproximar.

— Senhor se afaste! — A socorrista aumentou a voz em alguns oitavos em sinal claro de alerta.

— Pra onde vocês a estão levando? — Perguntei com a voz embargada.

— Hospital, o senhor é da família?

— Eu sou o namorado dela, e vou com vocês — disse segurando as lágrimas

— Tudo bem, o senhor pode nos acompanhar.

E eu os acompanhei, entrei naquela ambulância e segurei firmemente em sua mão, estava praticamente gelada e sua pulsação assustadoramente fraca, mas eu sabia que dentro dela ainda havia uma chama de vida que lutava contra a morte, eu sabia que ela iria conseguir e nós ficaríamos bem, mais uma vez.

Ao chegarmos ao hospital me obrigaram a ficar horas esperando sentado na merda de uma cadeira de plástico a qual eu estava prestes a destruir, me agarrando ao resto de sanidade que eu ainda tinha, puxo meus cabelos pela centésima vez e quando estou prestes a arrancá-los sinto duas mãos cobrindo as minhas e em um reflexo desesperado me levanto na esperança de que fosse ela, eu sabia que não era. Vejo um dos meus melhores amigos em minha frente e ele me envolve com seus braços sussurrando qualquer coisa para me acalmar e a única coisa que consegui fazer foi chorar, coisa que até agora eu tinha conseguido segurar. Não queria me sentir fraco, queria ser forte por ela, mas a única coisa que precisava é que ela fosse forte por mim e não me deixasse. Choro cada vez mais no ombro de Liam, soluçando como uma criança que acabou de perder o brinquedo predileto, talvez eu fosse mesmo uma criança mas o que eu estava perdendo era muito mais que um brinquedo, era o amor da minha vida. 


Heaven • ZAYN MALIKOnde histórias criam vida. Descubra agora